Existem vários termos médicos que se escrevem de maneira diferente dependendo do dicionário ou dos livros, e alguns são mesmo inexistentes nos dicionários.
Por tudo isto, gostaria que me esclarecessem sobre a ortografia dos seguintes termos médicos: "metastização" ou "metastisação", "esofagogástrica" ou "esófago-gastrica", "gastro-esofágica" ou "gastroesofágica", "esteato-hepatite" ou "esteatohepatite", "gastroenterite" ou "gastrenterite", "traqueo-esofágica" ou "traqueoesofágica", "pós operatório" ou "post operatório", "pós-rádica" ou "post rádica".
Obrigada.
Gostaria que me explicassem qual o significado desta expressão — «erro crasso».
A palavra "veseiro" está correcta, ou dever-se-á escrever "vezeiro" (de vez), por exemplo, «ser useiro e veseiro»?
Escreve-se "retardante", ou "retardador"?
Por exemplo, na frase seguinte, como é que estará correcto:
«Compostos para revestimento retardantes da propagação da chama», ou antes «Compostos para revestimento retardadores da propagação da chama»?
A palavra próstata (órgão próprio da genitália masculina) tem alguma relação etimológica com a palavra prostituta, prostituição? Fundamento da pergunta: observando as palavras, há semelhanças interessantes que fazem com que a pessoa identifique nestas palavras, exemplo, "prost(ata)" "prost(ituta)". Não há vinculação de origem grega — ou mesmo de outra língua — que passou pelo latim e chegou no português? Estes vocábulos não sofreram metaplasmos e foram se definindo semanticamente diversos?
Caros consultores do Ciberduvidas: uma dúvida "gastronómica"...
Num restaurante transmontano encontrei um prato de carne «... com redução de queijo terrincho».
Recentemente, no Porto, a mesma expressão «hambúrguer com redução de vinho do Porto».
Qual será o sentido de redução neste contexto?
Obrigada.
Gostaria que me indicassem qual a melhor forma de classificar sintacticamente as seguintes frases:
1) «Tal ideia nem lhe ocorreu.»
2) «Toda esta correria fez um certo ruído.»
3) «Nenhuma dessas considerações perturbou naquela noite o João.»
4) «Era bem-comportada, amável e bondosa.»
Relativamente à inclusão dos complementos circunstanciais no predicado, pesquisando o vosso site, vejo que não há uniformidade nessa questão. Há quem defenda que devem estar incluídos, outros defendem que não. Podem esclarecer-me se, na frase: «O João está na praia», devemos considerar o complemento circunstancial de lugar como fazendo parte do predicado?
Muito obrigada pela vossa ajuda.
No texto «Do corredor, onde ela enfiava o vestido aos puxões, como se lutasse com as fúrias desencadeadas, a Dona Alzira gritou-me alegremente: "Não sejas calisto, homem de Deus! Até mete azar! Há agora pressa, qual o quê, está um tempo lindo, e com os dias compridos o que falta é tempo para a gente gozar! E depois, que importância tem isso, se eu for um bocado mais tarde?... É só carregar no pedal, e pronto!" E a velha senhora ria, ria nervosamente, perdida dentro do corpete do vestido apertado», de José Rodrigues Miguéis, tomando como referente «Dona Alzira», considera-se que o «eu», expresso dentro do discurso directo da personagem, é um termo anafórico (anáfora), ou, tendo em conta que é um discurso directo e que não se pode substituir por «Dona Alzira», considera-se apenas como deíctico pessoal?
Obrigada pela ajuda!
Gostaria de saber somo se escreve correctamente em português a capital da Índia: "Deli", ou "Delhi"?
E a capital do estado de Goa na Índia: "Pangim", ou "Panjim"?
Os meus agradecimentos.
Na cidade de Constantinopla, atual Istambul, Turquia europeia, foi construída há muitos séculos a basílica cristã que recebeu o nome grego de Hagia Sophia, o que vertido para o nosso idioma fica Santa Sabedoria, já que, em grego, hagia significa «santa», e sophia, «sabedoria». Este prédio foi transformado em mesquita, no mesmo ano da queda da cidade nas mãos dos turcos, 1453; posteriormente, em 1935, foi transformada em museu, condição em que, se não estou em engano, o antigo templo encontra-se até hoje.
A palavra sophia pode funcionar também como nome de mulher. Houve, há e certamente haverá muitas mulheres com este nome em todos os países cristãos. Algumas delas em vida foram santas, tendo essa santidade sido reconhecida com a canonização.
Entretanto, no caso do nome do templo em apreço, sophia significa apenas «sabedoria» mesmo, não é nome de uma mulher santa, portanto deve ser traduzido como «sabedoria». A Santa Sabedoria é, no caso, o conhecimento do Evangelho, das Escrituras e da tradição cristã, do Cristianismo como um todo. É este saber santo.
Portanto, o melhor aportuguesamento para Hagia Sophia seria mesmo Santa Sabedoria, pois traduzi-lo como Santa Sofia, como ocorre na maioria dos casos, transmitiria aos mal informados a falsa ideia de que essa basílica recebeu o nome de uma santa chamada Sofia, o que nunca ocorreu. Deve tratar-se de mais um aportuguesamento desastrado como outros existentes, presumo.
Por via das dúvidas, peço a opinião infalível dos consultores de ouro do áureo sítio Ciberdúvidas sobre esta questão.
Muito obrigado.
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