Há uma área nos estudos linguísticos chamada pragmática – é o ramo da linguística que estuda como o contexto comunicativo influencia o significado das palavras e das frases: há uma preocupação não só com o que as palavras significam isoladamente, mas também com como elas são usadas em situações reais de comunicação.
Seguindo a linha de pensamento e de dúvida do consulente, podemos dizer que as palavras bobo e idiota podem ser sinônimas em certos contextos, claro; mas, em outros, elas têm significados diferentes dependendo de como são ditas, de quem as diz e da situação em que se diz.
1) «Você é um bobo!»
Essa frase, a depender do tom e do contexto, pode ser dita de forma carinhosa ou até brincalhona. Em outras palavras, se uma pessoa faz algo tolo de maneira inocente, o outro pode usar bobo com uma conotação mais leve, quase afetuosa.
2) «Você é um idiota!»
Já essa frase é, em geral, considerada mais pesada porque tem uma impressão negativa mais forte. Pode ser usada em situações em que alguém fez algo realmente estúpido ou prejudicial, de maneira que o termo idiota indica uma crítica mais severa.
Em virtude disso, no campo da pragmática, a diferença entre bobo e idiota vai além do dicionário, pois se baseia no contexto e na intenção de quem fala. O significado de cada palavra depende da situação comunicativa real e das relações entre as pessoas envolvidas. Esse é o ponto.
Sempre às ordens!