Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
Teresa Cunha Engenheira agrónoma Cascais , Portugal 2K

A maionese pode deslassar ou deslaçar, ou ambas? Fica frouxa, logo deslassa, ou perde a consistência que já tinha e, portanto, deslaça?

Obrigada. Obrigada também pelo vosso excelente trabalho.

Fernando Pestana Professor Porto , Portugal 3K

Na frase «A linguagem é o recurso último e indispensável do homem», se o adjetivo destacado for deslocado para antes do substantivo recurso («último» recurso), haverá alteração de sentido frasal?

Há diferença semântica entre «último recurso» e «recurso último»? Se sim, qual?

Muito obrigado!

Diogo Morais Barbosa Estudante Lisboa, Portugal 45K

Há alguma diferença entre «convidar para» e «convidar a»? Se sim, quando devemos usar esta expressão e quando devemos usar aquela? Estou particularmente interessado neste caso: «Convidou-me a escrever um livro» ou «Convidou-me para escrever um livro»?

Muito obrigado.

António Vargues Contreiras Trabalhador em funções públicas Faro, Portugal 3K

Nunca podendo deixar de apontar a excelência do vosso trabalho, solicito a vossa pronúncia sobre os termos helénico e heládico. São sinónimos? Se não são, a que se refere heládico? Se são, quando aplicar um e outro?

Com os melhores cumprimentos.

Ambre Rossi Tradutora Carcavelos, Portugal 2K

Num texto que evoca a história de um edifício destinado ao culto (uma igreja), encontrei os termos consagração/consagrar e profanação/profanar.

Exemplos:

A cerimónia religiosa de profanação Igrejas e locais consagrados são profanados antes de serem abandonados.

A profanação é realizada numa cerimónia religiosa .

Em virtude da autoridade que me foi conferida, profano este lugar.

Se o termo consagração me remete para um ato pelo qual uma coisa deixa de ser profana para ser destinada ao serviço divino (cf. Infopédia), já o termo profanação parece-me ter uma conotação pejorativa e ser sinónimo de desrespeito ou violação daquilo que é santo, de sacrilégio, de mau uso de uma coisa digna de apreço...

Estarei equivocada ao preferir desconsagração (antónimo de consagração) a profanação?

Agradecia a vossa prestimosa ajuda para o uso do termo que melhor corresponde ao conceito.

Josias Alpim Santos Guarda Portuário Lauro de Freitas, Brasil 5K

Felicito-vos pelo retorno às atividades.

Nessa mesma alegria, gostaria de saber qual o valor da seguinte expressão «após o que», em casos como «fulano entregou o carro ao dono, após o que, seguiu seu caminho».

Nesse caso, além do valor da expressão em si, qual seria o valor do pronome que, aí?

Antonio Serdoura Reformado, ex-professor Porto, Portugal 2K

Um "conceito" de algo (seja o que for) é, por definição, singular... Assim, sendo religião um conceito antropológico, admitir o plural "religiões" será erróneo...

José Luiz Ferreira Reformado Lisboa, Portugal 1K

Em qualquer provérbio o que interessa verdadeiramente (creio) é o seu alcance, o seu sentido conotativo.

Por vezes, estou também em crer, o seu enunciado, que, duma forma geral ou frequente, tende a ter ritmo e rima, pouco terá a ver com a alegoria para que aponta. E aí é que bate o ponto. Dois exemplos de tais provérbios:

1. «Se não fora o Pindo e a Panadeira, todas as velhas iam à Ribeira»

2. «Acudam Cela, Parada e Outeiro, que arde o centro da religião do mundo inteiro.»

Neste último, e na sua vertente denotativa, parece clara a advertência: acuda o mundo todo, mesmo os lugares mais pequenos (na imagem: as três mencionadas freguesias do concelho de Montalegre), porque Roma está em chamas. Já o sentido conotativo da sentença penso que poderá ser o seguinte: perante uma calamidade, uma catástrofe, a congregação de todos os esforços para ajudar a vencê-la não são demais. Ora o enunciado deste, se bem que, à primeira vista, não seja de fácil atinência, sempre se chega lá.

Gostava, no entanto, que me confirmassem ou infirmassem o meu raciocínio.

Já quanto ao primeiro: Pindo, quanto julgo saber, será o mesmo que Pindelo, nome de vários lugares ou freguesias do nosso país. Panadeira, acho que é uma espécie de tamboril. Dando isto como certo, não alcanço a alegoria.

Naquele primeiro ditado é que não vislumbro a conotação que se pretende com os termos do texto. Sei que em muitas sentenças populares, repito, a letra pouco (ou nada) tem a ver com a "careta" (passe o plebeísmo).

Sobretudo para o primeiro ditado peço a vossa esclarecida opinião e ajuda.

Grato.

José Saraiva Leão Estudante Foz do Iguaçu, Brasil 3K

Como se diz?

«Um pacote de biscoitos, de salsichas» ou «um pacote de biscoito, de salsicha»?

Na verdade, gostava de saber que regra é que determinava o plural nestes casos: «um pacote de bolachas», «um pacote de biscoitos»?

O plural dever-se-á ao facto de a preposição de equivaler à preposição com?

Muito obrigado!

Diogo Morais Barbosa Revisor Lisboa, Portugal 8K

Acabo de ler «Se algum doente a tocasse, ficaria curado.» Tudo me leva a crer que deveria ser «lhe tocasse» (tocar em). Estou a ver mal? É mesmo admissível «a tocasse»?

Obrigado.