O dicionário diz que bobo(a) e idiota significam a mesma coisa.
Porém, se alguém chama o próprio par romântico de bobo(a), é elogio, enquanto que se alguém chama o próprio par romântico de idiota, é ofensa!
Qual a razão disso no caso?
Muitíssimo obrigado e um grande abraço!
Aproveito para desejar um excelente 2025 a todos os que integram esta fabulosa equipa do Ciberdúvidas.
A questão que me traz hoje aqui é alusiva às frases construídas com o quantificador universal cada.
Pelas minhas pesquisas, descobri que designa qualquer elemento de um grupo de forma individual. Também pude observar que, da mesma maneira, se anteceder um nome, também retrata individualmente qualquer elemento de um grupo. No entanto, se houver elementos coletivos numa frase para incluir, o meu raciocínio não está tão claro. Vejamos os seguintes exemplos:
(I) «Os fogos de artifício revelaram-se um espetáculo digno de cartão-postal. Cada um mais colorido que o outro, ofuscava momentaneamente as estrelas e contrastava com as luzes dos colossais edifícios da cidade.»
A minha dúvida surge nas conjugações verbais da segunda oração. Ainda que me pareçam corretas, deveria mantê-las na terceira pessoa do singular? Às vezes, quanto mais leio uma frase mais ambígua me soa. Podiam esclarecer-me esta dúvida, por favor?
Obrigada!
Regressando a Os Lusíadas, reparo que a palavra gesto surge muitas vezes no texto com o sentido de «rosto» ou «fisionomia».
Curiosamente, os dicionários modernos preveem esse sentido. Mas, francamente, não me lembro de alguma vez ter utilizado ou escutado, no meu quotidiano, a palavra gesto com tal intenção.
Assim, o que pergunto é se esse significado é arcaico ou se, apesar de menos comum, continua a ser válido no português contemporâneo.
Muito obrigado.
A modalidade expressa nas frases «As mulheres do meu país é uma das obras mais notáveis de sempre sobre a sociedade portuguesa» e «É verdadeiramente admirável e arrepiante a coragem e a determinação de Maria Lamas» é apreciativa ou epistémica com valor de certeza?
Grata pela atenção.
Gostaria de saber se os verbos adiar e agradecer se regem por alguma preposição. Consultei várias fontes e não consegui encontrar. Desta forma, deve dizer-se:
(I) Não faças ainda o relatório. Acho que o podes adiar uma hora.
ou:
(II) Não faças ainda o relatório. Acho que o podes adiar por uma hora.
Quanto ao verbo agradecer:
(III) Com amabilidade, o empregado de mesas levou-lhe a fatura e agradeceu-lhe a generosa gratificação.
ou:
(IV) Com amabilidade, o empregado de mesas levou-lhe a fatura e agradeceu-lhe pela generosa gratificação.
Obrigada!
Deve dizer-se «consolidação de conhecimentos» ou «solidificação de conhecimentos»?
Seria correto dizer que, no contexto abaixo, o verbo fazer é classificado como verbo de ligação?
«O uso da crase se faz necessário na locução à noite.»
«Do que depender de mim, ninguém ficará a saber nada» ou «Do que depender de mim, ninguém ficará a saber de nada»?
Isto no sentido de a pessoa prometer que vai guardar segredo.
Obrigado.
Consideremos os seguintes exemplos:
«Bebi dois fardos de refrigerante.»
«Cortei três quilos de lenha.»
«Comprei dois litros de água.»
Nestes três casos, fardos, quilos e litros parecem todos serem substantivos que não possuem existência independente (litros de quê?), portanto, seriam substantivos abstratos. Diria mesmo que não possuem sentido independente. Parece-me intuitivo, portanto, que «de leite», «de lenha» e «de água» sejam complementos nominais, respectivamente, dos três substantivos citados, pois além de completarem os sentidos dos mesmos, possuem eles mesmos sentido passivo .
Entretanto tradicionalmente são considerados substantivos abstratos aqueles que representam qualidade, estado, ação, conceito ou sentimento; não é mencionada quantidade ou ordem de grandeza nessa definição.
Minha dúvida é se se substantivos desse tipo são de fato abstratos, ou se são concretos. Nesse último caso, «de leite», «de lenha e «de água» seriam adjuntos adnominais, o que me soa "insuficiente", pois aí seriam termos acessórios; os substantivos citados parecem requerer obrigatoriamente um complemento.
Muito obrigado desde já!
Na frase «Mensagem teve as suas provas revistas pelo próprio autor, mesmo após o livro ter sido posto à venda», o segmento «mesmo após ter sido posto à venda» pode considerar-se uma oração subordinada adverbial concessiva?
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