Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Ana Margarida Brito Amaral N/D N/D, Portugal 14K

Tenho uma dúvida relativamente ao plural de mapa síntese, que penso que é mapas síntese, mas preciso de uma confirmação por especialistas na matéria. Podem ajudar-me? Obrigada.

Rogério Monteiro N/D N/D, Portugal 7K

Onde se coloca o sujeito em orações com o gerúndio perfeito? Pode ficar entre, antes ou depois das formas verbais? Obedece a alguma regra?

Ana Lúcia da Silva S. Amaro Professora de educação infantil Nova Odessa, São Paulo, Brasil 5K

 Por favor, ajude-me a fazer este exercício:

«Leia este trecho do poema:

O velho adormecido
na cadeira imprópria
O jornal rasgado
O cão farejando
A barata andando
O bolo cheirando
O vento soprando
E o relógio inerte.

a) Que recurso gramatical o poeta emprega para sugerir que as cenas descritas acontecem no mesmo momento em que ele observa?

b) Transcreva a forma nominal que apresenta o resultado final de um fato verbal. Classifique-as.»

David Guerreiro Estudante universitário Seixal, Portugal 3K

 Porque é que está errado dizermos «O João, preocupado que ele voltasse a casa mais cedo, saiu»? É uma dúvida que me suscita bastante interesse.

João Vasconcelos Costa Investigador, professor N/D, Portugal 8K

Epítopo ou epitopo é um termo científico relativamente recente, que designa as partes de cada proteína que funcionam como antigénio. A composição faz sentido, «lugar à superfície», se não me engano.

A minha dúvida é sobre saber se a palavra deve ser esdrúxula (como epílogo, epítome ou epíteto) ou grave (como epiderme ou epitélio).

Álvaro Simões Contabilista Maputo, Moçambique 15K

«Às 2h30 da madrugada» é hoje ou amanhã? Na RTP Internacional ouço (vejo) com frequência anunciar no Telejornal, emitido às 13 horas (de Portugal): «Hoje, às 2:30 da madrugada», referindo-se à transmissão no dia seguinte, em diferido, de um jogo de futebol que se realizará ao princípio dessa mesma noite.

Dúvida – Com «Às 13 horas de hoje», poder-se-á dizer que se vai realizar uma transmissão a uma hora que já passou? Não se deveria dizer: «Às 2h30 da madrugada de amanhã»?

Álvaro Carvalho N/D N/D, Portugal 6K

Sempre pronunciei a palavra díodo como sendo esdrúxula, ou seja, intensificando o i. Contudo, dizem-me que a palavra é acentuada no o, ou seja, sendo grave e pronunciando-se "diôdo". Qual o modo correcto? Desde já o meu obrigado.

Vera Castro Secretária Porto, Portugal 7K

Só uma questão rápida (antes que me esqueça), ao ilustre consultor que tratou o tema Político-Mulher, D´Silvas Filho:

Ao final da resposta, quer-me parecer que não se quer dizer «virtualidades», mas, sim, virtuosidades, coisas que penso serem bem distintas! Por favor corrija-me, se estou errada. 

Era importante ver tratado este comum deslize, em Ciberdúvidas, pois ele, de facto, abunda, na comunicação social.

Marcos Antônio Jordão Sasso Servidor público Castelo, Espírito Santo, Brasil 6K

Qual o grau do adjetivo inteligente na frase «João é pouco inteligente»?

Na frase «João é muito inteligente» não há dúvida quanto ao grau do adjetivo: superlativo absoluto analítico.

Entretanto, as gramáticas não contemplam entre os graus do adjetivo o caso da frase objeto da pergunta («João é pouco inteligente»), em que o advérbio de intensidade («pouco») modifica o adjetivo («inteligente») expressando diminuição, inferioridade no grau da qualidade expressa pelo adjetivo, sem comparação ou relação com outros seres. Vejam-se as definições de várias gramáticas do grau superlativo absoluto: — O superlativo absoluto «denota que um ser apresenta em elevado grau determinada qualidade» (Celso Ferreira da Cunha, Gramática da Língua Portuguesa, 2.ª, FENAME, Rio de Janeiro, 1975, p. 258).

— «Grau superlativo absoluto: quando a qualidade de um ser é expressa em grau máximo, sem comparação com outro ser» (Agostinho Cadore, Curso Prático de Português, 2.ª edição, Editora Ática, 1994, p. 138).

— «Superlativo absoluto é o que exprime a qualidade no mais elevado grau, sem comparação» (Artur de Almeida Tôrres, Moderna Gramática Expositiva da Língua Portuguesa, 3.ª edição revista e ampliada, Editora Fundo de Culturas S. A., Rio de Janeiro, 1959, p. 81).

— «O Superlativo indica que a qualidade do ser ultrapassa a noção comum que temos dessa mesma qualidade (...) [neste caso], a superioridade é ressaltada sem nenhuma relação com outros seres. Diz-se que o superlativo é absoluto ou intensivo» (Evanildo Bechara, Gramática Escolar da Língua Portuguesa, Editora Lucerna, Rio de Janeiro, 2006, pp. 112/113).

— «O superlativo absoluto (...) analítico [se constrói] com a ajuda de outra palavra, geralmente um advérbio indicador de excesso — muito, imensamente, extraordinariamente, excessivamente, grandemente, etc.» (Celso Cunha e Luís F. Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, 3.ª edição revista, 15.ª impressão, Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 2001, pp. 255/256).

Como se vê das definições acima, o superlativo absoluto analítico sempre supõe que a qualidade expressa pelo adjetivo está sendo intensificada «para mais» (ex: «muito inteligente»); mas no caso de intensificação «para menos» — diminuição, inferioridade — (como é o caso de «pouco inteligente»), não se fala em superlativo absoluto.

As gramáticas de Domingos Paschoal Cegalla, Luiz Antonio Sacconi, Nicola & Infante, nas edições que consultei, não trazem a definição do superlativo absoluto, mas todos os exemplos que estes autores listam para o superlativo absoluto (bem como os gramáticos das citações acima) são de frases gradações com intensificação «para mais» («muito inteligente», «enormemente forte», «excessivamente grande», etc.).

Assim, o grau do adjetivo expresso na frase «João é pouco inteligente» não se encaixa nem com a definição de superlativo absoluto trazida pelas gramáticas consultadas, nem com nenhum dos exemplos que elas arrolam.

Em «João é muito inteligente» se dá a ocorrência de: modificação do adjetivo inteligente pelo advérbio de intensidade muito. Neste caso, diz-se que esta construção é a forma de conferir o grau superlativo absoluto ao adjetivo inteligente.

Entretanto, em «João é pouco inteligente», em que ocorre a mesma construção (advérbio de intensidade + adjetivo), as gramáticas calam quanto ao grau do adjetivo.

Ou seja: advérbio de intensidade «para mais» — quero dizer, indicando superioridade — («muito») + adjetivo: forma o grau superlativo absoluto;

mas advérbio de intensidade «para menos» — ou seja, diminuição, inferioridade — («pouco») + adjetivo: não formaria grau?

Regina Peralta N/D N/D, Portugal 7K

Gostaria de saber o significado da palavra matarruana. Obrigado.