Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório
Helena Reis Formadora Peniche, Portugal 3K

Gostaria de saber a interpretação do seguinte provérbio popular:

«A palavra a propósito e sensata é como ouro marchetado de prata.»

Obrigada.

Fernando Varela Médico Almada, Portugal 5K

O professor doutor Manuel Freitas e Costa refere no seu Dicionário de Termos Médicos, da Porto Editora, o termo ortodôncia ou ortodontia (de orto- e do gr. odoús, odóntos «dente» e –ia) s.f. como «Ramo da medicina dentária ou odontologia que está relacionado com a profilaxia e o tratamento da maloclusão dos dentes (relação anormal entre os dentes superiores e os dentes inferiores)».

Admite também o mesmo dicionário os substativos ortodoncista ou ortodontista como «especialista em ortodôncia ou ortodontia» e ainda ortodonto como «indivíduo que tem os dentes regulares e bem implantados».

Gostaria de saber se podemos, de modo semelhante, utilizar o termo “exodonto” para um indivíduo que apresenta exodôncia (protusão dos dentes para a frente e para fora) como se explica na pergunta/resposta 27 207.

Obrigado.

Paulo Roberto Estudante Barreiro, Portugal 5K

Encontro no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora o substantivo desrealização, como termo filosófico e psicológico usado para designar, grosso modo, uma certa alienação em relação ao mundo real concreto. Contudo, não encontro o verbo "desrealizar" como indicador da acção do processo de "desrealização". Será incorrecto usar este verbo? Por exemplo: «As imagens televisivas desrealizam o mundo.»

Desde já grato pelo esclarecimento que me possam prestar.

Solange Santos Costa Estudante Recife, Brasil 11K

«Ao domingo vou dançar» e «no domingo vou dançar». Posso dizer «ao domingo vou dançar»? É considerado erro?

Muito obrigada.

Jana Almeida Professora Ilhéus, Brasil 2K

Sempre que trazemos para a oralidade uma data qualquer, colocamos o do para fazer referência ao mês. Por exemplo: 25/03/2010 dizemos «vinte e cinco do três de dois mil e dez», mas algumas criaturas falam «vinte e cinco dos três». É possível falar das duas formas?

Jucilene Buosi Musicista Poços de Caldas, Brasil 15K

Gostaria de saber a origem da palavra bagunça.

Grata.

José Lopes Jornalista Praia, Cabo Verde 2K

Qual é a melhor formulação: «assumir-se como seguidor», ou «assumir-se num seguidor»?

Ana Tavares Professora Ponta Delgada, Portugal 27K

A minha dúvida encontra-se na frase «Passámos para o ponto dois da ordem de trabalhos». O verbo passar não deveria ser regido pela preposição a? Ou seja, não deveria ser «Passámos ao ponto dois da ordem de trabalhos»?

Obrigada pela disponibilidade.

Pedro Barreira Tradutor de Ubuntu Linux Lisboa, Portugal 85K

A directa assimilação de palavras estrangeiras, adaptadas à grafia ou à fonética, não é novidade em Portugal.

É de estranhar que os léxicos portugueses incluam uma "corrupção" fonética do termo inglês media (em inglês diz-se "mídia") que é usado em diversos contextos com significados diferentes:

— meios de comunicação social, suportes de dados, formatos de ficheiros áudio e vídeo.

Das novas palavras relativas à ciência computacional já inseridas nos dicionários e que por não terem correspondências ou homónimos foram adaptadas ao novos significados: clique/clicar (click), disquete (diskette), formato/formatar (format), etc.

Ser contra estes estrangeirismos é no mínimo bacoco, pois o vocabulário provém do inglês e contra isso não há nada a fazer, excepto evitar as divergências entre original, o significado e a sua tradução.

Dada a troca de sons, do inglês para português, o e inglês diz-se "i", devia-se neste caso particular de media adoptar a fonética em detrimento da grafia. Ou seja "mídia".

O principal problema é que as crianças e os jovens que se deparam com a palavra media ou média ambas com significados muito diferentes da palavra original em inglês. Se por um lado media é um tempo do verbo medir («eu/ele media»), média é o «quociente da divisão de uma soma pelo número das parcelas».

A minha pergunta é: como é que se pode "oficializar" um "erro de dicção de uma palavra inglesa" em dicionários respeitáveis, perpetuando assim esse erro, e afectando de sobremaneira a credibilidade dos responsáveis desses dicionários que aparentemente não sabem falar inglês?

Valter da Silva Pinto Oficial de justiça Mogi das Cruzes, Brasil 11K

Apesar de ser um tema recorrente, gostaria da opinião objetiva dos consultores sobre a seguinte afirmação encontrada em outra gramática: «Se o infinitivo é complemento de verbo, adjetivo ou substantivo, não devemos flexionar», na qual apresenta os seguintes exemplos:

a) «Ele sempre proíbe os empregados de sair no horário»;

b) «Não estamos dispostos a desistir tão facilmente».

Se considerarmos que em a) o sujeito do verbo «proíbe» é «ele», e o do verbo «sair» é «os empregados», não seria correto flexionar o infinitivo sair? Ou o correto é mesmo não o flexionar, e analisá-lo como integrante da sequência «proíbe de sair». Com relação ao exemplo b), usando o mesmo raciocínio de se identificar o sujeito, percebe-se claramente que só há um, que se encontra subentendido («nós»). Ou aqui cabe a análise de que o infinitivo é complemento do adjetivo «dispostos»?