Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
João Ferreira Estudante Lisboa, Portugal 5K

A expressão "cavidades escavadas" é considerada um pleonasmo? E como descobrir, no caso mais genérico, se uma expressão é um pleonasmo? Através da etimologia das palavras?

Cynthia Canto Aposentada Brasília, Brasil 6K

Ultimamente as paradas de ônibus, aqui, em Brasília, apresentam uma propaganda de duas escolas de ensino superior cuja redação me intriga: «XXXX (nomes das Escolas) vencedoras profissionais do ano pela XXX (nome da empresa que contemplou). A gente não está cabendo em si.»

Minha dúvida: está correta a última frase? «A GENTE não está cabendo em SI»?

Muito obrigada pela gentileza da resposta.

Madalena Fonseca Professora Lisboa, Portugal 22K

Há tantos anos que me enriqueço com o vosso site… chegou a minha vez de colocar uma questão.

(1) «Utilizo o dicionário, quando não compreendo o significado das palavras.»

(2) «Faço anotações, enquanto leio.»

(3) «Verifico a ortografia, quando tenho dúvidas.»

(4) «A compreensão torna-se mais fácil, quando o leitor coloca previamente perguntas sobre o tema do texto […].»

Bem sei que, de acordo com Celso Cunha e Lindley Cintra, devemos utilizar a vírgula «para separar as orações subordinadas adverbiais, principalmente quando antepostas à principal». No entanto, parece-me que as frases acima dispensam a vírgula (pior: parece-me um erro). Aliás, na Nova Gramática, um dos exemplos a que os autores recorrem para ilustrar as orações subordinadas adverbiais temporais é «Renovaram a fogueira até que chegasse a luz da manhã.»

Deve-se ou não se deve utilizar a vírgula nestes casos?

Agradeço antecipadamente a vossa resposta e dou-vos os parabéns pelo magnífico trabalho. O Ciberdúvidas é uma pérola.

Rui Silva Informático Lisboa, Portugal 6K

Em primeiro lugar gostaria de felicitar todo o trabalho associado a este site, de enorme utilidade.

Gostaria de saber o que é correcto (e porquê) neste caso e noutros verbos similares:

«João emigrou para Marrocos aos 19 anos, tendo-se convertido ao Islamismo aos 23.»

«João emigrou para Marrocos aos 19 anos, tendo se convertido ao Islamismo aos 23.»

Cristina Silveira Estudante São Paulo, Portugal 53K

Parabéns pelo excelente trabalho que vocês realizam!

Minha dúvida:

«Estou a trinta quilômetros de casa.»

«Estou há trinta minutos de casa.»

«O ônibus passou há 3 minutos.»

«Estou há décadas da ditadura.»

Nessas frases, tenho dúvidas a respeito do emprego da preposição a e do verbo haver. É correto empregar a preposição para designar distâncias e empregar o verbo para fazer referência a tempo?

Quais são as formas corretas? Por quê?

Em um anúncio de uma rede de hipermercados, vi o seguinte enunciado: «Hipermercado X, daqui a 3 minutos.» Esta frase está correta? Por quê?

Quando usamos a expressão «cerca de», há alguma alteração no emprego da preposição a ou do verbo haver (exemplos: «O acidente ocorreu a cerca de 30 km de São Paulo»; «O ônibus passou há cerca de 3 minutos»)?

Muito obrigada!

João C. G. Pais Estudante Lisboa, Portugal 9K

Gostaria de saber qual o gentílico relativo ao Lesoto.

Obrigado.

Ana Madureira Actriz Carcavelos, Portugal 28K

Qual é a forma actual correcta de grafar o vocábulo "pré-existente"? "Preexistente" ou "prexistente"?

Agradeço desde já o vosso esclarecimento.

António Bettencourt Engenheiro Aveiro, Portugal 5K

Se existe bifurcação, será que podemos utilizar "polifurcação"? Em caso negativo, qual a alternativa?

Grato pela ajuda.

Eduardo Cardoso Técnico informático Lisboa, Portugal 9K

Tenho dúvidas na seguinte frase:

«É necessário aumentar ao máximo as receitas e reduzir ao máximo os custos.»

Está correcto? Consigo compreender melhor a expressão «aumentar ao máximo» (embora tenha dúvidas se é a maneira correcta de escrever), mas diz-se «reduzir ao máximo», ou «reduzir ao mínimo»?

Obrigado.

Luís Martins Op. informático Lisboa, Portugal 15K

Faço ocasionalmente traduções e, recentemente, ao traduzir um texto do francês, surgiu-me uma dúvida sobre como escrever o termo "desemerdar". Não estou certo se se trata de um galicismo, a partir de démerder, ou de um termo próprio da nossa língua. Ao pronunciar a palavra, a maioria das pessoas a quem perguntei aponta para "desenmerdar", mas a mim soou-me estranha a junção do n com o m, e não me ocorreram outras palavras portuguesas em que uma sílaba com n final se ligasse a outra com m inicial. P. ex.: emoldurar/desemoldurar e não "enmoldurar"/"desenmoldurar", ao contrário de, por exemplo, encastrar/desencastrar — mas não estou certo se se trata de bons exemplos. Estarei certo? Assim, optei por "desemerdar". Curiosamente, na revisão do texto alteraram para "desenmerdar".

É também um problema de, em Portugal, haver uma timidez despropositada com o registo nos dicionários dos termos "populares" ou "palavrões", reflectida nos frequentes «vai-te lixar» utilizados incorrectamente em traduções de filmes.