Sobre os aumentativos terminados em -são e -zão
Nas matérias de ortografia onde se estuda as derivações do uso das letras s e z, encontramos que os sufixos -zinho ou -zito deverão ser usados (quando usados) para se formarem diminutivos derivados de palavras que não contenham a letra s no final, e -s(z)inho ou -s(z)ito para palavras que contenham a letra s no final. Gostaria de saber, já que não encontrei literatura que fale sobre tal detalhe, se a mesma regra se aplica aos aumentativos -zão e -s(z)ão.
Aproveito para dizer que este sítio é muito interessante e instrutivo para quem estuda e quer saber mais sobre a nossa língua. Parabéns!
As grafias marca de água/marca-d´água
Gostaria que me ajudassem a perceber como se deve grafar a palavra (ou palavras) "marca de água" (como sinónimo de filigrana). Será "marca de água", "marca-de-água", ou "marca-d´água"? Alguns dicionários registam-na sem hífen, mas eu pergunto-me se esta não será uma palavra composta (substantivo + preposição + substantivo). Obrigada.
A grafia de amêijoa
Tenho visto ultimamente escrito amêijoa e não ameijoa. Se assim for, deixa ei de ser um ditongo, e passar-se-á a acentuar o ê?
Delação, dilação, deleção e deletar
Gostaria que me explicassem por que razão a palavra delação não tem consoante dupla (como acção, redacção), uma vez que a vogal anterior é aberta.
Agradeço-vos antecipadamente o esclarecimento.
O c mudo
Qual a regra da utilização do c mudo? Ex.: acção.
A tradução de "servuction"
Pergunto se concordam com o termo "servução", que corresponde à tradução de servuction e traduz o acto de servir (um serviço), em comparação com o acto de produzir (um produto) — produção.
Caso não concordem, como poderei traduzir?
Muito obrigado.
Copidesque, aportuguesamento de "copy-desk"
Li no Ciberdúvidas o seguinte excerto:
«Que o digam os revisores de livros e os copy-desques dos jornais.»
Aqui no Brasil se escreveria copidesques, por já ter sido adaptada graficamente há muito tempo. O mesmo não ocorre em Portugal, trata-se de uma daquelas adaptações pela metade como stresse, ou de um uso próprio/erro da autora do texto?
Obrigado por matarem a minha curiosidade.
Metilenotetraidrofolato e metilenotetra-hidrofolato
Estou às voltas com uma questão recorrente, inserida no contexto do ambiente técnico (áreas médicas, de engenharia, química, biologia...), qual seja o do uso de termos originados em outros idiomas (particularmente o inglês) em nossos textos em português. O que vemos amiúde é a sua tradução literal (na melhor das hipóteses), sem obedecer a um padrão comum, o que acredito ser devido ao fato de o "tradutor" ser alguém de formação técnica e não um especialista no nosso idioma.
Neste contexto – e considerando que tampouco me considero especialista na língua portuguesa – gostaria de perguntar se conhecem referência para regra de tradução de termos em bioquímica. O termo específico para o qual procuro a melhor grafia em português é: methylenetetrahydrofolate reductase, e a tradução que estou adotando é redutase de metilenotetraidrofolato. Todavia, fui questionado acerca da possível existência de hífen no segundo termo, requerendo, portanto, a permanência do h: metilenotetra-hidrofolato ou metileno-tetra-hidro-folato.
Agradeço, desde já, vossa atenção e aproveito para parabenizá-los pelo belo trabalho.
A forma de grafar os nomes chineses
Uma questão que de vez em quando me tem assaltado (ufa!, antes assaltos destes...) é a da forma de grafarmos os nomes chineses, por exemplo, Feng, Chung, Shiang, Ming, Hong, Wa e outros. Ora, como pouco ou nada sei de chinês, fico com a impressão de que a "ocidentalização" dos nomes se processa de tal modo, que seja adequada à leitura por anglófonos, mas não por nós. Outro indício disso mesmo é o uso dos grupos sh e ch e da letra w, que soam, respectivamente, como "ch", "tch", se é que assim se pode indicar em português, e "u".
Quanto ao g final, em português escrever-se-ia Fengue, Chungue, Shiangue, Mingue, etc., mas isso ainda evidenciaria mais um g que não existe, mas que entretanto resulta bem para os anglófonos, pois para estes esses gg impõem uma nasalação final. Por exemplo, nas palavras inglesas doing ou spring, o g final é praticamente imperceptível. No alemão e no neerlandês, o g final também tem habitualmente um efeito análogo.
E mais: que me pareça, não existe o som "g" no fim das palavras chinesas: ao ouvir chineses a falar, não detecto esses sons baseados em g.
Não deveríamos então nós escrever Fem, Chum, Mim, Chiã ou Chiam, Tchum (com o grupo tch?), Uá e assim por diante? Ou devemos continuar a escrever «para inglês ver»?
Ora eis uma dúvida.
Muito obrigado antecipadamente pela atenção.
Sacroileíte
Deve dizer-se "sacroileíte", ou "sacroilíte", para inflamação da articulação sacroilíaca?
