Atendendo a que:
1. Os deícticos de tempo assinalam marcos de referência temporal que têm o sujeito que fala como eixo central de referência.
2. «Na madrugada do 25 de Abril, Salgueiro Maia saiu do quartel de Santarém.» – é referência não deíctica/objectiva.
Pergunta-se: imaginemos este contexto: alguém pergunta a um familiar de Salgueiro Maia, dias após o 25 de Abril:
– O que fizeste esta manhã? E [o] Salgueiro Maia? E ontem? E na madrugada de hoje, o que fizeram? E [finalmente] o que fez Salgueiro Maia na madrugada do 25 de Abril?
– Bem, «Na madrugada do 25 de Abril, Salgueiro Maia saiu do quartel de Santarém.»
Dúvida: não será isto uma referência deíctica/subjectiva, visto se tratar de um marco de referência temporal que tem o sujeito que fala, o tal familiar de Salgueiro Maia, como eixo central de referência?
Reitero o meu elevado apreço pelo vosso trabalho que considero um préstimo precioso a todos nós, consulentes.
Para além dos verbos modais e dos advérbios, que outros elementos gramaticais poderão contribuir para a modalização?
Muito obrigada.
Gostaria de saber a definição de «petição», «ata» e «procuração», todos do domínio textual jurídico.
Obrigado.
O sufixo «-mente» na palavra «recentemente» tem valor de modo ou tempo?
Gostaria de saber se o advérbio «forçosamente» poderá ser de afirmação ou se o sufixo «-mente» o torna logo advérbio de modo.
Obrigada.
Gostaria de saber se “guapê” é palavra da língua tupi-guarani e se tem o mesmo significado de “jamelão”.
Depois de «embora» e «ainda que» em Portugal só se usa conjuntivo quando a acção não foi realizada e no Brasil sempre, é verdade? Encontrei essa informação numa gramática... Outra gramática que tenho diz que sempre se tem de usar conjuntivo. Então as frases: «Embora “tinha” escurecido decidi ir ao jardim» e «Ainda que “percebi” que estava sozinha, fugi» – estão correctas ou não?
Obrigada pela ajuda!
Há em português algum termo que seja equivalente ao inglês “stepbrother” (filho do padrasto/madrasta)?
Ouvi, já por várias vezes, alguns políticos utilizarem o termo "inverdade". Será um neologismo que pretendem introduzir na nossa língua? Na verdade, o prefixo "in" tem o significado de negação, mas será que neste caso estará correcto? É que negar a existência de verdade é querer dizer "mentira".
Mais uma vez, obrigada pela vossa atenção.
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