No Dicionário Terminológico [destinado a apoiar o ensino da gramático no ensino português] não há qualquer referência à forma da frase. Significa que não devemos, agora, transmitir essas noções aos alunos [em Portugal]?
Deparei-me com a seguinte frase que me suscitou uma pequena dúvida:
«Uma vez na intimidade do seu quarto, atirou-se para cima da sua cama.»
Qual o significado aqui de «uma vez»? Não me parece que tenha o sentido de «um dia», pois penso que logo a seguir estaria uma vírgula, certo?
Já agora, diz-se «parece-me que tenha a ver com...», ou «parece-me que tem a ver com...»?
Muito obrigado!
Depois de pesquisar sobre a utilização dos verbos haver e existir quando têm o mesmo sentido, concluí que o verbo existir é pessoal e deve concordar com o seu sujeito:
«Existem dois quartos e uma sala de estar nos apartamentos.»
O verbo haver fica no singular porque não tem sujeito, mas os seus sinónimos têm sujeito e devem concordar:
«Há dois quartos e uma sala de estar nos apartamentos.»
E se se tratar de uma enumeração? Tenho obrigatoriamente de conjugar o verbo?
«Existem sauna, hidromassagem e banhos turcos à disposição», ou «Existe sauna, hidromassagem e banhos turcos à disposição»?
Muito obrigada pela vossa atenção!
Quando estamos a mudar de casa, dizemos «Estou em mudanças», ou dizemos «Estou de mudanças»?
Gostaria de esclarecer de uma vez por todas uma dúvida que tenho na letra de uma canção que escrevi, os versos são os seguintes:
«Quero lhe dizer que isso é apenas um momento
E nada nem o tempo, me (fará ou farão) desistir tão fácil de você
Sou persistente e por sinal
Nessa história boto vírgula e não ponto final...»
Devo utilizar fará, ou farão?
Devo concordar no singular ou no plural?
Muito obrigado.
Desde já agradeço a existência do vosso site! É uma grande ajuda quando me surge uma dúvida!
A dúvida que me surgiu agora é relativamente ao verbo assistir e o uso da preposição; qual é a forma mais correta nesta frase? «Trata-se de um direito que assiste o presidente», ou «... assiste ao presidente»?
Li a vossa explicação sobre a regência deste verbo mas continuei com a dúvida em relação a esta frase.
Obrigada.
Que outras preposições (ou locuções prepositivas) podem ser utilizadas na regência do verbo insinuar, quando conjugado na forma reflexiva, para além de em ou «junto de»?
Desejava saber se sempre o relativo que precedido de preposição não leva artigo ou há casos em que sim o leva e como posso explicar esse uso.
Tinha ouvido categorizar no sentido de que o pronome relativo que não se empregava com artigo se precedido de preposição.
Ontem mesmo lia em Boa Tarde às Coisas Aqui em Baixo, do Lobo Antunes: «A pedir-lhe que não Marina, repare no que escrevo e o director a segurar-me o braço.»
«Pensei no criado do vizinho, no que ajudava no mercado.»
Obrigada.
Na frase «O Senhor Sol conversava com o vento», que função desempenha o segmento «com o vento»? E sabendo que o verbo conversar implica bilateralidade, podemos considerar o sujeito da frase «o Senhor Sol», porque pratica uma acção, ou também podemos incluir "o vento", uma vez que o Sol não conversa sozinho?
Recentemente, deparei-me com um tópico envolvendo a escrita no nosso idioma que acabou por me gerar duas dúvidas próximas entre si, por isso tomo a liberdade de apresentá-las em conjunto ao Ciberdúvidas. Trata-se do uso do se junto a verbos no infinitivo e no gerúndio (excluindo da discussão verbos pronominais/reflexivos, que sem dúvida exigiriam o se).
Fui informado que em diversos casos envolvendo o infinitivo impessoal, já carregando ele impessoalidade e valor passivo, será dispensável o uso do se tanto como índice de indeterminação do sujeito quanto como pronome apassivador. Cito alguns exemplos: «Fazer o bem é importante» (e não «Fazer-se o bem»), «Osso duro de roer» (e não «duro de roer-se»), «Hora de chamar a polícia» (e não «de chamar-se a polícia»). Gostaria de perguntar se, em casos como esses, o uso do se é meramente dispensável ou, mais do que isso, é proibido. Se meu entendimento (leigo) não é falho, suponho que a presença do se simplesmente assinalaria a voz passiva ou o índice de indeterminação do sujeito (conforme o caso), daí a dúvida quanto a uma estrita proibição de seu uso em decorrência do infinitivo impessoal.
No entanto, o assunto trouxe-me outra dúvida, para mim mais difícil ainda de resolver. A linha de pensamento exposta acima, se correta, aplicar-se-ia ao gerúndio também? Dizendo de outro modo, o gerúndio pode tornar o índice de indeterminação do sujeito e o pronome apassivador se igualmente dispensáveis? Apresento alguns casos a seguir e sobre eles gostaria de perguntar se o se é necessário, facultativo ou, até mesmo, proibido.
1) «Levando-se em conta a crise, bom seria aumentar a poupança.»
2) «A obra desses poetas, considerando-se o pouco que viveram, é vastíssima.»
3) «Pensando-se em casos como o dele, não pode haver dúvidas quanto ao perigo de fumar.»
4) «Vivendo-se, daí vem a paciência.»
Muito obrigado.
Parabéns pelo site!
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