Julgando que o problema já se encontrava ultrapassado, pensei que não era necessário voltar a dar qualquer opinião. Por outro lado, não pude responder mais cedo, visto que, durante algum tempo, estive fora de Lisboa, e, ao regressar, tive de me ocupar de problemas pessoais de carácter urgente. Mas, visto que sou solicitado a fazer uma última apreciação, devo dizer que o colega Augusto Tomé, da Universidade de Aveiro, tem razão no que afirma, lembrando que o termo quiralidade já se encontra aceite na especialidade, e, além disso, registado por um importante dicionário como o habitualmente designado "Aurélio". A minha resposta ao Sr. José Lopes continha a proposta de quirolidade, que assentava nos princípios gerais de formação de palavras em português com elementos gregos, e que eu poderia ainda sustentar de uma forma teórica. No entanto, a construção de uma língua faz-se também, e sobretudo, a partir do uso prático, principalmente no que toca a termos técnicos. Como neste caso, eles deverão ser os justificadamente aceites ou propostos pelos especialistas. É de agradecer a explicação cuidadosa recebida de Augusto Tomé.