Acabo de ouvir mais ou menos isto:
«... dotar os bombeiros de equipamento tecnológico de combate a fogos florestais...»
Da consulta a Pedro Machado e Houaiss colhi que o equipamento será «técnico», incorporando técnicas e tecnologias, não sendo ele em si um produto tecnológico, mas resultado da tecnologia. Das acepções para «tecnologia» colho «ciência ou tratado das artes e ofícios em geral». Dada a reconhecida competência linguística de quem usou a expressão pergunto: se «tecnológico» é «relativo ou pertencente às artes e ofícios» e se qualquer equipamento é relativo, está relacionado com a tecnologia que incorpora e com os ofícios que o produziram, está portanto bem empregue a expressão?
Muito obrigado.
Gostaria de saber se posso usar a palavra imacular com o sentido de tornar puro ou tornar limpo. Caso esta palavra não exista, poderei fazê-lo usando aspas ("imacular")?
Obrigado.
A expressão «Hão-se de ler nesta História...» consta do I capítulo da História do Futuro, do Padre António Vieira.
Parecendo-me estranha, porque não me lembro de a ter jamais ouvido ou lido, ela parece-me todavia tão lógica como «tem-se de...», aliás mais lógica do que o hífen em «hão-de» para o qual não vejo nenhuma função e, ao que já li no vosso esplêndido "site", está já condenado à extinção.
A minha questão é a seguinte: é ainda correcto aplicar aquela expressão de Padre António Vieira ou trata-se de termo eventualmente utilizado no século XVII e que já se não deve utilizar hoje?
Gostaria de saber se a conjugação do verbo «aperceber-se» tem alguma regra constante quanto ao que se lhe segue, como por exemplo: «Apercebi-me que me tornei mais alegre», ou
«apercebi-me de que me tornei mais alegre»?
É um pouco dificil distinguir entre o «perceber» (que é geralmente «percebi que») e o «aperceber-se», mas tenho ideia que se usam de maneira diferente.
O que acham?
Obrigada.
Na região de Sever do Vouga e também em Oliveira de Frades ouve-se com alguma frequência, sobretudo pelos mais idosos, a expressão «não tem duda» quando estes querem dizer «Não faz mal».
Sabem me dizer de onde é que originou esta expressão?
Gostaria de saber se a letra h não é mais considerada consoante. Desde quando?
Foi-me dito que o prefixo «ex-» tem uma conotação pejorativa, pelo que devemos utilizar, por exemplo «antigo namorado» em detrimento de «ex-namorado». É correcto?
Sei que a palavra ‘murcus’, em latim, significa «palerma» ou «estúpido» (Santo Agostinho usa o termo na Cidade de Deus, no quarto livro, capítulo 16). Já li aqui no Ciberdúvidas que a única etimologia registada do regionalismo morcão, com o significado de indivíduo estúpido ou mandrião, é "morcón", do castelhano, referente a «morcela». No entanto, parece-me uma coincidência demasiado grande para ser ignorada. Seria possível contactar algum etimologista que verificasse esta conjectura?
Será que posso utilizar num documento científico o anglicismo "gendrizar", formado a partir do substantivo "gender"? Como devo proceder quando quero significar algo definidor de género?
Em meu trabalho faço algumas revisões de textos científicos e vejo com freqüência o seguinte tipo de redação:
a) «Os animais tiveram seu peso aumentado.»
Para mim soa muito mal e prefiro uma redação mais direta, do tipo:
b) «O peso dos animais aumentou.»
Contudo, não sei se a redação a) é gramaticalmente correta ou não, apesar de horrível. Alguém poderia me ajudar?
Obrigado.
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