O verbo combinar, estando ou não no infinitivo, e seguido de um verbo no infinitivo, não aceita a preposição de. Assim sendo, no exemplo apresentado pela consulente, o correto será dizer «combinar ir à festa com os amigos», sem preposição depois de «combinar» (cf. Winfried Busse, Dicionário Sintatico de Verbos Portugueses, Coimbra, Almedina, 1995; e J. Malaca Casteleiro, Dicionário Gramatical de Verbos Portugueses, Lisboa, Texto Editores, 2007.
Observe-se, contudo, que, em fonte brasileiras (cf. Dicionário Houaiss de Verbos da Língua Portuguesa, Rio de Janeiro, Editora Objetiva, 2003, pág. 274), se regista o uso de combinar com preposição em, antes de infinitivo: «Os doutores combinaram em assinar a pauta» (ibidem, sublinhado nosso; ver também Francisco Fernandes, Dicionário de Verbos e Regimes). Assinale-se, porém, que uma consulta do Corpus do Português (de Mark Davies e Michael Fereira) permite detetar que, em textos do português do Brasil, o verbo combinar também se combina geralmente sem preposição com infinitivo; curiosamente, os dois exemplos de infinitivo preposicionado que ocorrem em textos do Brasil não exibem a preposição em, mas sim a preposição de: «Minha mãe era amiga da bibliotecária e elas combinaram de dizer para as freiras que eu ficaria a semana toda na casa dela [...]»; «[...] nós combinávamos de ir na rua Santa lfigênia [...]. Trata-se de duas ocorrências em textos que parecem estar marcadas pela oralidade e que não se encontram legitimadas pelas obras descritivas e normativas brasileiras a que temos acesso.