Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Pedro Rodrigues Professor Lisboa, Portugal 26K

A minha questão é se o vocábulo coadjuvância existe, porque é utilizado durante o período de exames nas escolas secundárias, inclusive em documentos oficiais, mas não o encontro em nenhum dicionário.

Obrigado.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 11K

«É um cara meio esquisito, devo admitir, mas legal. Mesmo assim, você bateu nele! Por quê essa violência toda?»

Na frase acima, o acento circunflexo em «por quê» está correto? Não deveria haver uma vírgula marcando a elipse do verbo («Por quê, essa violência toda?»).

Obrigado.

Miguel Almeida Empresário Lisboa, Portugal 12K

Tenho ouvido frequentemente a expressão «molhar a sopa», com o significado de «tomar parte em, experimentar» (ex: «aquele avançado tem um enorme faro de golo, está sempre a querer molhar a sopa»).

No entanto, tinha ideia de uma expressão semelhante, «molhar o pão na sopa». São ambas expressões correctas?

João Martins Tradutor Lisboa, Portugal 9K

O verbo debitar selecciona que preposição: de, ou em?

Tenho ouvido e lido coisas como «debitar na minha conta», mas, como o sentido é negativo, de subtracção, diria que o de é mais apropriado (como em «concordar com» e «discordar de»).

Obrigado.

Alberto Mininho Professor Zamora, Espanha 8K

Desejo saber qual é a origem do -c- das formas perco, perca, percas... (do verbo irregular perder) partindo da forma latina, que tinha -d-: perdo, perdis, perdere, etc.

Obrigado.

Marta Rocha Professora Luanda, Angola 18K

Quando queremos dizer que um aluno necessita de reforçar determinado conteúdo ou aprendizagem efetuada, dizemos que ele «carece reforçar» ou «carece de reforçar»?

Tenho sempre dúvida se deverei colocar ou não a preposição.

Marlon Saveri Estudante Ribeirão Preto, Brasil 62K

Minha dúvida é sobre a regência do verbo auxiliar.

Devo dizer «este programa auxiliou a detecção de erros», «este programa auxiliou à detecção de erros», ou «este programa auxiliou na detecção de erros»?

O dicionário indica que auxiliar é transitivo direto, porém acredito que se considerem «pessoas» como objeto direto e «detecção de erros» como complemento.

Por exemplo: «Este programa auxiliou-nos na detecção de erros.» Ao se retirar tal objeto, a forma correta da construção apresentada seria, portanto, «este programa auxiliou na detecção de erros»?

Maria Paulino Professora Funchal, Portugal 5K

A palavra "coensaio" existe? Pela lógica de coeducação, é correto usar "coensaio"? Ou "co-ensaio"?

Joana Rocha Desempregada Porto, Portugal 9K

Relativamente à posição dos pronomes pessoais em adjacência verbal, uma das regras é que o pronome deve ser colocado antes do verbo quando está integrado numa oração subordinada.

Ex.: «Tu prometeste que consertarias a fechadura.»/«Tu prometeste que a consertarias.»

Então, por que motivo na frase «Não te preocupes, que ele repõe o dinheiro», se tivermos de substituir «o dinheiro» por um pronome pessoal, a frase fica «Não te preocupes, que ele repõe-no.» Nesta frase o pronome também não está integrado numa oração subordinada?

Obrigada.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 9K

No poema a seguir, gostaria de saber como interpretar o valor estilístico do termo relógio. Poderia ser considerado uma metonímia referente ao tempo ou à passagem do tempo?

Obrigado.

REGISTRO IMPLACÁVEL


Do alto da igreja-matriz
Espreita o relógio arcano
Seus ponteiros marcam sutis
A realidade presente
Num inexplicável engano


Espia homens que passam
Fruindo um tempo fecundo
Felizes e despreocupados
Com a vida que viaja
Num curtíssimo segundo


Para ele, nada é obscuro,
Pois tudo vê e verá
Do passado e do futuro
E a vida fica contida
Nesse caminho circular


A todos, do relógio vela
O olhar aborrecido
Confrontando, inerte e mudo,
Todo sonho inalcançável
Todo desejo reprimido


Se algo de fato assinala
A sua continuada ação,
É o ilusório valor
De um descuidado viver
Sem a morte por condição.