Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Derivação
Anabela Salgado Desempregada Lisboa, Portugal 5K

Tenho uma dúvida: a palavra despersonalização é derivada por parassíntese, ou por prefixação e sufixação? Posso dizer personalização, mas não posso dizer “despersona”. Será que me podem esclarecer?

Carla Rios Funcionária pública Lisboa, Portugal 5K

Como se chamam os naturais de Agualva?

Miguel Lourenço Investigador Lisboa, Portugal 7K

Gostaria de saber se arquipélago tem forma adjectival do mesmo modo que a de ilha é insular.

Luís de Avelar Estudante Lisboa, Portugal 82K

Gostaria de saber as palavras compostas e derivadas das originais: porta, livro, fio e caracol.

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Brasil 3K

Qual seria o gentílico de Osroena, ou Osroene, antigo reino e antiga província do Império Romano? Caso exista, poderíeis dizer-me se funciona como adjetivo e substantivo?

Dizei, por favor, qual a forma melhor para o topônimo, pois, como podeis ver, há duas.

Obrigado.

Carlos Dinis Professor Oliveira do Hospital, Portugal 4K

Gostaria de saber como se designa um estudioso da hebelogia.

Parabéns pelo excelente trabalho que têm vindo a desenvolver em prol da língua portuguesa.

Ana Maria Professora Ipatinga, Brasil 21K

As palavras fusível, couve-flor e telefone são substantivos derivados?

Francisco Damas Técnico químico Lisboa, Portugal 3K

Estamos a escrever um procedimento de trabalho. Neste indicamos que, se acontecer a «situação X», procedemos à "interdição" de um certo equipamento. Após resolução da «situação X», deveremos proceder à "desinterdição" do equipamento. É no termo que significa o oposto de interdição que nos surgem dúvidas, porque não é uma palavra habitualmente ouvida/escrita/lida...

A palavra "desinterdição" como oposto de interdição existe? Pela lógica parece-me que sim, à semelhança de outras (ligar/desligar, coser/descoser, montar/desmontar, etc.).

Para já e para resolver provisoriamente esta questão (e arranjar um consenso na equipa) resolvermos substituir "desinterdição" por reactivação, embora ninguém tivesse ficado particularmente feliz com esta substituição porque não exprime bem o que pretendíamos.

Agradeço o vosso esclarecimento.

Carolina Macedo Estudante Braga, Portugal 23K

[...] [T]enho um outro comentário a fazer [sobre a forma engripar]: [...] à forma "gripar" (com remissão no Houaiss a "grimpar") corresponde o étimo francês "gripper" (na acepção de mecânica), no entanto, o mesmo, bem como outros dicionários — o Priberam, por exemplo — apresentam o verbo gripar como produto de uma formação portuguesa (mesmo se a palavra primitiva tenha entrado na língua portuguesa através de um empréstimo ao francês grippe, atestado em português desde 1881), sendo constituído por gripe+ar, um derivado sufixal, portanto é homónimo do primeiro (por isso mesmo têm direito a entradas diferentes). A forma gripar na acepção de «provocar ou ficar com gripe» é atestada pelo menos desde 1942 e o seu particípio, grippado (sic), desde 1928, como nos informa o Houaiss.

Quanto a engripar, foi-lhe acrescentado o prefixo en- à forma já existente gripar (de gripe+ar e não de gripper), sendo por isso decomposto em: en-+ a base gripe +sufixo -ar, tendo, então todas as características para ser um derivado parassintético, embora me custe a compreender, pelas razões já anteriormente expostas e que conto com a vossa magistral ajuda para a sua resolução.

Ainda a propósito deste tema, teria uma outra pergunta (de resposta bem mais fácil, segundo creio).

Na vossa primeira explicação à minha questão, que remetia então a engripado, foi-me dito que este era "apenas" o particípio passado de engripar, e que engripar, esse sim, teria sido formado parassinteticamente. Mas, seguindo essa lógica de raciocínio, deveríamos responder também que engripar é o infinitivo impessoal. Ambos têm a marca da desinência do tempo verbal a que pertencem: engripado- ado, do lat.-atu, engripar - ar, do lat -are, forma do infinitivo dos verbos da primeira conjugação.

Por último gostava de vos pedir um conselho para uma obra de referência acerca das regências verbais e nominais que não fosse uma gramática.

Um grande bem-haja a toda a vossa equipa por todo o excelente trabalho que tem vindo a realizar.

Alexandre Camões Barbosa Médico Lisboa, Portugal 15K

No hospital em que trabalho é comum escrever-se «fasceíte» para designar a inflamação de uma fáscia. Mas não deveria a palavra formada ser originada da junção do étimo "fasci" com o sufixo "ite": ou seja, "fasciíte"?

Grato pela atenção que sempre dispensaram às minhas dúvidas!