No poema a seguir, gostaria de saber como interpretar o valor estilístico do termo relógio. Poderia ser considerado uma metonímia referente ao tempo ou à passagem do tempo?
Obrigado.
REGISTRO IMPLACÁVEL
Do alto da igreja-matriz
Espreita o relógio arcano
Seus ponteiros marcam sutis
A realidade presente
Num inexplicável engano
Espia homens que passam
Fruindo um tempo fecundo
Felizes e despreocupados
Com a vida que viaja
Num curtíssimo segundo
Para ele, nada é obscuro,
Pois tudo vê e verá
Do passado e do futuro
E a vida fica contida
Nesse caminho circular
A todos, do relógio vela
O olhar aborrecido
Confrontando, inerte e mudo,
Todo sonho inalcançável
Todo desejo reprimido
Se algo de fato assinala
A sua continuada ação,
É o ilusório valor
De um descuidado viver
Sem a morte por condição.
Li hoje num artigo de Mário Soares: «..., a guerra da Argélia, onde nasceu,...»
Impressão minha, ou uma segunda frase, separada da primeira por uma vírgula, reporta-se ao sujeito da frase anterior? Isto é, o autor não está a dizer que o escritor (refere-se a Camus) nasceu «na guerra»?
Gostaria de saber se consideram que a seguinte frase utiliza linguagem negativa e, se possível, a respectiva fundamentação.
«Vou sair, a não ser que chova.»
Obrigado.
Suponha que, em uma festa, Ana não comeu nenhum doce, Bia comeu um doce, Carla comeu dois doces, e Daniela comeu três doces. A pergunta «Quem comeu menos doces?» diz respeito somente às pessoas que comeram doces (e a resposta seria «Bia, pois ela comeu apenas um doce»), ou abrange todas as pessoas que estavam na festa, independentemente de terem comido doce ou não (e a resposta seria «Ana, pois ela não comeu nenhum doce»)? Gostaria de saber quais são as implicações do termo «menos» nessas frases.
Em um caso semelhante, quando digo que uma fábrica A produz menos poluição que uma fábrica B, estou, obrigatoriamente, afirmando que a A produz poluição, ou há a possibilidade de interpretar que a fábrica A produz menos poluição que a B porque, na verdade, ela nem sequer produz poluição?
Desde já, agradeço-lhe os esclarecimentos. Parabéns pelo importante trabalho deste site, sempre muito útil!
As palavras da mesma família, também as podemos considerar no campo lexical? Posso considerar como resposta: maré, marinheiro ou marisco no campo lexical de mar?
Obrigada.
Gostava de saber quais são as diferenças de uso entre «seja como for» e «fosse como fosse». Mais concretamente, leio: «seja como for, Afonso Henriques, ao proteger os eremitas, devia apreciar vivamente o seu fervor.» Não sería mais correto «fosse como fosse, Afonso Henriques, ao proteger os eremitas, devia apreciar vivamente o seu fervor»?
Muito obrigado.
Queria saber se nevoeiro pertence à família de palavras de neve.
Obrigada.
Qual a origem da «Dar vivas ao pato-bravo» (Trás-os-Montes)?
Gostaria de saber qual a origem da expressão «corda bamba».
Obrigado!
1 – É correcto usar o termo demanda no sentido de «procura» («a demanda de hotéis»)?
2 – É correcto usar o termo renda no sentido de «rendimento» («a renda familiar»)?
3 – É correcto usar o terno atende («a escola atende 300 alunos»)?
4 – É correcto usar a expressão «quadra desportiva» no sentido de «recinto desportivo»?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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