«Ele é o viajante que se orienta pelas estrelas.»
Nessa frase há a voz passiva sintética?
A expressão «pelas estrelas» é o agente da passiva em uma voz passiva sintética?
Na passiva sintética é correto usar o sujeito paciente antes do verbo como na frase acima (o viajante que se orienta) e nestas frases?
«Apartamentos se alugam.»
«Um erro se cometeu.»
«Casas se vendem.»
«Uma recompensa se ofereceu.»
A dúvida coloca-se em relação à frase:
«Os conteúdos são os que saíram no último teste.»
O meu entendimento é o seguinte:
«Os conteúdos são os que saíram no último teste» = «os conteúdos são os [conteúdos] que saíram no último teste» = «os conteúdos são aqueles que saíram no...»
Predicativo do Sujeito – os [conteúdos/aqueles] que saíram no último teste – or. subordinada adj. relativa restritiva
Função sintática do pronome relativo – sujeito («os conteúdos saíram no último teste»)
Função sintática da oração subordinada: modificador do nome restritivo (= «os conteúdos 'saídos' no último teste»; «os conteúdos já avaliados»).
Na gramática de Lindley Cintra e Celso Cunha, lê-se:
«As orações subordinadas adjetivas vêm normalmente introduzidas por um PRONOME RELATIVO, e exercem a função de ADJUNTO NOMINAL, de um substantivo ou pronome antecedente» (os destaques são dos autores).
O exemplo dado para a situação em que o pronome é o antecedente é:
«O/que tu vês/é belo;/mais belo o/que suspeitas;/ e o/que ignoras/muito mais belo ainda» (Raul Brandão).
Vejo este exemplo como equivalente apresentado em cima. Bem sei que esta gramática está desatualizada e eu não tenho trabalhado com a nova terminologia gramatical (Dicionário Terminológico – DT), mas as atualizações não ocorreram na classificação básica da subordinação (adverbiais/adjetivas/substantivas), pois não?
A verdade é que o DT apresenta o «o que» como introdutor da oração subordinada substantiva relativa, embora sem dar exemplos. Poderá ser uma gralha?
Como ensino, sobretudo, Latim, sempre que tenho dúvidas, recorro à gramática latina. Este tipo de construção (pronome antecedente da oração relativa) é muito comum em latim:
Is qui aliēnum appĕtit suum amittit (Fedro): «aquele que cobiça o alheio perde o seu» (Is – pronome demonstrativo, no nominativo singular masculino; qui – pronome relativo, no nominativo singular masculino) (...)
atque ea quae animos effeminant important (César): «(...) e importam aquelas coisas que efeminam os espíritos» (ea – pron. demonstrativo, no acusativo plural neutro; quae – pronome relativo no nominativo plural neutro).
Do mesmo modo, tenho dificuldades em compreender a classificação de oração subordinada substantiva relativa em exemplos como «Não sei [O QUE DISSESTE]», lido num outro esclarecimento vosso, pois vejo o o como antecedente do que, podendo ser substituído por aquilo, e assumindo a oração subordinada um valor atributivo («Não sei aquilo que foi dito por ti/Não sei o dito por ti»).
Escrevendo esta oração subordinada em latim, não teria alternativa a não ser a subordinada relativa com o pronome no neutro: Nescio QUOD dixisti.
Agradeço os esclarecimentos que me possam dar, pois eu e diversos colegas não conseguimos chegar a um entendimento.
Em cada uma das frases seguintes devo colocar uma vírgula ? Onde?
1) «Não lhe desculpou a indelicadeza esta senhora vaidosa e castigadora.»
2) «Veio ao fim do dia o valente cavaleiro.»
Na frase «Ele portou-se corretamente», o advérbio tem a função sintática de complemento oblíquo?
Obrigada!
«Desancar» ou «desancar em»? Pergunto isto porque acabo de ler «Eu desanquei Portugal e os portugueses», quando na verdade me pareceria que se deveria ler «Eu desanquei em Portugal e nos portugueses».
Obrigado e bom ano!
No meu trabalho escrevo bastante, e tenho vindo a deparar-me com um dilema, cuja resolução não me agrada.
Aprendi que o sujeito é de indicação obrigatória em qualquer frase, mas, francamente, esse cuidado não só me parece desnecessário como, no mesmo parágrafo, pode dificultar o ritmo da leitura e da motivação em ler. Poderiam esclarecer?
Obrigada.
Nas frases
«A Joana mora com a Maria.»
«Ambas moram em Leiria.»
«O António vai morar para Lisboa.»
As expressões «com a Maria», «em Leiria» e «para Lisboa» desempenham todas a função sintática de complemento oblíquo?
Surgiu-me esta "dúvida tola" quando tentava aplicar várias preposições a este verbo intransitivo e, como não encontrei nenhuma gramática onde constem todas as preposições que podem ser usadas com alguns destes verbos (como no caso de «ir a, com, contra, de, para, por») senti necessidade de recorrer aos vossos prestimosos serviços.
Grata.
«É um livro interessante porque nos dá ânimo de ler.»
Na frase apresentada, perguntava-vos se a preposição destacada é aceitável.
Obrigado.
Em «Mandou-me ficar onde estava», qual a função sintática dos diferentes constituintes da frase?
Se «ficar onde estava» é complemento direto de «mandou», então «onde estava» é predicativo do sujeito?
A construção gramatical «ante a» ou, de forma sincopada, "ant'a", é muito usada por moradores do interior do meu estado, Pernambuco, em frases como: «vá ant'a sua mãe», «fui ant'a meu pai, ele está muito doente», etc.
Todavia eu nunca ouvi tal construção em referência a objetos, só a pessoas. Quero saber se a línguística histórica da nossa amada flor do Lácio algum dia abonou tal construção.
Grato!
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