Tenho uma dúvida relativamente ao plural de mapa síntese, que penso que é mapas síntese, mas preciso de uma confirmação por especialistas na matéria. Podem ajudar-me? Obrigada.
Onde se coloca o sujeito em orações com o gerúndio perfeito? Pode ficar entre, antes ou depois das formas verbais? Obedece a alguma regra?
Por favor, ajude-me a fazer este exercício:
«Leia este trecho do poema:
O velho adormecido
na cadeira imprópria
O jornal rasgado
O cão farejando
A barata andando
O bolo cheirando
O vento soprando
E o relógio inerte.
a) Que recurso gramatical o poeta emprega para sugerir que as cenas descritas acontecem no mesmo momento em que ele observa?
b) Transcreva a forma nominal que apresenta o resultado final de um fato verbal. Classifique-as.»
Porque é que está errado dizermos «O João, preocupado que ele voltasse a casa mais cedo, saiu»? É uma dúvida que me suscita bastante interesse.
Epítopo ou epitopo é um termo científico relativamente recente, que designa as partes de cada proteína que funcionam como antigénio. A composição faz sentido, «lugar à superfície», se não me engano.
A minha dúvida é sobre saber se a palavra deve ser esdrúxula (como epílogo, epítome ou epíteto) ou grave (como epiderme ou epitélio).
«Às 2h30 da madrugada» é hoje ou amanhã? Na RTP Internacional ouço (vejo) com frequência anunciar no Telejornal, emitido às 13 horas (de Portugal): «Hoje, às 2:30 da madrugada», referindo-se à transmissão no dia seguinte, em diferido, de um jogo de futebol que se realizará ao princípio dessa mesma noite.
Dúvida – Com «Às 13 horas de hoje», poder-se-á dizer que se vai realizar uma transmissão a uma hora que já passou? Não se deveria dizer: «Às 2h30 da madrugada de amanhã»?
Sempre pronunciei a palavra díodo como sendo esdrúxula, ou seja, intensificando o i. Contudo, dizem-me que a palavra é acentuada no o, ou seja, sendo grave e pronunciando-se "diôdo". Qual o modo correcto? Desde já o meu obrigado.
Só uma questão rápida (antes que me esqueça), ao ilustre consultor que tratou o tema Político-Mulher, D´Silvas Filho:
Ao final da resposta, quer-me parecer que não se quer dizer «virtualidades», mas, sim, virtuosidades, coisas que penso serem bem distintas! Por favor corrija-me, se estou errada.
Era importante ver tratado este comum deslize, em Ciberdúvidas, pois ele, de facto, abunda, na comunicação social.
Qual o grau do adjetivo inteligente na frase «João é pouco inteligente»?
Na frase «João é muito inteligente» não há dúvida quanto ao grau do adjetivo: superlativo absoluto analítico.
Entretanto, as gramáticas não contemplam entre os graus do adjetivo o caso da frase objeto da pergunta («João é pouco inteligente»), em que o advérbio de intensidade («pouco») modifica o adjetivo («inteligente») expressando diminuição, inferioridade no grau da qualidade expressa pelo adjetivo, sem comparação ou relação com outros seres. Vejam-se as definições de várias gramáticas do grau superlativo absoluto: — O superlativo absoluto «denota que um ser apresenta em elevado grau determinada qualidade» (Celso Ferreira da Cunha, Gramática da Língua Portuguesa, 2.ª, FENAME, Rio de Janeiro, 1975, p. 258).
— «Grau superlativo absoluto: quando a qualidade de um ser é expressa em grau máximo, sem comparação com outro ser» (Agostinho Cadore, Curso Prático de Português, 2.ª edição, Editora Ática, 1994, p. 138).
— «Superlativo absoluto é o que exprime a qualidade no mais elevado grau, sem comparação» (Artur de Almeida Tôrres, Moderna Gramática Expositiva da Língua Portuguesa, 3.ª edição revista e ampliada, Editora Fundo de Culturas S. A., Rio de Janeiro, 1959, p. 81).
— «O Superlativo indica que a qualidade do ser ultrapassa a noção comum que temos dessa mesma qualidade (...) [neste caso], a superioridade é ressaltada sem nenhuma relação com outros seres. Diz-se que o superlativo é absoluto ou intensivo» (Evanildo Bechara, Gramática Escolar da Língua Portuguesa, Editora Lucerna, Rio de Janeiro, 2006, pp. 112/113).
— «O superlativo absoluto (...) analítico [se constrói] com a ajuda de outra palavra, geralmente um advérbio indicador de excesso — muito, imensamente, extraordinariamente, excessivamente, grandemente, etc.» (Celso Cunha e Luís F. Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, 3.ª edição revista, 15.ª impressão, Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 2001, pp. 255/256).
Como se vê das definições acima, o superlativo absoluto analítico sempre supõe que a qualidade expressa pelo adjetivo está sendo intensificada «para mais» (ex: «muito inteligente»); mas no caso de intensificação «para menos» — diminuição, inferioridade — (como é o caso de «pouco inteligente»), não se fala em superlativo absoluto.
As gramáticas de Domingos Paschoal Cegalla, Luiz Antonio Sacconi, Nicola & Infante, nas edições que consultei, não trazem a definição do superlativo absoluto, mas todos os exemplos que estes autores listam para o superlativo absoluto (bem como os gramáticos das citações acima) são de frases gradações com intensificação «para mais» («muito inteligente», «enormemente forte», «excessivamente grande», etc.).
Assim, o grau do adjetivo expresso na frase «João é pouco inteligente» não se encaixa nem com a definição de superlativo absoluto trazida pelas gramáticas consultadas, nem com nenhum dos exemplos que elas arrolam.
Em «João é muito inteligente» se dá a ocorrência de: modificação do adjetivo inteligente pelo advérbio de intensidade muito. Neste caso, diz-se que esta construção é a forma de conferir o grau superlativo absoluto ao adjetivo inteligente.
Entretanto, em «João é pouco inteligente», em que ocorre a mesma construção (advérbio de intensidade + adjetivo), as gramáticas calam quanto ao grau do adjetivo.
Ou seja: advérbio de intensidade «para mais» — quero dizer, indicando superioridade — («muito») + adjetivo: forma o grau superlativo absoluto;
mas advérbio de intensidade «para menos» — ou seja, diminuição, inferioridade — («pouco») + adjetivo: não formaria grau?
Gostaria de saber o significado da palavra matarruana. Obrigado.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações