A minha questão é se o vocábulo coadjuvância existe, porque é utilizado durante o período de exames nas escolas secundárias, inclusive em documentos oficiais, mas não o encontro em nenhum dicionário.
Obrigado.
«É um cara meio esquisito, devo admitir, mas legal. Mesmo assim, você bateu nele! Por quê essa violência toda?»
Na frase acima, o acento circunflexo em «por quê» está correto? Não deveria haver uma vírgula marcando a elipse do verbo («Por quê, essa violência toda?»).
Obrigado.
Tenho ouvido frequentemente a expressão «molhar a sopa», com o significado de «tomar parte em, experimentar» (ex: «aquele avançado tem um enorme faro de golo, está sempre a querer molhar a sopa»).
No entanto, tinha ideia de uma expressão semelhante, «molhar o pão na sopa». São ambas expressões correctas?
O verbo debitar selecciona que preposição: de, ou em?
Tenho ouvido e lido coisas como «debitar na minha conta», mas, como o sentido é negativo, de subtracção, diria que o de é mais apropriado (como em «concordar com» e «discordar de»).
Obrigado.
Desejo saber qual é a origem do -c- das formas perco, perca, percas... (do verbo irregular perder) partindo da forma latina, que tinha -d-: perdo, perdis, perdere, etc.
Obrigado.
Quando queremos dizer que um aluno necessita de reforçar determinado conteúdo ou aprendizagem efetuada, dizemos que ele «carece reforçar» ou «carece de reforçar»?
Tenho sempre dúvida se deverei colocar ou não a preposição.
Minha dúvida é sobre a regência do verbo auxiliar.
Devo dizer «este programa auxiliou a detecção de erros», «este programa auxiliou à detecção de erros», ou «este programa auxiliou na detecção de erros»?
O dicionário indica que auxiliar é transitivo direto, porém acredito que se considerem «pessoas» como objeto direto e «detecção de erros» como complemento.
Por exemplo: «Este programa auxiliou-nos na detecção de erros.» Ao se retirar tal objeto, a forma correta da construção apresentada seria, portanto, «este programa auxiliou na detecção de erros»?
A palavra "coensaio" existe? Pela lógica de coeducação, é correto usar "coensaio"? Ou "co-ensaio"?
Relativamente à posição dos pronomes pessoais em adjacência verbal, uma das regras é que o pronome deve ser colocado antes do verbo quando está integrado numa oração subordinada.
Ex.: «Tu prometeste que consertarias a fechadura.»/«Tu prometeste que a consertarias.»
Então, por que motivo na frase «Não te preocupes, que ele repõe o dinheiro», se tivermos de substituir «o dinheiro» por um pronome pessoal, a frase fica «Não te preocupes, que ele repõe-no.» Nesta frase o pronome também não está integrado numa oração subordinada?
Obrigada.
No poema a seguir, gostaria de saber como interpretar o valor estilístico do termo relógio. Poderia ser considerado uma metonímia referente ao tempo ou à passagem do tempo?
Obrigado.
REGISTRO IMPLACÁVEL
Do alto da igreja-matriz
Espreita o relógio arcano
Seus ponteiros marcam sutis
A realidade presente
Num inexplicável engano
Espia homens que passam
Fruindo um tempo fecundo
Felizes e despreocupados
Com a vida que viaja
Num curtíssimo segundo
Para ele, nada é obscuro,
Pois tudo vê e verá
Do passado e do futuro
E a vida fica contida
Nesse caminho circular
A todos, do relógio vela
O olhar aborrecido
Confrontando, inerte e mudo,
Todo sonho inalcançável
Todo desejo reprimido
Se algo de fato assinala
A sua continuada ação,
É o ilusório valor
De um descuidado viver
Sem a morte por condição.
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