Outra vez a pronúncia de remoto e «erupção peleana».
1) Sei que já foi respondido (a Armando Dias, 01/07/1997) que se deve, latim exige, pronunciar "–mó",
E entre gente remota edificaram
Novo Reino que tanto sublimaram.
Entretanto, mais de 12 anos passaram inutilmente, pois hoje ouvi na TV o tal [remôto]: pois, como dizia a irmã do Solnado, que gostava de dizer coisas.
2) E esta é da National Geographic: «Erupção "+liana"»!
Meu paciente e sapientíssimo interlocutor da Ciberdúvidas, tenho a comunicar Urbi et Orbi que deve escrever-se peleano, pois provém do Mont Pelée (Martinica) onde ocorreu uma erupção com as características referidas no documentário. É tão fácil recorrer a um dicionário... "Pliano", meu caro, documenta, mais uma vez, a rasca qualidade do tradutor e a passividade dos responsáveis/proprietários do referido canal. Parece que, quando há dúvidas, se recorre lá à improvisação/desenrascanço. Mas que corja de "qualificados" divulgadores de cultura científica! Pergunto: estará o chico-espertismo socrático a tornar-se desígnio nacional?
Gostaria de saber a origem das seguintes expressões:
«Bem digo eu que me trazes de há um tempo essa ideia transuida!»
«Tem-te não cai.»
São expressões que se encontram tal qual no original de uma peça de teatro inédita, dactilografada, do séc. XX, mas cuja acção se passa no séc. XVIII.
Muito obrigada.
Peço desculpa pelo teor da pergunta, mas, no poema A Minha Querida Pátria de Mário-Henrique Leiria (que em seguida transcrevo) a expressão «vou da peida» será sinónimo de «Estou-me borrifando»/«Pouco me interessa»?
A MINHA QUERIDA PÁTRIA
os camões
os aviões
e os gagos-coutinhos
coitadinhos
a pátria
e os mesmos
aldrabões
recém-chegados
à democracia social
era fatal
a pátria
novos camões
na governança
liderando
as mesmas
confusões
continuando
mesmo assim
as velhas tradições
de mau latim
da Eneida
enfim
sabem que mais?
pois
vou da peida
(Mário-Henrique Leiria)
Existem plurais de datas, meses e anos como "janeiros", "fevereiros", "marços", "abris", "maios", "junhos", "julhos", "agostos", "setembros", "outubros", "novembros", "dezembros", "25s de dezembro", "setes de setembro", "10s de dezembro", "primeiros de janeiros", "31s de dezembro", "12s de outubro", "noves de julho", "1999s", "2000s", "1800s", "2199s", "1945s", "1857s", "1776s", "2009s", "1971s", "2112s", "1983s", "2013s" e outros?
Deve-se dizer «Não tenho mais assunto de momento», «por momento», «pelo momento», «ao momento», ou «no momento»?
Como saber diferenciar o uso/a utilização destas preposições?! E como explicá-lo a um estrangeiro?
E, também, existe alguma diferença entre escrever uso e utilização? Porque na faculdade dizem-nos que é mais "correcto"/fino escrever utilização?!
Muito obrigada.
Será correcto o uso em português dos termos "relentar", "relentamento"? Em que contextos?
Pergunto se é possível usar a forma «vás chamar» como presente do conjuntivo em vez de chames, na seguinte frase: «Quero que tu me vás chamar, se precisares de ajuda» em vez de «Quero que tu me chames, se precisares de ajuda», ou «É possível que amanhã vá chover» em vez de «É possível que amanhã chova».
Obrigada.
As questões que apresento têm basicamente que ver com o mais correcto significado a atribuir às palavras queixa e reclamação, designadamente para efeito do seu emprego no contexto de um sítio Internet de um serviço público responsável por funções de autoridade do Estado.
Afigura-se-me que a palavra queixa deva ser usada para significar as circunstâncias em que um particular, dirigindo-se ao órgão ou serviço da administração do Estado competente em razão da matéria ou facto em questão, se reporta às consequências na sua esfera privada resultantes da acção ou omissão de terceiro e demanda a correspondente intervenção da autoridade com poder jurisdicional para que actue em conformidade.
Diferentemente, parece-me que a palavra reclamação deva ser empregada para significar as circunstâncias em que o também particular se dirige ao órgão ou serviço da administração do Estado competente em razão do foro, só que desta vez para exigir, reivindicar ou protestar em relação a uma acção ou omissão tida pela referida entidade no exercício dos poderes de autoridade em que está investida, a qual gerou impacto na esfera dos seus interesses privados.
Eis, pois, o âmbito e teor das dúvidas que apresento.
Eis alguns exemplos de traduções que muitas vezes se usam no Brasil. Não sei se valem para Portugal, mas ficam como registro:
newsletter — circular, boletim (informativo)
case-sensitive — (este programa/sistema) distingue maiúsculas e minúsculas
chip — chipe (opção minoritária na Internet e não registrada neste dicionário, que tem chip e traz a pronúncia inglesa, não usada no Brasil)
workshop — oficina
Não quero com isto dizer que não se usam estes anglicismos no Brasil, usam-se, mas as adaptações também são amplamente aceitas por vários falantes.
Gostaria que me esclarecessem sobre qual o termo que se deve utilizar para nomear uma pessoa que faz uma sugestão. É um "sugestor"?
Obrigada.
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