DÚVIDAS

Côa e coa
Acabei de descobrir no site do Portal da Língua Portuguesa que coa é forma do verbo coar, enquanto côa é substantivo.Ora, eu estive sempre convencido de que as palavras que terminavam em «oa» (acentuado) não precisavam de acento gráfico (boa, coroa, doa, gamboa, Lisboa, pessoa, voa, etc.). Nos «casos particulares» que os senhores apontam aqui, parece que o acento gráfico é usado para distinguir palavras com pronúncia diferente que, sem o dito acento gráfico, ficariam ambíguas.Se tanto coa (forma verbal) e côa (substantivo) são pronunciadas ['koɐ], poderiam os senhores explicar-me o porquê do acento gráfico?Obrigado.
Convenhamos
Terei dito «Convenhamos! A situação não é a pior!» ou «Convenhamos que a situação não é a pior!». Informaram-me de que a conjugação deste verbo será irregular e que se diz "convenhemos". É verdade que se diz "Convenhemos que..." e "Convenhamos!"? Não consegui esclarecer até agora esclarecer a dúvida. Tudo aponta para que em qualquer um dos casos, imperativo ou subjuntivo, se utilize "convenhamos" e que o verbo convir não é irregular. Muitíssimo obrigada.
A diferença entre «fiquei sabendo» e soube
Como tenho interês [sic] pela história da língua portuguesa, de quando em vez, venho ler artigos a este maravilhoso sítio. Deparei-me com um problema difícil de resolver, por causa do qual meu professor ficou frustrado. Qual é a diferença em nuance entre fiquei sabendo e soube. Esta pergunta pode-se reduzir à diferença entre ficar + gerúndio e o mesmo verbo simples. Será que o verbo ficar exprime não só transição de estado mas também uma açcão [sic}] duradoura? Gostaria de saber como as frases parecidas a seguir se distinguem uma da outra. «Esteve (está) desconsciente [sic]durante dois minutos.» «Fiqou [sic] (fica) desconsciente [sic] durante dois minutos» Incidentalmente, percebo que ficar se parece com o verbo espanhol quedarse no aspecto verbal e no seu uso, conforme o que disse uma amiga. Agradeceria muito se pudesse resolver este problema. Desejo de coração que este sítio continue a ser luz de esperança para todos. Muito obrigado.
«Ser omisso» e «ser omitido» (particípios duplos) + anáfora
Li esta frase: «Uma prova de que é opcional é o facto de poder ser omitido sem que a frase deixe de ser gramatical:» num artigo em Ciberdúvidas intitulado «Sem sela» é complemento circunstancial – I, da autoria da senhora Ana Carina Prokopyshyn. A minha dúvida prende-se com «ser omitido» sobretudo depois de o meu Word me aconselhar a «ser omisso». Numa consulta ao sítio de Mark Davies encontrei apenas três frases com “ser omitido”, ao passo que no Google encontrei um infindável número de casos. Pergunto, pois, qual das duas está correcta? Tendo em conta as regras dos particípios, dir-se-ia que seria «ser omisso», porém, são mais as vezes que vejo «ser omitido» que o contrário. A não ser que algo me esteja a escapar… Gostava igualmente de deixar aqui esta frase que me parece ambígua: «Pelo meio, a voz de I Will always Love You, teve problemas com a filha, Bobbi Kristina, de 15 anos, que alegadamente a terá tentado matar», in revista Maria. Quem tentou matar quem, a filha a mãe, ou esta a filha? Agradecida.
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