Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: pronome
Hermenegildo Seca Coordenador editorial Luanda, Angola 5K

O Dicionário Houaiss (edição electrónica de 2009) inclui as conjunções e preposições no grupo dos clíticos.

Sendo assim, gostaria de saber os critérios a ter em conta para a classificação de um vocábulo como clítico.

Obrigado.

Victor Chagas Estudante Vitória de Santo Antão, Brasil 4K

Estava digitando um trabalho de geografia que meu professor pediu há umas semanas e, ao escrever, me deparei com a necessidade de colocar dois pronomes ligados a um verbo na frase «... e, em seguida, classifica-se-os em uma das eras geológicas...». Já que nunca tinha visto nenhum caso desses, gostaria de saber se eu cometi um erro e, caso não o tenha cometido, como se chama essa "ênclise dupla".

Obrigado.

Maria da Conceição Escriturária Lisboa, Portugal 12K

No uso do plural majestático, numa resposta datada de 2003 sobre este tema, responderam que «quaisquer adjectivos ou particípios referentes ao sujeito devem concordar com este de acordo com o seu género e número naturais e não segundo o número gramatical do sujeito».

A minha dúvida diz respeito aos grupos que de alguma forma estejam também relacionados com o sujeito: num determinado texto, por exemplo, se nos quisermos referir aos filhos ou pais ou outra qualquer filiação, deve-se escrever «os nossos filhos», «os nossos tios» etc., ou o pronome mantém-se no singular? E quem diz os pronomes diz qualquer outra noção ou coisa respeitante ao sujeito?

Obrigado e parabéns por este sítio maravilhoso.

Miguel Garcia Jornalista Lisboa, Portugal 11K

A minha dúvida reside na utilização da expressão «tal como era» no plural. Como está correcto:

«Palácios tal como eram antes do terramoto que destruiu Lisboa vão poder ser conhecidos numa reconstituição 3D inédita», ou «Palácios tais como eram antes do terramoto que destruiu Lisboa vão poder ser conhecidos numa reconstituição 3D inédita»?

Obrigado.

Silas Camilo Monteiro Cardozo Vendedor São José dos Campos, Brasil 6K

Caros amigos, minha dúvida é referente a um parágrafo de um livro que estou lendo. Eis o parágrafo:

«Na noite anterior ao desabamento, em Friuli, da represa Vajont, em 9 de outubro de 1963, provocando uma imensa catástrofe, ouviram-se estalos que provinham daquele lado, sem que ninguém fizesse caso.»

Quando li pela primeira vez o texto, entendi que 9 de outubro de 1963 era a data do desabamento da represa. Ao ler outra vez o mesmo texto, entendi que a data de 9 de outubro de 1963 era referente à "noite anterior ao desabamento". Nesse tipo de estrutura textual, qual a interpretação correta a se fazer? Que tipo de estrutura é essa?

Desde já agradecido, despeço-me com um fraterno abraço!

David Bento Estudante São Bernardo do Campo, Brasil 26K

Recentemente, deparei-me com um tópico envolvendo a escrita no nosso idioma que acabou por me gerar duas dúvidas próximas entre si, por isso tomo a liberdade de apresentá-las em conjunto ao Ciberdúvidas. Trata-se do uso do se junto a verbos no infinitivo e no gerúndio (excluindo da discussão verbos pronominais/reflexivos, que sem dúvida exigiriam o se).

Fui informado que em diversos casos envolvendo o infinitivo impessoal, já carregando ele impessoalidade e valor passivo, será dispensável o uso do se tanto como índice de indeterminação do sujeito quanto como pronome apassivador. Cito alguns exemplos: «Fazer o bem é importante» (e não «Fazer-se o bem»), «Osso duro de roer» (e não «duro de roer-se»), «Hora de chamar a polícia» (e não «de chamar-se a polícia»). Gostaria de perguntar se, em casos como esses, o uso do se é meramente dispensável ou, mais do que isso, é proibido. Se meu entendimento (leigo) não é falho, suponho que a presença do se simplesmente assinalaria a voz passiva ou o índice de indeterminação do sujeito (conforme o caso), daí a dúvida quanto a uma estrita proibição de seu uso em decorrência do infinitivo impessoal.

No entanto, o assunto trouxe-me outra dúvida, para mim mais difícil ainda de resolver. A linha de pensamento exposta acima, se correta, aplicar-se-ia ao gerúndio também? Dizendo de outro modo, o gerúndio pode tornar o índice de indeterminação do sujeito e o pronome apassivador se igualmente dispensáveis? Apresento alguns casos a seguir e sobre eles gostaria de perguntar se o se é necessário, facultativo ou, até mesmo, proibido.

1) «Levando-se em conta a crise, bom seria aumentar a poupança.»

2) «A obra desses poetas, considerando-se o pouco que viveram, é vastíssima.»

3) «Pensando-se em casos como o dele, não pode haver dúvidas quanto ao perigo de fumar.»

4) «Vivendo-se, daí vem a paciência.»

Muito obrigado.

Parabéns pelo site!

Adriana Silva Revisora Lisboa, Portugal 4K

Gostaria de vos pedir um esclarecimento a respeito da seguinte frase: «Ou este óleo se procura situar num momento anterior à ruína das muralhas, ou a ruína não é levada à letra, uma vez que estas estão, aqui, intactas.» O emprego do determinante demonstrativo estas está correcto? Ou, por estarmos a fazer referência ao substantivo muralhas, deveríamos escrever aquelas?

Obrigada pela vossa ajuda.

Joaquim Vitorino Técnico de estatística Lisboa, Portugal 12K

É correcta a afirmação: «Ela (a empregada de limpeza) vai-me lá a casa duas vezes por semana»? A expressão «vai-me» não me soa bem!

Agradeço o esclarecimento.

Maria Bolton Professora de Português Língua Estrangeira Luton, Inglaterra 22K

É correcto usar ambos com o verbo na 1.ª pessoa do plural, ou só se dever usar com a 3.ª pessoa do plural?

Ex.: «Ambos vamos ao teatro no sábado.»
«Ambos vão ao teatro no sábado.»

Obrigada.

Elisabete Santos Estudante Coimbra, Portugal 60K

Em textos escritos por mim (trabalhos e coisas similares), os professores corrigem-me quando escrevo «eles próprios» em vez de «eles mesmos» e vice-versa.

Mas qual a diferença, se a houver, e qual a regra para o seu uso?

(Aparte: creio até que o F. Pessoa dizia qualquer coisa sobre isto.)