DÚVIDAS

A palavra polícia grafada com inicial maiúscula
Tenho visto em vários artigos de jornal e, sobretudo, em legendagem de documentários e filmes a palavra polícia grafada com maiúscula. Devo dizer que em nada me choca, mas sei que o assunto não será pacífico. Eu próprio grafo com maiúscula nas situações em que se trata da instituição. Exemplos: «A contenda foi resolvida graças à pronta intervenção da Polícia»; «O porta-voz da Polícia disse que não havia razão para alarme.» Por outro lado, grafo com minúscula, quando me refiro a um elemento da Polícia: «Perguntei ao polícia se podia ajudar-me»; «Os polícias queixam-se de falta de meios.» Ou, ainda, dos dois modos na seguinte situação: «Os polícias envolveram-se numa acesa contenda com os civis, e o seu comandante já veio dizer que a Polícia repudia tais comportamentos.» Gostaria, portanto, que me dessem a vossa opinião quanto à legitimidade de se grafar o vocábulo em questão com maiúscula nas situações que referi. Cordialmente, um vosso consulente.
O aportuguesamento de Bourbon
Porventura existiria "Borbão" como aportuguesamento de Bourbon, nome de uma casa real que reinou na França, Espanha, Luxemburgo, Navarra, Duas Sicílias e Sardenha. Em italiano, é Borbone; em espanhol, é Borbón. Dom Pedro I do Brasil (IV de Portugal) tinha como sobrenomes «Bragança e Bourbon». Curioso que ele não aportuguesou Bourbon, como seria de se esperar de um príncipe de um país de língua portuguesa. Muito obrigado.
Novo acordo: -ámos, pôde, -eem, (acento diferencial)
Sou autora de uma gramática da língua portuguesa para italianos. Estou a fazer um folheto, a pedido da editora Zanichelli, para inserir em cada volume sobre o acordo ortográfico. A minha dúvida está na supressão do acento gráfico diferenciador nas paroxítonas na flexão de alguns verbos. Assim: amámos perde o acento? pode/pôde? E a grafia de crê,, , crêem, lêem, vêem? Continua? Obrigada pela atenção.
Oração subordinada reduzida de particípio
Gostaria que analisassem a frase: «O senhor Cláudio Rabelo convida para a palestra "O Português e Portugal", direcionada aos portugueses residentes no Brasil.» A oração «direcionada aos portugueses residentes no Brasil» pode ser considerada uma oração subordinada explicativa? A vírgula depois de «Portugal» é obrigatória, opcional, ou não deveria existir? Desde já agradeço a colaboração.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa