Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Ana Duarte Estudante Coimbra, Portugal 19K

Qual a diferença entre enredo e diegese, por exemplo, no Auto da Índia, de Gil Vicente?

Daniel Santos Mecânico Seixal, Portugal 32K

Estou atrapalhado com os trabalhos da minha filhota e preciso de ajuda.

É o seguinte: palavras pertencentes à família de rua, lixo e felicidade.

Desde já muito obrigado.

Riccardo Mura Foneticista Tempio Pausania, Itália 2K

Em português do Brasil, arco-íris e "arco(-)botante" são pronunciadas com /-o-/, ou com /-u-/?

Camyla Stephane Estudante Belo Horizonte, Brasil 42K

Gostaria de saber o que é inferência (pressupostos e subentendidos)

Vera Sousa Professora do 1.º ciclo Paredes, Portugal 21K

Já li em algumas gramáticas algumas coisas relacionadas com a translineação, mais propriamente quando temos duas consoantes iguais. Sei que se separam sempre, mas li em algum lado e já vi mesmo em livros que podemos deixar junto o rr ou o ss, como por exemplo: corri-gir; desassosse-go. É possivel juntar os rr ou ss na mesma linha quando temos espaço, ou é obrigatório separar mesmo tendo espaço e separar na sílaba seguinte?

Obrigada pela explicação!

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil 31K

Sempre tive imensa curiosidade em saber ao certo o porquê das letras consoantes dobradas na antiga ortografia da língua portuguesa, mas nunca obtive uma explicação completa. Parece-me que se trata de uma herança que recebemos do latim, o qual, por sua vez, teria recebido tal uso da língua grega, sendo, aliás, esta prática possivelmente uma invenção dos gregos.

Percebo que, muito freqüentemente, nas palavras do nosso idioma na grafia antiga, as consoantes dobradas vinham imediatamente após a sílaba tônica, talvez para indicar a tonicidade da mesma. Se é verdade, então nesse caso os caracteres repetidos faziam as vezes dos acentos gráficos. Observo que as letras mais repetidas eram "l", "n" e "t", mas também "b", "c", "f", "m", "p", etc. No Brasil, ainda hoje, muitos apelidos portugueses conservam a grafia antiga, sendo escritos Mello, Senna, Mattos, etc. Já as palavras comuns ajustaram-se todas à nova ortografia.

Casos existiam, no entanto, em que o caractere repetido antecedia a sílaba tônica da palavra ou fazia parte dela (Affonseca, commercio).

Esclareço que o caso acima mencionado não é o dos dígrafos (rr, ss) nem daqueles em que a letra dobrada é efetivamente pronunciada duas vezes, pois representa dois fonemas iguais repetidos (faccioso, ficcional, friccionar, etc.), mas sim daqueles casos em que a letra dobrada se lê apenas uma vez. Por exemplo, naqueles tempos, escrevia-se "sacco", mas lia-se "saco", sendo, portanto, o "c" pronunciado uma só vez, embora estivesse escrito duas.

Vós, cultos e preparados consultores do Ciberdúvidas, poderíeis dar-me uma orientação segura sobre este assunto aqui ventilado?

Muito obrigado.

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil 7K

Em 2005, fiz uma consulta ao Ciberdúvidas a respeito de alguns termos de Geografia, estando entre eles a palavra "salar". A resposta veio, a 20 de maio daquele ano, sendo da autoria do ilustre e douto consultor Carlos Rocha, o qual, entretanto, não disse nada acerca de "salar".

Ontem, sexta-feira, 24 de outubro de 2008, a maior rede de televisão do Brasil apresentou, em um programa televisivo tradicional de reportagens especiais que vai ao ar sempre às sextas-feiras à noite, uma bela reportagem sobre a Bolívia, país pobre sul-americano, mas rico em termos de tradições, cultura e "salares". Estes últimos são imensos depósitos naturais de sal a céu aberto, verdadeiros desertos que, em vez de serem constituídos de areia, são constituídos de sal. Eram, em priscas eras, lagos salgados que secaram.

Isto acendeu de novo em mim a curiosidade a respeito da palavra "salar", a qual não encontrei em nenhum dicionário da língua portuguesa que consultei. O que gostaria de saber é o seguinte:

a) a sua etimologia;

b) se a mesma pertence ou não à língua portuguesa;

c) o termo português que lhe corresponde, caso "salar" não seja do nosso idioma;

d) se foi formada à maneira de "glaciar", como parece;

e) se designa apenas os referidos acidentes geográficos encontráveis na Bolívia ou se se aplica a outros iguais ou semelhantes em outros países, até mesmo nos que ficam fora da América do Sul.

Muito obrigado.

Thomas Schlemmermeyer Freelance para: aulas de alemão, tradução, reda{#c|}ção Curitiba, Brasil 5K

Domino o português como língua estrangeira. Há algum tempo, procuro entender as frases com gerúndio a partir de um ponto de vista pragmático, isso quer dizer que, sem cair no estudo da nomenclatura para diferentes orações subordinadas (onde o gerúndio se mostra importante), parto para o estudo simples do significado de cada oração com gerúndio que encontro. E eis que uma frase interessante cruzou o meu caminho, cito-a dentro do contexto:

«Turistas, há poucos na semana, só o suficiente pra dar ao pessoal que vive de conduzir charretes algo que fazer. Quase não se nota sua presença, tirando fotos e almoçando peixe frito.» (Paraíso em cativeiro, Cecilia Giannetti, Folha de São Paulo, C2, 21.10.2008)

O texto evidentemente está escrito em estilo não formal, como é indicado pela forma "pra" em vez de para.

Mas mesmo assim o uso do gerúndio aqui me intriga e me instiga. O que se quer dizer aqui me parece ser o seguinte: «Quase não se nota a presença dos poucos turistas que costumam tirar fotos e almoçar peixe frito.»

Mas a frase «Quase não se nota sua presença, tirando fotos e almoçando peixe frito» parece então recorrer ao gerúndio para referir-se a um substantivo («os turistas») de uma frase anterior. Mesmo sendo um estilo coloquial, toda a forma de "referenciar as coisas" nesta frase me parece um pouco solta, irregular e confusa demais? Ou estou eu errado, e esta frase está corretíssima no que tange os gerúndios e sua função sintática?

Sandra Francisco Assistente administrativa Pombal, Portugal 92K

Quais as palavras da família de chuva?

Morais Silva Reformado Amadora, Portugal 7K

Existe "conceitualizar"?

O FLIP [coorector ortográfico] diz que "conceitualiza" é presente do indicativo de "conceitualizar". Mas "conceitualizar", diz que não existe!