Quero, antes do mais, felicitar todos aqueles cujo empenho impediu o Ciberdúvidas de acabar. Faço votos de que continue por muitos e bons anos a prestar o seu inestimável serviço em prol da Língua Portuguesa. A minha dúvida prende-se com a palavra «assimptota». Sou professor de Matemática e sempre ouvi e pronunciei esta palavra como esdrúxula. Em conformidade, sempre escrevi “assímptota”, com acento no i. Notei, contudo, que, nos exames oficiais da disciplina, a palavra era escrita sem acento, pelo que resolvi consultar a base de dados do Ciberdúvidas para esclarecer a questão. Ao fazê-lo, deparei com duas respostas algo contraditórias: o Prof. Manuel Portilheiro, sendo matemático, informa que sempre escreveu "assímptota", ao passo que o Prof. José Neves Henriques, filólogo, apresenta o fundamento etimológico pelo qual se deve considerar «assimptota» uma palavra grave. Posto isto, a minha questão é a seguinte: Uma vez que, do Secundário ao Superior, a pronúncia de «assimptota» como palavra esdrúxula é de uso generalizado entre professores e alunos de Matemática, que grafia se deve adoptar? "Assímptota", "assíntota" (grafia adoptada pelos Brasileiros) ou «assimptota» (caso em que haveria discrepância entre o que se escreve e o que se pronuncia)? Com os melhores cumprimentos,
N.E. O consulente escreve segundo a Norma de 1945.
Gostava de contar com a vossa ajuda para o esclarecimento de um conjunto de dúvidas referente à utilização de listas não numeradas em documentos. Para tal considerem, por favor, o seguinte extracto do documento: «Alguns aspectos motivaram, na altura, a ascensão do conceito de reforma do sector público, concretamente: . A crise vivida no sector – durante a década de 70 assistiu-se a um crescente reconhecimento da existência de problemas, nalguns países considerada mesmo situação de crise, no funcionamento do sector público, gerando-se a percepção de que algo deveria ser feito para ultrapassar essa crise; . O poder e a vontade política – associado, por um lado, ao reconhecimento da existência de uma crise e à necessidade de fazer algo para a ultrapassar, e por outro lado, à existência de novas ideias que sustentam o facto de que algo pode realmente ser feito, desenvolveu-se uma crescente vontade política para conduzir essa reforma, traduzida por uma postura de que a reforma seria efectivamente realizada.» Considerando o exemplo apresentado, gostaria de saber os vossos conselhos relativamente ao seguinte: 1) A utilização de listas não numeradas é correcta e aceitável ou, pelo contrário, não constitui uma forma de escrita adequada? 2) Podem ser utilizados como elementos indicadores de cada novo item da lista símbolos ("bullets" em inglês) tais como pontos, quadrados, setas ou outros elementos desse tipo (no exemplo apresentado foram utilizados pequenos pontos)? 3) É possível utilizar o travessão do modo apresentado no exemplo ou deveria utilizar outro elemento separador entre a ideia principal de cada item e a sua explicação? 4) Depois do travessão que aparece em cada um dos pontos a palavra deve ser escrita em minúscula (conforme se apresenta no extracto de texto, com as palavras "durante" e "associado") ou em maiúscula? Agradeço desde já a ajuda que me possam disponibilizar.
Como se escreve em português: "verbi grátis" ou "exempli gratia"? No Prontuário Ortográfico e Guia da Língua Portuguesa, só vem "exempli gratia" (e.g.), mas em inglês eles utilizam "verbi gratis" (v.g). Qual se deve utilizar?
Como se escreve correctamente: Ideosofema ou idiosofema?
N.E. O consulente escreve segundo a Norma de 1945.
Como se diz passamos no presente e no passado?
O segundo a lê-se mais aberto "passámos" ou mais fechado "passâmos" consoante o tempo verbal? Ou é indiferente?
Tipicamente, a escrita feita através do computador, como a mensagem que neste momento vos dirijo, não contempla a utilização dos travessões. Não creio que seja rigorosamente o mesmo usar em alternativa um hífen. Há “software” de edição de texto, como o “Word”, que substitui automaticamente o hífen por um travessão, mas muitas das vezes, como é o caso agora, não escrevemos em programas dedicados à edição. Existe outra alternativa, mais trabalhosa, através da utilização de códigos ASCII (Alt+0151 no teclado numérico, que corresponde a este caractere: –).
Frequentemente, opto por outra alternativa, menos rigorosa e menos trabalhosa, que é a utilização de dois hífens. Até que ponto é aconselhável ou, pelo contrário, de evitar?
Agradecia que me dissessem como se escreve este desporto em português.
Agradecia informação acerca da correcta grafia das palavras: "tele-acção" ou "teleacção", "telesinalização" ou "telessinalização", "sobre-intensidade" ou "sobreintensidade" (muito vista em catálogos)?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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