Examine-se a seguinte frase:
«O professor foi veementemente criticado por seu melhor amigo, que sou eu mesmo.»
Parece-me que a concordância está correta: o verbo ser concordando com o predicativo representado pelo pronome pessoal eu.
No entanto, nesta outra frase, com uma locução verbal: «O professor foi veementemente criticado por seu melhor amigo, que vem [venho?] a ser eu mesmo», parece ser a concordância na terceira pessoa a mais indicada.
Gostaria de um comentário a respeito, o qual desde já agradeço.
O verbo apor é regido pela preposição em, ou por a?
Ex.: «A marca deve ser aposta na embalagem», ou «A marca deve ser aposta à embalagem»?
Qual dos dois é correcto?
Lendo um conto ["O cobrador"] de Rubem Fonseca encontrei a palavra bocalivrista; alguém sabe seu significado? Reporto o período que contém a palavra:
«Ele tem o ar petulante e ao mesmo tempo ordinário do ambicioso ascendente egresso do interior, deslumbrado de coluna social, comprista, eleitor da Arena, católico, cursilhista, patriota, mordomista e bocalivrista, os filhos estudando na PUC, a mulher transando decoração de interiores e sócia de butique.»
Obrigado.
1 "O Cobrador" in O Cobrador, Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1979, p. 165.
O motivo de vos escrever prende-se com uma dúvida acerca da hifenização de um termo específico no novo acordo ortográfico: "anti-spam".
De acordo com as regras do novo acordo ortográfico descritas por várias fontes, esta palavra deveria ficar como "antisspam", pois o hífen "cai" e a consoante s é duplicada.
A minha questão é: o facto de a palavra spam ser um estrangeirismo influencia de alguma maneira a aplicação desta regra? Assim, como deve ficar o termo: "antispam", ou "antisspam"? Eu procuro esta informação especificamente para português do Brasil, mas imagino que funcione tanto para português de Portugal como para português do Brasil.
Muito obrigado pela vossa ajuda.
Quais são as diferenças entre «no caso de» e «em caso de»?
Li em tempos, julgo que aqui nas Ciberdúvidas, que o som /x/, em palavras provenientes de línguas que não usam o alfabeto latino, se deve grafar x, e não ch. Assim, a palavra que em inglês se escreve shisha, que provém do persa (designação de um tipo de tabaco e, por extensão, do cachimbo de água com que é fumado), não deverá em português escrever-se "xixa", e não "chicha", como encontro em algumas páginas da Internet?
Gostava ainda, caso a primeira asserção esteja correcta, que me indicassem bibliografia para o mencionado preceito de transcrição.
Muito grato pela atenção.
Ainda na sequência das nossas discussões a propósito do predicativo do sujeito e após ter feito uma leitura concentrada da referida gramática de Lindley Cintra, devo ainda colocar algumas questões
(i) «Rico, desdenhava dos humildes.»
«Rico» trata-se de um predicativo do sujeito em construção elíptica, ou de um modificador apositivo do sujeito nulo subentendido (à luz do DT, está claro)? Porquê? Quando temos construções elípticas deste género (se é que as temos...)? Se mo perguntassem, diria que só ocurriam em frases sem qualquer verbo...
Obrigado.
Sendo a maçazeira a árvore que dá maçãs, o que é a macieira? A árvore que dá "macias"?
Hoje o meu filho perguntou-me se existia a palavra "mantelar". Eu sei que não existe, mas qual a razão de, não existindo "mantelar", existir desmantelar, que é uma palavra tão usual?
Obrigada.
Qual o significado de «com pompa e circunstância»?
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