Ultimamente, tenho visto em textos a construção «estou diretor», em vez de «sou diretor», buscando exprimir que o cargo de diretor é transitório: hoje, ele "está" diretor, mas amanhã já poderá não "estar" mais (pode ser despedido).
Esse uso também procura demonstrar humildade do sujeito, como se a posição pudesse ser ocupada por qualquer um, que assim "estará" nela. Essa substituição do verbo ser pelo verbo estar é válida e correta?
Nessa situação, o verbo estar deve ser seguido por uma preposição específica ou pelo advérbio como (na função de preposição acidental, por exemplo, «estou como diretor»)?
Outra informação: no Houaiss, na acepção 1.2, o verbo ser é explicado como «[...] pred. ter ou apresentar-se em determinada condição ou situação, permanente ou temporária». Há alguma bibliografia que eu possa consultar para verificar a questão da diferença de usos dos verbos ser e estar nesse contexto?
Na frase «Frequentemente, dedicamos uma aula à leitura de poesia», a forma verbal tem valor iterativo ou habitual? Porquê?
Obrigada.
«Percebi nessa frase que a dignidade não está naquilo que temos, mas na forma como fazemos aquilo que nos cabe.»
Quais os valores aspetuais configurados pelas formas verbais presentes na frase?
Eu creio que serão perfetivo («percebi») e genérico (para as restantes formas verbais).
Todavia, há quem considere imperfetivo e eu não entendo por que razão pode ser imperfetivo.
Obrigada.
Como podemos classificar a frase «Ofélia resolveu explicar o que sentia num bilhete, mas não sabia ao certo que palavras utilizar» quanto ao seu valor aspetual?
Podia dizer-me a diferença entre «estive a ler durante 2 horas» e «estava a ler durante 2 horas», do ponto de vista do significado?
Para mim, são frases idênticas, porque na combinação de «estar a» + infinitivo há um aspeto de continuidade e, embora estive não seja um verbo na forma do imperfeito («estive a» infinitivo), a frase tem um sentido de duração, pois o verbo não precisa de estar na forma do imperfeito para transmitir a continuidade da ação.
E, formulando a questão de outra forma:
1. Estava a ler quando a Maria chegou
2. Estive a ler quando a Maria chegou
Há alguma diferença entre as duas frases do ponto de vista do significado?
Venho pedir a vossa ajuda acerca de uma dúvida relacionada com o valor aspetual.
A frase «A leitura de romances é um hábito» apresenta um valor aspetual genérico ou habitual?
Muito obrigada pelo vosso esclarecimento.
Quando em português um particípio passado vem logo após um substantivo, o referido particípio é, de preferência, de qual classe gramatical?
Por exemplo, em «Heróis Unidos» [...] indica-se que "Unidos" é verbo? Ou é adjetivo?
Qual dos dois será a opção padrão? E por quais motivos isso?
Obrigado.
Num livro de português para estrangeiros, de uma editora portuguesa, encontrei a designação de «futuro imperfeito do indicativo» para a conjugação de verbos no futuro simples. Qual a origem do imperfeito nesta designação? Muito obrigada.
Qual a forma mais correta em português europeu: «sou grato» ou «estou grato»?
Obrigado!
Em «... descreveu o impacto que o grupo modernista português vem exercendo sobre a produção artística e literária da contemporaneidade, desde o seu advento, com a publicação da revista Orpheu», o complexo verbal «vem exercendo» traduz um valor aspetual imperfetivo ou iterativo?
Obrigada.
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