A maioria das perguntas recebidas tem ultimamente incidido sobre o significado, a forma e a pronúncia de vocábulos. É habitual a pergunta: «Esta palavra existe?». Com ela, manifestam-se, pelo menos, duas preocupações: a de sermos adequados perante os nossos interlocutores, não usando formas que lhes são estranhas; e a de que o discurso tenha relevância para eles, isto é, que se mantenha em ligação com a realidade que constitui e envolve a comunicação. Os consulentes mostram assim que as palavras nos ligam à dinâmica da sociedade e do mundo.
Parte dessa realidade é a cultura em que as palavras surgem e são usadas. Uma tarefa exigente é a de ligar as palavras a uma forma originária e ao seu contexto (etimologia), repisando o caminho que tomaram até estarem hoje disponíveis para o nosso discurso. É por isso que o novo Pelourinho recorda a diferença entre cinquentenário e quinquagenário.
E assim falámos mais uma vez de presente e do passado a propósito da Língua Portuguesa, para pensarmos afinal no seu lugar no mundo, isto é, no seu futuro.
P.S. – Assinala-se neste 30 de Janeiro de 2006 quatro anos do falecimento de João Carreira Bom, a quem o Ciberdúvidas deve a sua existência. A homenagem, e a saudade, de todos os que contribuímos para a continuação deste projecto em prol da Língua Portuguesa, que ele tanto prezou em vida – até na forma superior como escrevia.
“Salzburgo” ou “Salisburgo”? Qual das duas formas aportuguesadas do nome da cidade austríaca é a mais correcta?
A palavra ‘areté’, proveniente do grego e que em português só encontro como parte de aretologia, pode ser escrita como se indica? É masculina ou feminina? Tem plural?
O que, como é ou qual é a “Ortografia Oficial”?
Deve escrever-se “exigencial” ou “exigêncial”?
Escreve-se guerra fria ou guerra-fria? E deve ser colocado em maiúsculas ou minúsculas?
Encontrei num artigo no Diário de Notícias a palavra serendipista.
Gostaria de saber o significado.
Obrigado.
Além de outros significados, esta palavra significa «um som curto e seco», na língua inglesa "short snapping sound". Em português já é de uso comum, na linguagem popular, mas aparentemente nada consta nos dicionários da língua portuguesa.
Gostaria de saber quando podemos falar em desnasalação na evolução da língua portuguesa. Será que sempre que existe um "m" final (multum) é uma desnasalação ou uma apócope?
Obrigada.
Gostaria de saber se posso enunciar o verbo “acordar” («despertar») de uma forma reflexiva.
Exemplo:
«Geralmente acordo-me cedo!»
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações