Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: verbo
Irene Ramalho Tradutora Aveiro, Portugal 12K

É mais correto dizer-se «Já tenho problemas que cheguem», ou «Já tenho problemas que chegue»? Ouço frequentemente as duas formas, mas a segunda parece-me a mais correta, pois penso que o verbo chegar está aqui numa construção impessoal. E será «Já basta/bastam os problemas que tenho» um exemplo análogo da mesma regra?

Desde já, bem hajam.

Elisa Monteiro Revisora Macau, China 9K

Relativamente ao verbo ascender + preposição a.

A dúvida surgiu quando vi o seguinte texto num documento:

«XYZ – alterada a cláusula 1 do contrato, ascendendo para técnico superior...»

Entretanto, eu e minha colega achamos que deveria ser:

«XYZ – alterada a cláusula 1 do contrato, ascendendo a técnico superior...»

Só que não sabemos explicar porque é que deveria ser a e não para.

Agradeço pela atenção.

Cláudio Almeida Técnico Luanda, Angola 24K

Quero antes parabenizá-los por este excelente sítio que, acredito, tem ajudado muitos a eliminar dúvidas de nossa língua.

Cá em meu país, nos círculos jornalísticos, tem-se criado uma série de expressões estranhas. E como apreciador do bem falar, venho expor uma dúvida.

Exemplo:

«O Sr. Governador considerou a visita de positiva», «considerou de positivo» e por aí fora.

Esse tipo de frase está, ou não, correto?

Saudações!

Carla Baptista Professora Seixal, Portugal 22K

Gostaria que me dissessem qual a diferença entre o aspeto gramatical habitual e o iterativo. Não consigo compreender as diferenças, nomedamente porque as duas admitem situações de tempo não limitado e existem exemplos onde que não se conseguem classificar inequivocamente.

Muito obrigada pela atenção.

Maria Sequeira Professora Agualva-Cacém, Portugal 8K

Gostaríamos que nos ajudassem com a classificação sintática da palavra destacada na frase:

«A reunião continua amanhã

A nossa dúvida está entre ser modificador ou predicativo do sujeito, uma vez que o verbo continuar pede complemento direto ou predicativo do sujeito.

Aqui, cremos que amanhã não pode ser substituído por permanecer e não predica o sujeito, sendo, por isso, um modificador.

Gratas pela amabilidade.

Domitília Soares Investigadora Lisboa, Portugal 8K

Será que a expressão «alavancar a economia» é correcta?

Ricardo Costa Professor Rio de Janeiro, Brasil 3K

Gostaria de sanar uma dúvida sobre a construção da voz passiva sintética, tendo-se objeto direto preposicionado. Ex.:

voz ativa: «As crianças comeram desses biscoitos»;

passiva sintética: «Comeram-se os biscoitos» (correta, mas há uma sutil mudança de sentido da frase) ou «comeram-se desses biscoitos» (pode-se ter o sujeito, nessa construção, preposicionado, ou trata-se de uma construção inadequada ao padrão culto da língua portuguesa?).

Obrigado!

Carla Duarte Professora Seixal, Portugal 8K

«(…) concentra a ação dramática do ator (construindo alguma dessas personagens) no exercício da pregação (…).»

Gostaria de saber se a frase que se encontra entre parênteses pode ser classificada como uma oração relativa explicativa, mesmo não tendo um pronome relativo. Caso não possa, como se pode classificar?

Obrigada.

Salomé Eiras Arquivista Viana do Castelo, Portugal 64K

É com muita frequência que se ouve nos media a expressão «ter morto». Penso haver aqui uma confusão com dois verbos, matar e morrer: «ter matado» e «ser ou estar morto». Ora, a expressão alude ao facto de ter sido morta uma pessoa, mas, neste caso, aplicando o verbo morrer, há que recorrer ao verbo ser, passando o sujeito a sujeito agente da passiva, certo? «Ter morto» está errado, sendo o correto «ter matado», não é assim?

Muito obrigada.

Sofia Vieira Professora Fafe, Portugal 3K

Na frase «Proust previne-nos para tratarmos a realidade das nossas memórias cuidadosamente», a oração «para tratarmos a realidade das nossas memórias cuidadosamente» é completiva, ou final? E qual a função sintática de «nos»?

Obrigada.