Creio que não é correto o uso de expressões do tipo «um vezes dois é...», «dois vezes três é...», mas, sim, «uma vez dois é...», «duas vezes três é...». Julgo que «uma» e «duas» são quantificadores numerais, os quais variam em género, enquanto adjetivos numerais, e terão de concordar com as formas femininas vez (singular) e vezes (plural). Penso, também, que aquelas expressões não são exatamente a expressão coloquial das expressões aritméticas «1 X 2» e «2 X 3«, nas quais o símbolo X representa a operação aritmética da multiplicação, não sendo sinónimo de vez ou vezes. Ora, vez e vezes significam ocorrências de um fenómeno numérico, é certo, mas não a operação multiplicação, ensinada no decorrer do 1.º ciclo básico do ensino. Além de que «duas vezes três», pode significar uma ideia de adição (uma vez e depois, (+), outra vez, a mesma quantidade), conquanto a multiplicação seja um caso particular da operação adição, definida matematicamente no corpo dos números reais. Finalmente, é evidente que a dúvida não se suscita para outros valores, além de «uma» e «duas», embora seja discutível – aritmeticamente – o recurso a «vezes»: «A multiplica B», ou «o produto de A por B», etc.
Terei razão?
Obrigado.
A maneira correta é :
«Me vê 1 real de pão»?
«Me vê 1 real de pães»?
«Me dê 1 real de pão»?
«Me dê 1 real de pães»?
A palavra folhos é da família de folhas?
Gostaria de saber se as palavras cinema, teatro, pintura, escultura ou literatura podem ser consideradas merónimos de arte, se a relação existente entre os conceitos é de hiponímia/hiperonímia ou se ambas as situações são consideradas aceitáveis, uma vez que, na minha opinião, a linha de diferenciação desta relação lexical é muito ténue.
Obrigado!
Na enumeração de páginas e de folhas de um livro, assim como na de casas, apartamentos, quartos de hotel, cabines de navio, poltronas de casa de diversões e equivalentes, empregam-se os cardinais. Ex.: «página sete»; «folha dez»; «cabine oito»; «casa trinta»; «apartamento cento e dois»; «quarto dezoito». Mas, se o numeral vier anteposto, usa-se o ordinal.
No Dicionário Terminológico, devo classificar «sete», «dez», «oito», «trinta», «cento e dois», «dezoito» como numeral/quantificador, ou adjetivo numeral?
Dizer «expoente máximo» é redundante? É expoente um termo absoluto?
Obrigado.
Por que usamos a expressão «ter um dedo de prosa» para designar uma conversa? Tem a ver com o fato de que falamos em prosa?
Será correto dizer «no espaço de um mês», misturando espaço e tempo? Como sabemos "espaço" mede-se em metros, quilómetros, hectares ou metros cúbicos, conforme estejamos em uma dimensão em 2 ou em 3. Tempo, esse, avalia-se em segundos, anos, séculos.
Indago aos sapientíssimos consultores do Ciberdúvidas se a expressão «prazer dos sentidos» é sinônima da expressão «prazer sexual».
Muito obrigado.
«Era um jogo arriscado e perigoso.»
Há redundância nessa frase?
Obrigado.
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