Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Sónia Silva Paginadora Lisboa, Portugal 13K

Estou a ler a História Rocambolesca de Portugal (de João Ferreira), precisamente no capítulo dedicado a Santo António de Lisboa (ou Pádua), em que o autor descreve os motivos por que o santo ficou ligado a estas duas cidades.

Num breve resumo: Santo António nasceu em Lisboa, mas viveu muitos anos em Itália, onde se destacou pelas suas qualidades humanistas e pelos seus sermões. Veio a falecer em Itália; a cidade de Pádua erigiu-lhe uma monumental igreja, e Lisboa dedicou-lhe um feriado.

Ora, é precisamente aí que a minha ignorância veio ao de cima! Nunca me ocorrera que o povo de Pádua se denominasse patavino.

Será que a nossa expressão «Não perceber patavina!» tem relação direta com a rivalidade que o povo lisboeta (e no geral, português) tem com os patavinos?

É curioso, mas esta rivalidade até nos faz esquecer que o verdadeiro padroeiro de Lisboa é São Vicente, e não Santo António.

Grata.

Helenn Cordeiro Jornalista Curitiba, Brasil 14K

Eu gostaria de saber o que significa c. i. e. em referência de obra de arte, por exemplo:

PANCETTI, José. Autorretrato. 1944. Óleo sobre tela, 46,7 cm x 38,5 cm, c. i. e.

Obrigada.

Valéria Peres Secretária executiva Coimbra, Portugal 6K

Saudando desde já a vossa disponibilidade, gostaria que me elucidassem sobre o género da palavra "exposalão", no seguinte contexto: «Foram realizadas atividades...»

Fernando J. V. Pestana Professor Rio de Janeiro, Brasil 5K

Em «Um dia eu vou viver uma vida assim», para mim, o assim é um adjetivo, pois modifica o substantivo vida. Além disso «uma vida assim» é um objeto direto interno, que sempre vem acompanhado de um adjetivo ou locução adjetiva com função de adjunto adnominal, o que reforça ainda mais o fato de que o assim é um adjetivo. Além disso, o antigo gramático José Marques da Cruz considera o assim um adjetivo. Tendo dito tudo isso, espanta-me saber que hoje em dia infelizmente nenhum gramático, tampouco dicionarista, entende que o vocábulo assim pode ser um adjetivo. Afinal, ele é ou não é um adjetivo? Por favor, podem ser objetivos?

Amplexos cordiais!

Francisca de Sá Benevides Revisora de textos Fortaleza, Brasil 8K

Na oração «Durante a tempestade, muitos carros foram arrastados»:

1. Qual o agente da passiva?

2. Podemos passar a oração para a voz ativa?

Diego Cruz Psicólogo Florianópolis, Brasil 11K

A regra de que sujeito oracional deve seguir a concordância na terceira pessoa do singular se aplica no caso de orações relativas livres?

Ex.: «Quem acredita sempre alcança»... (está OK)... Mas «Quem acredita sou eu» parece melhor do que «Quem acredita é eu». Há gramáticas que afirmam que numa frase como «Sou eu quem acredita» o quem manteria uma relação anafórica com eu... Mas eu vejo com reservas o quem como um pronome relativo-anafórico na posição sujeito, pois uma frase igual à que eu vou mencionar, apesar de comum no Brasil, parece deveras estranha: «Ela é a pessoa quem fez isso.» O que me leva a supor que as frases «Sou eu quem acredita» e «Quem acredita sou eu» possuem a mesma estrutura sintática, com a subordinada constituindo um sujeito oracional através de uma oração relativa livre; e como sujeito oracional nessa condição de ser uma oração relativa livre, o verbo da oração principal apresentaria a particularidade de poder concordar com um predicativo. Na verdade, parece-me que o pronome quem introduz orações limítrofes entre a função de sujeito simples e oracional, pois, numa frase como «Aquele que acredita sempre alcança», o sujeito é simples, e só se torna oracional, no caso do uso do quem, justamente porque o quem pode equivaler, por si mesmo, à forma «aquele que».

Agora, apresentando uma frase um pouco diferente de uma anteriormente mencionada, a oração principal dela parece apresentar um atributo — ou predicativo — mas sem um sujeito do ponto de vista sintático: «Sou eu que acredito nisso.» O eu aqui não me parece sujeito e, sim, um atributo semelhante aos que aparecem nas orações sem sujeito que acontecem com o verbo ser. Apesar de que, do ponto de vista lógico (não sintático), sabe-se quem é o sujeito. E nesta última oração, do ponto de vista sintático, a subordinada me parece, sim, uma subordinada adjetiva.

Outra coisa que eu penso como curiosa é o fato de no Brasil ser extremamente comum dizer frases como «Eu imagino de quem falas», ou seja: uma subordinada relativa livre, na posição de objeto direto, mas introduzida pela preposição que é regida pelo verbo da subordinada... Li, numa tese de mestrado produzida em Portugal, que sentenças como essas são extremamente marginais em Portugal...

Gostaria, se possível, da opinião de Carlos Rocha sobre minhas indagações.

Vítor Martins Professor Águeda, Portugal 8K

Uma pergunta (colocada por um aluno do 5.º ano):

Já que a personificação corresponde, grosso modo, à atribuição de qualidades humanas (de persona) a seres não humanos, como se designa o processo inverso, quando eu dou qualidades dos animais às personagens (como, no exemplo: «O Luís voava sobre a cidade...»)?

Grato.

Ana Correia Estudante Fundão, Portugal 9K

Incluso e inclusive são equivalentes?

Queria saber a etimologia destas duas palavras.

Ana dos Santos Tradutora Luanda, Angola 16K

Qual a diferença entre minimizar e diminuir? Serão a mesma coisa, ou têm alguma diferença?

Obrigada.

Olavo Panseri Intérprete Paris, França 6K

Qual é o plural do substantivo matacão? Embora o Dicionário Houaiss só traga "matacães", essa forma praticamente não aparece nos trabalhos científicos sobre geologia. Os profissionais da área só escrevem praticamente "matacões".