A seguinte expressão, «Atenção! Não! Sim! Claro!», quantas frases e orações tem?
O Dicionário Terminológico apresenta entre as diversas classes morfológicas os «Advérbios de frase» e os «Advérbios conectivos», mas dá poucos exemplos para cada uma. Se eu percebi bem, correspondem, respectivamente, a aquilo que gramáticas da língua inglesa chamam de «Disjuncts» e «Conjuncts». Essas gramáticas listam categorias semânticas para cada uma delas ("fact-evaluating", "modal", "subject-evaluating", "addition", "contrast", "adversity", "example", etc.), mas até hoje não encontrei algo similar para o português. Onde é que posso encontrar uma lista completa (na net ou em livros) de advérbios de frase e de advérbios conectivos?
Desde já, obrigado!
Em diversas edições de Dom Casmurro, de Machado de Assis, no capítulo III, "A denúncia", encontro o seguinte trecho: «Bentinho mal tem quinze anos. Capitu fez quatorze à semana passada [...].» Caso o original de Machado de Assis confirme a existência da crase, embora não usual, a mim soa como uma forma de precisar um evento no tempo e, portanto, correcto.
Gostaria que saber da vossa opinião, que, antecipadamente, agradeço.
Eu quero saber sobre a regência do verbo privar, pois eu li uma questão que tem como resposta que o verbo privar é transitivo direto, e eu não entendo. Pois quem priva, priva de alguma coisa, portanto, deveria ser transitivo indireto.
Está correto o uso «terminar por»? Não seria correto «terminar em ou com»? Exemplo: «O prefixo termina por vogal.»
Peço desculpa pelo exemplo que vou dar (retirado de uma quadra escatológica tradicional que se podia antigamente encontrar rabiscada nas paredes de qualquer quarto de banho de café da cidade do Porto), mas, de momento, não me ocorre nenhum exemplo retirado de escritas literárias mais elevadas. Reza assim a tal quadra:
«A cagar puxei um cigarro,
A cagar o acendi,
A cagar o fumei todo,
A fumar caguei para ti.»
Agora, a minha dúvida: como se chama a figura de estilo presente nos últimos dois versos da quadra, com a inversão dos verbos cagar e fumar: «a cagar fumei», «a fumar caguei»?
Muito obrigado e, mais uma vez, o meu pedido de desculpas pelo exemplo escatológico que dou. Se bem me lembro, este era um recurso estilístico comum no Padre António Vieira, mas não dispunha à mão de nenhuma colectânea das suas obras.
Em relação ao sentido da frase:
«Eu, que tinha ódio ao menino, afastei-me...»
Poderia utilizar do no lugar de ao? Justifique com exemplos de alterações sintáticas entre estas duas utilizações.
Obrigado.
O jornalismo brasileiro baniu completamente a mesóclise e rarissimamente a vejo empregada em revistas ou noutras publicações. Credes, então, que o futuro da mesóclise aqui no Brasil é o inteiro esquecimento? Como explicais a aversão que aqui existe em relação a ela?
Muito grato!
Sobre a frase «Brinca e serás criança», trata-se de uma frase do tipo declarativo, ou imperativo? Penso que se trate de uma frase declarativa, uma vez que a segunda oração expressa algo sobre a realidade, logo, toda a frase expressa algo sobre a realidade, o que é a definição de frase declarativa. A frase dada é até equivalente a: «Se brincares, serás criança.»
No meu departamento, para que uma disciplina seja oferecida, ela deve passar por certos trâmites burocráticos. É comum ouvir de colegas coisas como «essa disciplina ainda não foi tramitada» ou «essas disciplinas já foram tramitadas». É correto isso? Me parece que não, uma vez que o verbo tramitar é intransitivo. Mas gostaria de ter certeza disso.
Obrigado.
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