Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Maria Silva Professora Rio Maior, Portugal 7K

Na frase «o João zangou-se com o Ricardo», que subclasse de verbo temos? Transitivo indireto?

Muito obrigada.

Marcos Helena Estudante Lisboa, Portugal 7K

Tenho certa crença nas "convulsões" de que fala Ricardo Araújo Pereira:

«Recepção escreve-se com p atrás do ç. É assim porque o p provoca uma convulsão no e – sem lhe tocar. E eu tenho alguma afeição por quem consegue fazer isso.

Ler mais aqui.

Não preciso de o dizer [...] [e] não vos pretendo, portanto, maçar mais nesse âmbito, pelo que me refiro agora ao caso do verbo poder.

a) pod<e

b) pud<e

Ora, terá o u esse venerável poder de provocar uma dessas «convulsões sem contacto» no e próximo? Para esta palavra, não nos custa listar mais um parzinho idêntico: «poder/puder»... Mas haverá fundamento linguístico para esta sugestão? E noutras palavras, há traço do fenómeno?

Agradecido.

André Brandão Professor Anadia, Portugal 13K

Há alguns dias, ao encontrar a palavra régie escrita, pareceu-me que o acento gráfico estava a mais, uma vez que, habitualmente, ouvimos a palavra tendo -gie como sílaba tónica. Verifiquei que a forma com acento aparece nos dicionários que consultei. Por que razão isto acontece? Pronunciamos mal a palavra? É por ser uma palavra francesa? Se sim, não deveria aparecer sempre em itálico?

Ana Oliveira Professora Fátima, Portugal 9K

Gostaria que me esclarecessem acerca da classificação da segunda oração que ocorre na frase: «A mortalidade já atingiu níveis próximos do zero, pelo que ninguém espera uma nova redução até ao final do século.» O seu sentido parece estar de acordo com a natureza das orações coordenadas conclusivas (introduzidas pela locução «por isso»), no entanto, a relação de causa-consequência que estabelece com a oração anterior poderá aproximá-la das orações subordinadas adverbiais consecutivas. Uma vez que o Dicionário Terminológico não esclarece esta situação, será que me poderão apresentar outros argumentos inequívocos?

Antecipadamente, agradeço a vossa atenção.

Miguel Gil Funcionário autárquico Portimão, Portugal 7K

O habitante ou natural de Alvor (Algarve) é um "alvoreiro", ou é um "alvorense"?

Misael Abreu Estudante Simão Dias - Sergipe, Brasil 8K

O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, em sua versão eletrônica (Rio de Janeiro: Objetiva, 2009), diz o seguinte, numa nota à segunda acepção do vocábulo circunflexo:

«Na ortografia do português, [o acento circunflexo] sobrepõe-se às vogais tônicas /e/ e /o/, indicando-lhes o timbre fechado em palavras oxítonas ou proparoxítonas (como alô, malê, êxito, côvado); sobrepõe-se ainda ao /a/ tônico seguido de n ou m, em palavras paroxítonas terminadas em consoante que não o s (âmbar) e em alguns vocábulos tomados de empréstimo ao inglês (bônus, tênis etc.).»

No entanto, o próprio dicionário registra palavras como câimbra e zâimbo, nas quais a letra que segue o a com acento circunflexo (â) é um i, e não m ou n. Assim, como explicar a acentuação dessas palavras? Trata-se de casos especiais? Há alguma motivação especial para a existência dessas formas ao lado de cãibra e zãibo?

Geobson Freitas Silveira Funcionário público Bela Cruz, Brasil 6K

Ouço muito as pessoas fazerem uso da locução «fora que» para acrescentar algo.

Gostaria de saber se a norma culta registra essa construção ou se fica só para uso coloquial. Ex.: «Suas palavras não me comovem, fora que já estou ficando chateado com tudo isso.»

Marcelo Barros Militar da reserva Burlington, Wisconsin, EUA 5K

Gostaria de saber se existe em português o correspondente à expressão inglesa frame story, a qual é, de acordo com a Wikipedia em inglês: «A frame story (also known as frame tale, frame narrative, etc.) is a literary technique that sometimes serves as a companion piece to a story within a story, whereby an introductory or main narrative is presented, at least in part, for the purpose of setting the stage either for a more emphasized second narrative or for a set of shorter stories. The frame story leads readers from a first story into another, smaller one (or several ones) within it.»

Traduziria eu assim: «É uma técnica literária que algumas vezes serve como peça associada a uma história dentro de uma história, por meio da qual uma narrativa introdutória ou principal é apresentada, pelo menos em parte, com o propósito de estabelecer o cenário tanto para enfatizar melhor a segunda narrativa como para uma série de histórias curtas. A frame story conduz os leitores a transporem-se de uma primeira história para outra menor (ou várias menores) dentro dela.»

A expressão correspondente a frame story poderia ser «história intercalada»?

Agradeço antecipadamente a gentileza de vossa resposta.

Nuno Fernandes Estudante Lisboa, Portugal 22K

Antes de mais, gostaria de elogiar a utilidade deste vosso projecto, que me tem ajudado bastante ao longo dos anos em que tenho vindo a estudar.

[Uma questão], que espero que me possam esclarecer: retificar e ratificar são, indiscutivelmente, palavras antónimas, ou há a possibilidade de se considerar que não o são?

Obrigado, antecipadamente, pela vossa resposta.

Maria Mendes Docente Montijos Monte Redondo, Portugal 4K

«Tomou-o um anjo nos braços.»

Qual a função sintática de «nos braços»?