Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
Ana Chemim Professora Guarapuava, Brasil 9K

O advérbio inclusive pode ser considerado um caso de pleonasmo quando dizemos: «morreram todos, inclusive mulheres e crianças» (pois se todos morreram, é óbvio que se incluem as mulheres e as crianças)?

João Carvalho Reformado Ponta Delgada, Portugal 5K

Gostaria de saber o que significa o termo «usufruto penhorado».

Octávio Sérgio Marques da Silva Assistente técnico Viseu, Portugal 8K

Tendo lido já alguns textos sobre Land Arte, continuo com algumas dúvidas relativamente ao conceito de Land Art. Agradecia que me dessem o vosso conceito sobre este assunto.

António Barradas Tradutor Maputo, Moçambique 5K

Escreve-se «Manual sobre corrupção, criminalidade organizada e económico-financeira» ou «Manual de corrupção, criminalidade organizada e económico-financeira», sendo certo que o dito manual não trata de ensinar a corromper, a cometer crimes, etc.?

Maria Roseli Bassiquette Estudante Campinas, Brasil 10K

Qual é a diferença entre cumulação e amálgama? Que exemplos podem ilustrar tal diferença?

Felipe Lima Foliatti Estudante Alvorada, Brasil 23K

Primeiramente, parabenizo-os pelo ótimo trabalho realizado! Este site é realmente muito bom e tem-me ajudado muito!

Peço, também, que me corrijam se cometi algum equívoco quanto à existência das regras citadas abaixo.

Estive estudando a ocorrência da crase e percebi que diante da palavra casa, quando tem sentido de «lar» e quando não for especificada, não é admissível o uso do artigo a, não havendo assim a crase.

Por exemplo:

«Saí de casa cedo» (casa no sentido de «lar» — não admite artigo).

«Fui à casa da Maria» (casa no sentido de «lar», mas especificada — admite o artigo).

Também li que o pronome indefinido outro só admite crase quando determinar outro substantivo, subentendido ou não. Sobre essa regra tenho dúvida se é valida ou não.

Por exemplo:

«Saí desta praça e fui "a" outra» («outra praça qualquer» — não admite artigo).

«Saí desta esquina e fui "à" outra» («a próxima esquina e não qualquer esquina» — admite artigo).

Porém a minha dúvida surge com o uso da palavra casa e da palavra outra na mesma frase. Qual regra prevalecerá?

«Há duas casas nesta rua. Eu saí desta casa e fui a outra casa.»

Neste caso há duas regras aplicáveis:

— ou não há artigo (não havendo a crase) porque casa tem sentido de «lar»;

— ou há artigo (havendo a crase) porque outra indica a próxima casa e não uma casa qualquer.

Se a regra do outro for válida, qual das duas regras eu devo aplicar?

Muito obrigado!

Alexandre Fernandes Corrêa Sociólogo/antropólogo Rio de Janeiro, Brasil 7K

No texto [de um autor brasileiro], há uma frase que parece imprecisa. Ela deixa no ar certa ambiguidade, já que parece elidir os termos gramaticais do que/ao invés de. O trecho é: «A poesia tem uma realidade independente da matéria que serviu para sua criação, é por assim dizer exterior a essa matéria, participando muito mais do espírito de seu criador, ou da época, da finalidade, das circunstâncias, do ambiente em que foi criada.» Minha dúvida se refere ao uso do ou. Caso o autor tivesse utilizado do que/ao invés de, não haveria qualquer ambiguidade. Estou certo? Observem o argumento, a premissa «a matéria da poesia participa do espírito do seu criador», entra em contradição com a continuação da frase... Pois se pode sofrer influência de tudo, não tem porque afirmar a premissa inicial, não é? Eu ocultei o autor, pois a fama dele pode inibir o juízo imparcial do especialista [...].

Giana Constantina Tradutora Bucareste, Roménia 3K

Venho pedir o favor de me ajudar a resolver duas dúvidas.

1. O sentido da palavra surriada, na seguinte frase: «Todos sonhámos alguma vez salvar alguém de morrer nas águas, e eu, após ter esbracejado o melhor que sabia, tinha nos braços um boneco de plástico com uma careta de troça e o mecanismo interior duma surriada.» (J. Saramago, Manual de Pintura e Caligrafia)

2. O que quer dizer homem de um trabalho, na seguinte frase: «Mas eu não quis dar a volta ao Mundo, nem esta caligrafia seria capaz de levar-me tão longe, só projectei (homem de um trabalho) dar ao meu trabalho uma razão para continuar a ser.» (idem)

Agradeço desde já a vossa atenção e ajuda.

Pablo Ferreira Médico Goiânia, Brasil 15K

Cumprimento-os por este belíssimo site de auxílio a tantos amantes da língua portuguesa. Quanto tenho usufruído dele!

Minha dúvida recai sobre o verbo bastar. Em muitas situações, mesmo quando o utilizamos como intransitivo, ele parece pedir um complemento. Exemplos:

a) «Bastou ela ir embora para ele voltar.»

b) «Bastou o sol surgir, que as ideias também nasceram.»

c) «Bastou que o meu pai falasse, e todos se manifestaram.»

Estão essas frases acima corretas? Pode-se usar o verbo bastar seguido da preposição para ou das conjunções que ou e?

Há exemplos parecidos no Aurélio, Houaiss e Luft (Dicionário Prático de Regência Verbal), mas nada muito esclarecedor.

Peço-lhes ajuda.

Manuel Ruas Médico Coimbra, Portugal 21K

No teatro grego, qual é o significado de estásimo e de párodo?