Escrevo-vos no sentido de esclarecer a classificação do advérbio efetivamente, uma vez que tenho encontrado diferentes opiniões relativamente ao seu enquadramento nas diversas gramáticas.
Devo concluir, portanto, que o mesmo pode ser classificado como de frase, afirmação ou conectivo?
Consideremos o seguinte exemplo, retirado de um caderno de exercícios: «Realmente fui muito feliz naquele lugar. Efetivamente, não me lembro de mais nenhum espaço que me faça sorrir e ter esperanças como aquele.» Como se classifica, neste contexto, o advérbio e porquê?
Agradeço, desde já, a enormíssima ajuda que o Ciberdúvidas tem dado àqueles que se preocupam e estudam a língua portuguesa.
Pode-se dizer «ainda não lá fui» em vez de «ainda não fui lá»?
É correto dizer-se "aconfessional" como o contrário de confessional?
Deve escrever-se «Este é um dos motivos pelos quais sou como sou» ou «Este é um dos motivos pelo qual sou como sou»?
Obrigado.
No âmbito de uma tradução de Robert Frost, cheguei à seguinte dúvida:
Qual é a formulação mais correta: «Tanto é o caco p’ra varrer que eu me pergunto se a cúpula do céu terá caído…» ou «Tanto é o caco p’ra varrer que eu me pergunto se a cúpula do céu não terá caído…».
As duas versões parecem ter o mesmo sentido, mas não sei se são ambas possíveis do ponto de vista gramatical.
Grato desde já pela atenção.
Gostaria de ter uma análise sintática da frase «Pessoas de boa índole agem favoravelmente a seu próximo», mais especificamente o valor sintático do advérbio favoravelmente.
[Pode usar-se] algures, com a preposição para?
Se usasse alhures, em vez de algures, [a frase não teria] preposição: «... levar alguém alhures.» Isto porque alhures já em si significa «para outro lugar», do latim aliorsum.
Concordais?
Que somente e unicamente signifiquem isso mesmo, é evidente. Mas como é que apenas, que é constituído por «a+pena-s», veio a significar «somente»?
Sempre me perguntei se é possível tirar a ambiguidade de frases negativas sucedidas por conjunções causais. Por exemplo, em «Ele não foi à aula, porque estava com preguiça», o fato de o sujeito estar com preguiça pode ser de fato a causa de sua ausência; por outro ângulo, o interlocutor pode, na verdade, estar clarificando que esta não é a verdadeira causa, mas que há outra razão. Adicionando mais detalhes para que este segundo caso fique claro: «Ele não foi à aula, porque estava com preguiça, mas porque estava doente.»
Pergunto-lhes se, neste segundo sentido, a segunda oração não acaba se tornando subordinada explicativa, já que estar com preguiça não é a causa da ausência, mas uma explicação.
Sobre a função sintática de demasiado em «a Ana é demasiado rápida», [dizem-me que é] modificador do adjetivo, [o que] tem lógica, mas as gramáticas e manuais que utilizo não contemplam a função sintática de modificador do adjetivo.
Existe o modificador do adjetivo?
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