Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
Marta Teixeira Socióloga Rio Tinto, Portugal 9K

Apesar de ter procurado, não encontrei nenhuma pergunta anteriormente colocada que respondesse à minha questão.

Assim, peço que me informem sobre o tempo verbal mais correcto aquando da redacção de um estudo que será brevemente publicado que possui vários capítulos, em que uns remetem para a análise de dados recolhidos no passado (1) e outros tratam de apresentar os processos e os resultados atingidos com certas metodologias aplicadas no passado (2).

Ou seja, como opto correctamente pelo tempo verbal no presente ou no passado? Exemplos:

(1) «Ao analisarmos a variação da população entre os censos de 1981 e 2001 podemos distinguir dois grupos de freguesias distintos em termos de evolução: por um lado, um conjunto de freguesias onde se observou (OU OBSERVA) um ganho populacional entre 1981 e 1991, seguido de uma perda de população nos censos de 2001 (...)»;

(2) «os instrumentos que foram preenchidos pelas participantes criou-se um portfólio individual, que será entregue a cada uma, onde ficaram organizados todos os instrumentos que foram utilizados e que reflectem algumas das competências adquiridas ao longo da vida, bem como o Curriculum Vitae. Este currículo constitui um documento de utilização universal, que concretiza todo este processo de auto-reflexão e análise, e ao mesmo tempo que actua ao nível da auto-estima e motivação pessoal...»

Para além destas questões, gostaria ainda que respondessem se é adequado num mesmo capítulo referente, por exemplo, à apresentação de uma instituição que existe e são analisados dados actuais mas também passados e da sua evolução, utilizarmos diferentes tempos verbais.

Jose Luís Fonseca Médico Braga, Portugal 29K

Quando vamos emitir outra vez, vamos reemitir, ou remitir? Ou não existe sequer?

Pedro Friezas Portugal 5K

Como se deve dizer o nome do Papa Bento XVI? Será Bento Dezasseis, como sempre se ouve na rádio e televisão, ou Bento Décimo Sexto? A ideia que tenho é que, quando o número aparece em numeração romana, então, diz-se na forma ordinal. Na minha opinião as formas correctas são Bento Décimo Sexto e João Paulo Segundo, mas ainda acho estranho nunca ter ouvido dizer o nome do actual Papa desta forma.

Se a forma correcta é Bento Dezasseis, como toda a gente diz, então porque era o seu antecessor João Paulo Segundo? Não deveria ser então João Paulo Dois?

Algo não bate certo…

Obrigado pela atenção dispensada.

Alzira Simões Formadora Luanda, Angola 187K

Gostaria de saber qual a diferença entre os vocábulos aprendizagem e aprendizado, bem como se as duas formas estão correctas, ou quando é que se deve usar um e outro. A aprendizagem é o «processo de...», mas no Brasil dizem aprendizado, não é? Mas poder-se-á utilizar noutra situação?

Agradeço a vossa explicação.

Teresa Coimbra Portugal 48K

«Mal e porcamente», em vez de «mal e parcamente», é uma expressão erroneamente aplicada por muitas pessoas e que nada tem que ver com os simpáticos suínos. Não seria bom esclarecer que parca tem origem no latim parcus, a, um e significa «pouco», «pequeno», «moderado», etc.?

Ana Cristina Guedes Aveiro, Portugal 6K

Gostava de saber se suspeição e suspeita são palavras sinónimas ou se, pelo contrário, têm sentidos diferentes.

«Ambiente de suspeição», «a suspeição à volta de…», «a entidade X investigada por suspeição de…» — são algumas frases mais ouvidas e lidas ultimamente nos órgãos de informação portugueses.

Será que já fizeram desaparecer da nossa língua a palavra suspeita, com o modismo da suspeição usado para tudo e para nada?

João Silva Reformado (bancário) Figueira da Foz, Portugal 4K

Qual é o antónimo de castiço?

José Pedro Técnico de informática Vila Real, Portugal 15K

Gostaria de conhecer o significado da palavra aléu, que é muito comum em Vila Real.

Mário Filipe Estudante Porto, Portugal 3K

A minha dúvida prende-se com a palavra "Demenesteco", que faz parte da peça Auto Pastoril da Serra da Estrela, de Gil Vicente, onde, no verso 106, a personagem Parvo diz: «... fará mais um demenesteco.»

Não encontro respostas em lado algum! Agradecia que me esclarecessem. Obrigado.

Patrícia Madeira Professora de Inglês S. João da Madeira, Portugal 5K

Antes de mais, as minhas felicitações pelo trabalho magnífico que colocam à disposição de todos.

Sempre utilizei o adjectivo bizarro no sentido de estranho, fora do vulgar. No entanto, recentemente disseram-me que essa era a denotação anglo-saxónica da palavra, e não a portuguesa, que estaria ligada à ideia de nobreza ou arrogância. Consultei alguns dicionários e encontrei isso mesmo. Nenhuma referência ao conceito de invulgaridade.

Após consulta no Ciberdúvidas, constatei que os senhores utilizaram já o termo no sentido que indiquei anteriormente (confesso que a própria musicalidade da palavra me atrai e ligo-a instantaneamente à obscuridade e ao oculto). Qual é a vossa posição?