As palavras Raul, Paul e Saul escrevem-se deste modo ou com acento na letra u (ú), como Raúl, Paúl e Saúl?
Me chamou a atenção quando li outro dia - letra de fôrma.
Fôrma leva realmente acento no caso acima?
Parabéns pela página e o serviço prestado com ela.
Qual é o inverso (ou será oposto?) de subconjunto? Um conjunto pode ser decomposto em subconjuntos. Se tivermos vários conjuntos e os quisermos englobar num só, como podemos designar este? Será super-conjunto, comparável ao inglês "superset"?
O termo feedback já é deveras conhecido pela maioria dos falantes lusos. Se bem que, como acontece na grande parte dos estrangeirismos, poderemos substituí-lo por uma expressão portuguesa que traduza rigorosamente a sua ideia.
Dentro das diversas acepções, a que mais me chama à atenção é quando "feedback" se encotra inserido num contexto de comercialização/promoção e se pede ao consumidor o seu feedback acerca do produto/serviço em causa. Poderíamos dizer: A "aceitação" do consumidor para o produto/serviço...?
Alguns dias atrás, li a resposta a uma antiga pergunta de José C. Lopes com o título Quirolidade (Respostas Anteriores; Janeiro). Uma vez que a resposta não está correcta, decidi enviar esta correcção.
A palavra que o Sr. José Lopes procurava é quiralidade ("chirality", em inglês). É um termo muito usado em química (mais especificamente em assuntos de estereoquímica), mas ainda continua arredado dos dicionários portugueses (consultei vários; apenas o Novo Dicionário Aurélio (2ª ed., 1986) apresenta as entradas Quirais e Quiralidade). Não surpreende, pois, que o Prof. Doutor João D. P. Correia a desconheça.
O termo quiralidade significa a não-sobreponibilidade dum determinado objecto e a sua imagem num espelho plano. Este termo foi proposto e definido por Lord Kelvin em 1893: "Chamo quiral qualquer figura geométrica ou grupo de pontos, ou digo deles que têm quiralidade, se a respectiva imagem num espelho plano, mentalmente realizada, não puder ser levada a coincidir com a própria figura". O exemplo clássico de uma estrutura quiral é o das nossas mãos: a imagem da mão direita num espelho plano é a mão esquerda; como a mão direita e a sua imagem (a mão esquerda) não são sobreponíveis, nós dizemos que elas são quirais (tanto a mão direita como a mão esquerda, obviamente!). Situação análoga é a dos parafusos: um parafuso de rosca direita tem como imagem, num espelho plano, um parafuso de rosca esquerda. Apesar disso, os dois parafusos não são sobreponíveis; logo são quirais. Se os dois parafusos forem idênticos em tudo (mesmo material, mesmas dimensões) com excepção do sentido da rosca, podemos dizer que eles são enantiómeros um do outro (ver, por exemplo, enantiomorfismo no dicionário da Porto Editora).
Relativamente às palavras quirologia e quiromancia provavelmente terão a mesma origem que quiralidade, mas são usadas em contextos totalmente diferentes.
Nota: A citação de Lord Kelvin foi retirada do livro Química Orgânica de R. Morrison e R. Boyd (Tradução de Manuel Alves da Silva); Edição da Fundação Calouste Gulbenkian.
Está a ser muito frequente ver-se nos documentários e reportagens televisivas referir que determinado fulano é operador de "camera" em vez de "câmara" e também começa a vulgarizar-se nos nossos média falar-se em "repertório" em vez de "reportório".
São mais dois casos dignos do Pelourinho, ou sou eu que nada sei de português moderno?
Torno a fazer a pergunta por não ter ficado bem elucidado. Se as palavras "tórax" e "pneumotórax" não têm plural, por que razão o plural de Hemitórax é Hemitoraces?
Não está correcta a resposta dada a esta pergunta. (Cf. Oximetria de pulso).
A oximetria de pulso é uma técnica não invasiva de medir, não os gases do sangue arterial, mas tão só a saturação do oxigénio arterial, por via transcutânea.
Se me puder alongar na explicação, posso informar que é um método de análise e controle (controlo?) da saturação da hemoglobina pelo oxigénio do sangue arterializado feita através de sensores de infravermelhos e que se podem colocar na polpa de um dedo ou no lobo da orelha. Esta técnica incruenta permite uma avaliação continuada do modo como o sangue se mantém mais ou menos oxigenado e é frequentemente utilizada em doentes com insuficiência respiratória.
"Não pode perceber a razão por que (ou porque?) se demitiu" é a mesma coisa que "... a razão pela qual..."? Ou a primeira é mais correcta?
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