Em primeiro lugar, importa contextualizar o uso do plural majestático. Não se usa em qualquer comunicação de índole informal, mas sim em comunicações com um elevado grau de formalidade. Por exemplo, apresentação de uma comunicação num congresso, ou defesa de uma dissertação ou de uma tese. Nestes contextos, dificilmente o orador irá falar de seus filhos, pais, tios, etc.
Mas pode falar da sua investigação, ou das suas pesquisas. Nesse caso, o sujeito, se opta pelo plural majestático, vai usar os pronomes correspondentes à primeira pessoa do plural, nosso, nossa. E usará esses pronomes no singular ou no plural consoante o elemento que pretenda referir seja singular ou plural. Assim, se quiser referir-se à sua pesquisa, enquanto palavra no singular, poderá dizer, por exemplo, «ao longo da nossa pesquisa…». Se, porém, quiser salientar o carácter diverso dessa pesquisa e preferir usar o plural, dirá «ao longo das nossas pesquisas…»
O que fica no singular é, normalmente, o predicativo do sujeito, que, em vez de concordar gramaticalmente com o sujeito «(Nós) fomos confrontados», vai concordar com a entidade emissora, incluindo as marcas de singular e do género a que pertença o orador: «fomos confrontado» ou «fomos confrontada».
Concluo agradecendo as suas palavras simpáticas.