Estou a consultar documentos emitidos no ano de 1931. Em grande parte deles e, sempre escrito pela mesma pessoa, aparece a palavra "ortugou" o contrato (por exemplo). Gostaria que me informassem, se possível, se este é um erro ortográfico, ou se, à data, esta era a forma correcta de escrever.
Obrigada.
A palavra lancil está correcta quando nos queremos referir a rebordo de pedra num passeio?
Gostaria de saber se espessura já se escreveu "expessura".
Muito obrigada.
Alguns atos regulamentares (e até mesmo leis) no Brasil contêm, entre a epígrafe e o primeiro artigo, os fundamentos que levaram à sua edição. Tais fundamentos são constituídos por parágrafos e cada um deles se inicia pelo gerúndio do verbo considerar. Alguns autores denominam essa fundamentação de “consideranda”, porém, não encontrei em dicionários este termo. Minhas dúvidas a respeito são:
a) a expressão está correta?
b) se estiver, ela se refere a cada um dos parágrafos, ou ao conjunto?
c) alguns autores a utilizam como substantivo masculino plural. Está correto? (exemplo: no documento , a Seção 1 da Emenda).
Parabéns e muito obrigado por esse trabalho que há tempos vem sendo realizado em prol de nossa língua e do qual sempre me valho.
Para fazer prova em Juízo, peço a definição em separado das palavras afirmar e indagar.
Apesar de parecer sugestivo, e adequado a esta erva que tanto mal faz, de onde vem este nome "alfavaca da cobra"?
Como se designa um conjunto de migalhas, ou migalhas já é um conjunto de...? Já li a associação entre migalheiro e mealheiro. Mas a minha dúvida deriva da palavra migalheiro. Já verifiquei que alguns dicionários remetem para o significado de «avarento» e «sovina». Haverá alguma relação entre migalheiro e migalhas... A palavra migalheiro deriva de que palavra primitiva?
Por que razão Ansiães (toponímico: Carrazeda de Ansiães) e outros se escreve com um s, e anciães («velhos») se escreve com c?
Obrigado.
No Brasil, até há poucos anos, ouviam-se de pessoas, normalmente incultas e de origem rural, orações como estas: «Comprei as ferramentas por mode que preciso delas para o trabalho», «Você vai à feira por mode quê?», «Estou ajuntando dinheiro pro mode comprar uma mesa», «Pru mode de que a senhora quer falar com a minha filha»; «Aprumode que as moças estão fazendo um bolo.»
Como podeis observar, nelas aparecem as locuções «por mode», «pro mode», «pru mode», «aprumode». Sempre que as ouvia, já desde a minha infância, elas chamavam-me a atenção e deixavam-me encabulado, pois mal entendia o seu significado. Tempos depois, quando eu já era adulto, nunca pude descobrir a real origem das mesmas.
Tudo o que sei de fato a seu respeito é o seguinte: a) Que eram consideradas do dialeto caipira do Brasil falado por pessoas, em geral de pouca instrução, do campo ou de cidades do interior do país. b) O seu uso se dava em todo o território brasileiro. c) É possível que estas expressões ainda não tenham morrido de todo no Brasil hodierno. d) O significado delas, ao que parece, são por causa, por que razão (ou motivo), por que, para.
Quanto à origem dessas expressões, não encontrei nada de certo, porém, há pouco, descobri, pelo Diccionario da Real Academia Galega em linha, que em galego existe a locução «por mor de», a qual, segundo o mesmo, «Indica a causa, o motivo de que algo suceda». Pelas similitudes fonéticas e semânticas entre a locução galega e a primeira das expressões acima mencionadas («por mode»), comecei a imaginar que esta poderia ser uma derivação deturpada daquela, a qual teria passado ao português do Brasil através dos dialetos do Norte de Portugal. Então, «por mor de» teria virado, possivelmente aqui no Brasil mesmo, «por mode», sendo esta, por sua vez, também distorcida para «pro mode», «pru mode», «aprumode».
Em plena dúvida quanto ao assunto acima ventilado, recorro à luz refulgente deste sol de primeira grandeza chamado Ciberdúvidas.
Muito obrigado.
Gostaria de saber o que significa a palavra pupia, que também aparece escrita como popia.
Trata-se da designação de um doce da região do Alentejo.
Muito obrigada.
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