DÚVIDAS

Nomes portugueses para cerâmica grega e romana
Venho por meio desta tentar sanar algumas dúvidas quanto à melhor forma de aportuguesar os nomes de alguns tipos cerâmicos provenientes da Grécia e Roma antigas. Para muitos, se não todos, é fácil presumir algumas possibilidades, mas eu gostaria de conferir convosco, visto que são habilidosos no assunto e têm acesso a excelentes fontes, a melhor opção. São eles: kálathos (presumo "cálato"); kálpis (presumo "cálpis" ou "cálpice" como em pyxis, que ficou píxide em português); psyktér (presumo "psítere"); kylix (presumo "cílice" e achei uma fonte com essa forma); rhyton (achei algumas fontes como "ríton", mas gostaria de checar); loutrophoros (presumo "lutróforo"); askos (presumo "asco"); skýphos (presumo "escífo" e achei uma fonte); kérnos; pinakion (presumo "pinácio"; há fontes que preferem traduzir como "prato de peixe" pela recorrência desse tipo de representação nos vasos); cotyla/cotyle (presumo "cótila" ou pelo menos "cotila"); lydion (presumo "lídio" por tratar-se dum vaso da Lídia); bucchero; lebes; chytra/olla; stamnos (presumo "estamno"); pelike (presumo "pélica"). Agradeço de antemão pela ajuda.
Refugiados, e não migrantes
«(...) A palavra migratório está indevidamente usada. A maioria das pessoas que está a chegar [à Europa] são pessoas que fogem aos conflitos, à guerra. Estamos, de facto, perante uma crise que é, essencialmente, uma crise de refugiados, e não uma crise migratória. No caso italiano, haverá 50/50 das duas situações: migração económica e perseguição política ou fuga ao conflito. Mas, do lado grego, que é o que agora importa, a esmagadora maioria, mais de 80%, são pessoas a fugirem de situações de conflito absolutamente dramáticas, a tentarem salvar as suas vidas e a tentarem reconstruir o seu futuro» [António Guterres, alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados, em entrevista à Rádio Renascença]. Havendo no Ciberdúvidas vários esclarecimento sobre a diferença entre emigrante e imigrante, a verdade é que em nenhum deles se faz a distinção do termo migrante. Pergunto por isso: há razão nesta chamada de atenção de António Guterres? Trata-se de mais uma impropriedade semântica, tão comum na comunicação social portuguesa, como são os casos "perdidos" das tragédias que passaram a ser «humanitárias» e os dias de sol tornados «solarengos», por exemplo? Os meus agradecimentos.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa