Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: nome próprio
Gonçalo Elias Eng. ele{#c|}trotécnico Loures, Portugal 6K

A propósito da vossa recente abertura sobre o português em Badajoz e Cáceres, surgiu-me a seguinte dúvida:

Deve o nome da província Extremadura ser aportuguesado para Estremadura, à semelhança do que é feito com Galicia e Andalucía? Ou deve ser mantido o original em castelhano?

Obrigado desde já pela atenção.

Tiago Gaio Dire{#c|}tor, engenheiro da energia e do ambiente Portalegre, Portugal 4K

Somos uma associação sem fins lucrativos cuja área de actuação corresponde ao distrito de Portalegre.

A nossa dúvida é se somos uma entidade do «Norte Alentejo» ou do «Norte Alentejano».

Obrigado desde já pela atenção dispensada.

Fernando Teodoro Terapeuta Funchal, Portugal 3K

Gostaria de saber como se deverá — se é que posso pensar assim — escrever o seguinte nome próprio: "Dorisa" ou "Doriza"?

Os meus agradecimentos.

Bruno Silva Empresário Setúbal, Portugal 7K

Qual a origem da palavra Oeiras?

Obrigado.

Francisco Lobo de Vasconcellos Arquite{#c|}to Lisboa, Portugal 6K

Qual a origem e o significado da palavra Morgável?

É uma herdade e uma ribeira no concelho de Sines, no litoral alentejano.

Henrique Cota Engenheiro Lisboa, Portugal 7K

Qual a origem e o significado do apelido Governo, e quem foi o primeiro a usá-lo?

Ricardo Sequeira Tradutor Lisboa, Portugal 5K

Gostaria de colocar a seguinte questão: dada a falta de uma uniformização da transcrição do alfabeto cirílico para o latino, não será a fonética que deve prevalecer? Dou um exemplo, o antropónimo "Gorbachov"/"Gorbachev", em russo escreve-se com uma letra, o "ë" que tem o valor fonético de "yó", e que como tal faz com que o referido nome seja sempre lido como "Gorbachov" e nunca como "Gorbachev". No entanto, fico admirado com a tendência para a uniformização deste nome em português por "Gorbachev". O espanhol, por exemplo, grafa-o por "Gorbachov".

Na minha opinião, a grafia "Gorbachev" é errada já que na língua original, o "ë" é uma letra autónoma e distingue-se do "e".

Agradeço antecipadamente o tempo e as eventuais respostas.

Paulo Aimoré Oliveira Barros Funcionário público federal Garanhuns, Brasil 8K

Lembro-me de que sempre vi escrita a denominação Média-Pérsia para designar a união dos medos e dos persas (o segundo grande império mundial), mas de uns tempos para cá tenho observado a estranha grafia Medo-Pérsia para referir-se ao mesmo império. Acho-a inusitada porque medo é adjetivo e Pérsia é substantivo. Julgo que o nome correto desse antiqüíssimo império deve trazer os dois substantivos: Média-Pérsia. Que dizeis?

Muito grato.

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil 3K

Erudito consultor Carlos Rocha,

Adro/átrio, ruga/rua são palavras que têm uso na língua portuguesa atual. Assim também como escala/escada, Bento/Benedito/bendito, -ário/-eiro, etc., etc., etc.

No caso de Cipriano/"Cibrião", ambas originárias do prenome latino Cyprianus, só se usa atualmente Cipriano como prenome de pessoas e também para designar São Cipriano de Cartago, famoso padre da Igreja do século III, sendo Cibrião uma forma arcaica desusada desse mesmo antenome latino, salvo no caso dessa aldeia mencionada, o qual é, sem dúvida alguma, um caso isolado, um arcaísmo que acabou sobrevivendo por sorte, talvez até por conservadorismo.

No caso de Josefo/José, formas provenientes do antenome latino Josephus, a primeira é totalmente desusada atualmente como prenome masculino, sendo José a forma corrente usada por todos. Josefo não sobreviveu nem para designar personagens bíblicas como José do Egito ou São José, pai adotivo de Jesus Cristo. Pode ser que eu esteja enganado, mas se trata de uma aportuguesamento mal feito. A não ser que se prove que, desde sempre em nosso idioma, foi, primeiramente, Flavius Josephus, ou algo parecido, e, depois, Flávio Josefo, aí. sim Josefo seria um arcaísmo que sobreviveu como Cibrião.

Muito obrigado.

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil 3K

O historiador judeu Yosef ben Matityahu, ao se tornar cidadão romano, adotou o nome latino de Titus Flavius Josephus, com o qual escreveu vários clássicos da historiografia universal.

Ao ser aportuguesado (em português moderno), o seu nome romano só poderia ficar Tito Flávio José. Deveria, portanto, ser deste modo que nós, os lusoparlantes, teríamos de nos referir a ele ou, abreviadamente, apenas como Flávio José.

De qualquer forma, por descargo de consciência, indago a vós, infalíveis consultores, se a forma Tito Flávio Josefo e sua abreviação, Flávio Josefo, a qual é mais usual, têm cabimento no português moderno falado por nós todos.

Lembro-vos que em português hodierno temos apenas Josefa como feminino de José, o qual é o correspondente do prenome latino de origem hebraica Josephus.

Muitíssimo obrigado.