Ao ler livros e revistas dos anos 60 portugueses e também em muitos filmes, aparece essa expressão para adjectivar uma série de realidades desde a música ao estilo passando pelo modo de vida dos jovens de então. Confesso que sou totalmente incapaz de perceber o que tal expressão poderá querer dizer, será a versão lusa dos “sixties”?, pelo que pedia a vossa ajuda, o que já agradeço. Acrescento que nasci em 1965 e não me lembro de eu ou alguém da minha geração usar alguma vez essa expressão.
Sou professora de LP do ensino médio, e surgiu-me uma dúvida acerca da função sintática do pronome átono nas orações que introduzem as infinitivo-latinas. Alguns autores ( poucos) classificam o pronome, por exemplo, "Deixaram-me sair", como exercendo dupla função sintática, a de sujeito da segunda e objeto da primeira, e eu acho um conceito lógico, uma vez que os oblíquos funcionam geralmente como objetos. Sobretudo, quando sabemos que os verbos acusativos e sensitivos são TD, é que o conceito ganha mais logicidade. Eu gostaria de saber se constitui erro essa dupla classificação, uma vez que colegas meus teimam em discordar. Alguns autores destacam muito bem essa dupla classificação: Faraco e Moura, Florianete e Margareth, Napoleão Mendes, e Dirceu Rabelo, os demais, em sua maioria, relevam sobretudo o contrário: o pronome só possui função subjetiva da segunda oração e não objetiva da primeira. O que eu discordo.
E vocês? O que acham?
Eu gostaria de saber algo sobre a palavra põem. Quantas sílabas tem? Na fala rápida pode ser pronunciada a palavra põem como põe? (Uma vez que as palavras tem e têm muitas vezes podemos ouvir pronunciadas do mesmo jeito).
Obrigado.
Gostaria de saber o que é o Parnasianismo, o Realismo e o Impressionismo e como detectar estas correntes literárias na poesia de Cesário Verde?
Sou estudante de Letras e gostaria de saber por que corcel é sinônimo de cavalo, tem algum “fator” linguístico?
Gostaria de saber se existe algum caso na língua portuguesa, onde a expressão "Em outras palavras" não sirva para se introduzir uma constatação.
Com o novo acordo, como se escreve boates?
A pergunta é: existe uma palavra estúpida, peço desculpa, que eu não sei escrever com o novo acordo, que é boates: uma casa onde trabalham prostitutas.
Em resposta à pertinente dúvida sobre a grafia de "antraz/anthrax", os utilizadores do ciberduvidas.com encontram num tom algo irónico (como, aliás, tem vindo a ser hábito) a resposta que passo a transcrever:
"Na língua inglesa optou-se por utilizar uma grafia mais próxima da grega, com o xis no final: «anthrax». No entanto, o termo em português é antraz. Se por algum preciosismo ou por pretensão, o redactor quiser dar a impressão de que conhece o grego e pretender usar a forma em língua estrangeira, deve colocar a palavra entre aspas ou em itálico."
(Amílcar Caffé)
Ora, não só o tom irónico demonstra aqui uma extrema prepotência, como, mais grave, esconde uma grande ignorância sobre a matéria. Sou redactora, não sei grego, mas escrevo "anthrax": não por preciosismo ou pretensão, mas, simplesmente, por uma questão de correcção! Agradecia, pois, que procedessem às devidas alterações:
O antraz é uma infecção estafilocócica que se manifesta por uma acumulação de furúnculos e nada tem a ver com anthrax, provocado pelo Bacillus anthracis. Aliás, a forma correcta de designar a doença que tem vindo a afectar algumas pessoas nos Estados Unidos é, na verdade, "carbúnculo".
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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