Guapé é forma atestada no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (ver também Silveira Bueno, Dicionário Etimológico-Prosódico da Língua Portuguesa) como variante de aguapé, «designação comum a várias plantas aquáticas flutuantes, esp[ecialmente] dos gên[eros] Eichhornia, Heranthera e Pontederia, da fam[ília] das pontederiáceas, de flores freq[uentemente] violáceas ou azuis, ger[almente] cultivadas como ornamentais». O Dicionário Houaiss explica que a palavra deriva do tupi “agwa’pe”, «nome indígena da vitória régia», composto de “’agwa”, «redondo», e de “’pewa”, «chato, plano» (cf. também Antônio Geraldo da Cunha, Dicionário Histórico das Palavras Portuguesas de Origem Tupi). Tem as variantes aguapá, aguapeba, guapé. As variantes uapé e uapê começam com um elemento de formação derivado do tupi “‘iwa”, «planta» (Dicionário Houaiss).
Não é o mesmo que jamelão, termo que designa «árvore (Syzygium cumini) da fam[ília] das mirtáceas, com casca tanífera, madeira us[ada] como lenha, folhas coriáceas e pequenas bagas elipsóides e roxas, comestíveis, com sementes us[adas] em pó como antidiabéticas, nativa da Índia à Nova Guiné e tb. cultivada como ornamental» (idem). Tem origem no concanim (Goa, União Indiana) “jambu´’ām”, plural de “zāmba”, «árvore», “zābū”, «fruto», proveniente do sânscrito “jambūla”.