Gostaria que me esclarecessem a seguinte dúvida: no interior de Portugal é comum usarem-se as expressões «piabaixo» e «piacima», no sentido de «por aí abaixo» ou «por aí acima». «Fui piabaixo até ao rio» — «Fui por aí abaixo até ao rio». Gostaria de saber se existe uma forma correcta de escrever essas expressões ou se a ortografia fica ao critério de cada um.
Obrigado.
Já foi analisada a questão do plural de "nu proprietário". Tenho outras duas dúvidas, quanto à mesma expressão:
a) qual o feminino?
b) há hífen entre as duas palavras?
Gostaria de saber qual a etimologia da palavra flertar.
Muito obrigada e parabéns pelo trabalho.
Ouço, por vezes, a expressão «salvo erro e contra omissão». Pergunto: esta é uma forma arcaica ou pelo menos antiga da vulgar «salvo erro e omissão», ou simplesmente um desvio popular sem significado?
Obrigado.
Os casos de tuberculose podem ser causados por estirpes bacterianas sensíveis a todos os antibióticos ou por estirpes resistentes a um (monorresistentes), a dois ou mais antibióticos (convencionou-se chamar multirresistente).
Recentemente começaram a aparecer estirpes resistentes a todos ou quase todos os cerca de 20 antibióticos actualmente disponíveis para tratar a doença. A OMS começou a designar estas estirpes, em inglês, por «extensively resistant Mycobacterium tuberculosis strains» usando também a sigla XDR-TB (tendo já ficado esta sigla consagrada e em uso em todo o mundo — ninguém ousa modificá-la ou adaptá-la).
A minha dúvida prende-se com a tradução do termo por extenso. Dado que tenho responsabilidades na gestão do programa de controlo da doença ao nível nacional, tive de adoptar a terminologia que mais se adaptasse à “gíria médica” e ao sentido que se lhe quer dar. A designação que adoptámos para traduzir «extensively resistant Mycobacterium tuberculosis strains» foi «estirpes de Mycobacterium tuberculosis extensivamente resistentes».
Assinalo o facto de esta condição de resistência extensa resultar de um processo biológico de expansão sucessiva do espectro de resistência, não precisando, contudo, de ser resistente a todas os antibióticos para merecer esta classificação. Desde Setembro de 2006 que usamos o termo sem que tenha havido reacções negativas dos diversos grupos profissionais da saúde, e a semelhança com o termo inglês facilita a transmissão do conceito e é útil como palavra-chave para pesquisa bibliográfica.
Desde já agradeço a atenção.
Aguardo com grande expectativa o vosso parecer.
Em discurso directo, o pedido de desculpa simples deve levar ponto de interrogação, ou de exclamação?
«— Desculpa?»
Ou
«— Desculpa!»
O verbo convocar é um transitivo directo ou indirecto?
Exemplo: «Convoca as pessoas» ou «às pessoas»?
E o verbo responder e ainda perguntar?
A palavra "imuno-deficiência" é ou não hifenizada?
Ao consultar um livro sobre teatro, deparei-me com a palavra sianalética. Não consegui, nas minhas pesquisas, encontrar uma definição para este termo. Peço, pois, a vossa ajuda.
Obrigada.
«Função do figurino
[...] O corpo sempre é socializado pelos ornamentos ou pelos efeitos de disfarce ou ocultação, sempre caracterizado por um conjunto de índices sobre idade, sexo, a profissão ou classe social. Essa função sianalética do figurino é substituída por um jogo duplo: no interior do sistema da encenação, como uma série de signos ligados entre si por um sistema de figurinos mais ou menos coerente; no exterior da cena, como referência ao nosso mundo, onde os figurinos também têm um sentido.[...]» PAVIS, Pratice, 1947 — Dicionário do Teatro; tradução para língua portuguesa sob a direção de J. Guinsburg e Maria Lúcia Pereira — São Paulo: Perspectiva, 2005 (p. 169).
Tenho uma questão quanto ao verbo representar no seguinte contexto: «actor/actriz que vai desempenhar o papel da sua própria história de vida.»
Estará correcta a seguinte redacção:
«O actor vai representar-se a si próprio no filme.»
A questão que me foi colocada é se o «representar-se a si próprio» é redundante?
Agradeço um esclarecimento quanto a esta dúvida.
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