1. Análise sintáctica das frases:
Predicado: «nem lhe ocorreu»
Complemento indirecto: «lhe»
(ii) Sujeito: «Toda esta correria»
Predicado: «fez um certo ruído»
Complemento directo: «um certo ruído»
(iii) Sujeito: «Nenhuma dessas considerações»
Predicado: «perturbou naquela noite o João»
Complemento directo: «o João»
Modificador: «naquela noite»
(iv) Sujeito nulo
Predicado: «era bem-comportada, amável e bondosa»
Predicativo do sujeito: «bem-comportada, amável e bondosa»
2. Complemento circunstancial é um termo problemático. De acordo com a terminologia tradicional, são complementos circunstanciais os constituintes sublinhados nas frases abaixo:
(vi) «O Zé meteu o carro na garagem.»
(vii) «O Zé mora na Rua dos Gambozinos.»
No entanto, estes constituintes, todos realizados por grupos preposicionais, desempenham funções sintácticas diferentes:
«na 24 de Julho» não é seleccionado pelo verbo;
Assim, «na 24 de Julho» é modificador (interno ao grupo verbal); «na garagem» e «na Rua dos Gambozinos» são complementos (oblíquos).
2.1. Modificador e complemento oblíquo são os termos constantes no Dicionário Terminológico (ex-TLEBS), disponível do sítio da DGIDC desde Janeiro de 2008.
3. O predicado verbal — (v), (vi) e (vii) integram predicados verbais — é constituído pelo verbo e pelos seus complementos e modificadores. Mesmo anulando a distinção complemento — modificador sob a designação de complemento circunstancial, isso não serve à análise da frase «O João está na praia», que integra um predicado nominal: verbo copulativo + predicativo do sujeito. (Lembro que o predicativo do sujeito pode ser realizado por um grupo preposicional). Por outras palavras, «na praia» não só integra o predicado como tem função predicativa.