Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
Augusto Cesar Estudante Salvador, Brasil 2K

No poema "A morte de Tapir" de Olavo Bilac, vejo os seguinte versos:

Quanta vez do inimigo o embate rechaçando
Por si só, foi seu peito uma muralha erguida,
Em que vinha bater e quebrar-se vencida
De uma tribo contrária a onda medonha e bruta!

Dúvida: a expressão «quanta vez» significa o mesmo que «quantas vezes»? Nunca a vi ser usada no singular. É possível isso? Qual é a interpretação correta?

Obrigado.

Rute Oliveira Estudante Évora, Portugal 12K

Qual a origem do nome das refeições e respectiva etimologia? Qual a história de cada nome?

 Obrigado.

Pedro Fortuna Professor Quinta do Anjo, Portugal 1K

A grafia "intercorporalidade", no quadro do atual acordo ortográfico, é correta ou deverá incluir hífen (velha questão)?

Devemos fazer alguma distinção com "intercoporeidade" (português do Brasil) onde também é usado o termo "intercorporalidade"?

Os dois termos são equivalentes e aceitáveis?

Obrigado pelo apoio.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 1K

Sobre a adequação (semântica) inerente à expressão "golpe de Estado", não me parece aceitável dizer-se o seguinte:

«Estava a passar na rua e VI um golpe de Estado.?

Do ponto de vista semântico, perguntava-vos se podemos aceitar a frase ou se ela contraria o princípio da coerência.

Obrigado.

Quan Yang Estudante Lisboa, Portugal 1K

«...O temporal não há meio de parar...»

A frase é retirada de uma ficção.

O que quero saber é que neste contexto «o temporal» funciona como o sujeito ou um objeto anteposto?

Joana Silva Jornalista Santa Cruz, Portugal 6K

Agradecendo antecipadamente a vossa resposta, pergunto se todos os elementos que recuperam anafórica ou cataforicamente um referente podem ser considerados deíticos textuais.

João Pedro Estudante Portugal 3K

«É uma obra para se ler, ver e ouvir.» = «É uma obra para ser lida, vista e ouvida.»

As frases acima (sinónimas) parecem ser gramaticais, mesmo sem a repetição do «se» apassivante, na primeira, e de «para ser», na segunda.

Já nos exemplos abaixo, a primeira frase parece ficar agramatical sem o «se» (complemento direto) do verbo «tornar-se», enquanto a frase equivalente é claramente agramatical pela mesma razão.

«Foi um jogador que se afirmou e tornou um craque.» = «O jogador afirmou-se e tornou um craque.»

Em que casos pode evitar-se a repetição do clítico se numa sequência/enumeração verbal em próclise?

Obrigado.

Rui Parreira Professor Vieira de Leiria, Portugal 4K

Trata-se de uma temática gramatical difícil de entender e mais complicada, ainda, de explicar aos nossos alunos. Já consultei manuais escolares, gramáticas, o Ciberdúvidas e facilmente se encontram contradições nas explicações/exemplos apresentados. Gostaria, se possível, que, com exemplos, clarificassem a diferença entre estes dois aspetos e deixo, para isso, algumas questões:

(1) «O João correu durante uma semana.» (in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa)

A frase anterior aparece como exemplo de valor iterativo. Não será antes perfetivo?

Numa gramática encontro que o valor habitual «refere uma situação recorrente num intervalo de tempo ilimitado» e apresenta o seguinte exemplo:

«É costume visitar o meu primo duas vezes por semana.»

Não haverá, nesta frase, limitação temporal com a utilização da expressão temporal «duas vezes por semana»?

Finalmente, no manual que utilizo, nos elementos linguísticos apresentados para os dois valores surge a expressão «todos os dias».

Desde já, muito obrigado. Agradeço os esclarecimentos possíveis.

Rafael Marques Professor Lisboa, Portugal 4K

Estando a investigar a figura do predecessor do dandy britânico – o macaroni – e tendo em atenção que esta figura era associada ao uso de misturas quase parodiadas de expressões italianas, latinas e inglesas, pus a hipótese de as versões francesa ou italiana da palavra macarrónico terem origem nesse tipo social.

Do mesmo modo, será que a expressão macarrónico entra na língua portuguesa durante o período máximo de expressão dos macaroni britânicos – o século XVIII – ou era já comum em séculos anteriores?

Agradeço a atenção.

Vicente Carlos Teles de Serpa de Sousa Brandão Empregado de escritório Porto, Portugal 4K

Na seguinte frase:

«Quando o autor da sucessão tenha sido o participante, pode ser exigido pelo cônjuge sobrevivo ou demais herdeiros legitimários, independentemente do regime de bens do casal, o reembolso da totalidade do valor do plano de poupança, salvo quando solução diversa resultar de testamento ou cláusula beneficiária a favor de terceiro, e sem prejuízo da intangibilidade da legítima.»

a frase «salvo quando solução diversa resultar de testamento ou cláusula beneficiária a favor de terceiro» é uma oração sintaticamente independente, visto que termina com uma vírgula e se segue um e na frase seguinte?

A função de uma vírgula antes de um e é separar uma oração principal de uma oração coordenada?