Na minha opinião, o pronome átono nunca é sujeito. Assim, na frase que dá como exemplo, me (= a mim) é complemento indirecto, sendo o predicado deixaram e sair o seu complemento directo. O sujeito ou é indeterminado ou então elíptico (subentende-se um eles qualquer). Já, se estiver escrito (como se ouve) deixaram eu sair, pode-se considerar que se trata de duas orações: deixaram e eu sair, sendo a segunda o complemento directo da primeira e tendo sujeito próprio (eu). Neste segundo caso há, de facto, construção semelhante à de uma infinitiva latina, excepto em que o sujeito desta (em latim) teria de ir para o acusativo (me), enquanto em português tem de estar em nominativo (eu). Claro que pode haver outras teorias, pois o assunto não é assim tão simples.