Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Eduardo Esteves Informático reformado Laranjeiro, Portugal 2K

Acabo de ouvir mais ou menos isto:
«... dotar os bombeiros de equipamento tecnológico de combate a fogos florestais...»
Da consulta a Pedro Machado e Houaiss colhi que o equipamento será «técnico», incorporando técnicas e tecnologias, não sendo ele em si um produto tecnológico, mas resultado da tecnologia. Das acepções para «tecnologia» colho «ciência ou tratado das artes e ofícios em geral». Dada a reconhecida competência linguística de quem usou a expressão pergunto: se «tecnológico» é «relativo ou pertencente às artes e ofícios» e se qualquer equipamento é relativo, está relacionado com a tecnologia que incorpora e com os ofícios que o produziram, está portanto bem empregue a expressão?
Muito obrigado.

Hernâni Pinho Portugal 7K

Gostaria de saber se posso usar a palavra imacular com o sentido de tornar puro ou tornar limpo. Caso esta palavra não exista, poderei fazê-lo usando aspas ("imacular")?
Obrigado.

Nuno Jordão Portugal 7K

A expressão «Hão-se de ler nesta História...» consta do I capítulo da História do Futuro, do Padre António Vieira.
Parecendo-me estranha, porque não me lembro de a ter jamais ouvido ou lido, ela parece-me todavia tão lógica como «tem-se de...», aliás mais lógica do que o hífen em «hão-de» para o qual não vejo nenhuma função e, ao que já li no vosso esplêndido "site", está já condenado à extinção.
A minha questão é a seguinte: é ainda correcto aplicar aquela expressão de Padre António Vieira ou trata-se de termo eventualmente utilizado no século XVII e que já se não deve utilizar hoje?

Maria do Carmo Cabral Gouveia Inglaterra 23K

Gostaria de saber se a conjugação do verbo «aperceber-se» tem alguma regra constante quanto ao que se lhe segue, como por exemplo: «Apercebi-me que me tornei mais alegre», ou
«apercebi-me de que me tornei mais alegre»?
É um pouco dificil distinguir entre o «perceber» (que é geralmente «percebi que») e o «aperceber-se», mas tenho ideia que se usam de maneira diferente.
O que acham?
Obrigada.

António Gonçalves Pereira Sever do Vouga, Portugal 6K

Na região de Sever do Vouga e também em Oliveira de Frades ouve-se com alguma frequência, sobretudo pelos mais idosos, a expressão «não tem duda» quando estes querem dizer «Não faz mal».
Sabem me dizer de onde é que originou esta expressão?

Eliane Assumpção Brasil 16K

Gostaria de saber se a letra h não é mais considerada consoante. Desde quando?

Nazaré Dias Portugal 13K

Foi-me dito que o prefixo «ex-» tem uma conotação pejorativa, pelo que devemos utilizar, por exemplo «antigo namorado» em detrimento de «ex-namorado». É correcto?

Manuel Anastácio Professor do ensino básico Guimarães, Portugal 7K

Sei que a palavra ‘murcus’, em latim, significa «palerma» ou «estúpido» (Santo Agostinho usa o termo na Cidade de Deus, no quarto livro, capítulo 16). Já li aqui no Ciberdúvidas que a única etimologia registada do regionalismo morcão, com o significado de indivíduo estúpido ou mandrião, é "morcón", do castelhano, referente a «morcela». No entanto, parece-me uma coincidência demasiado grande para ser ignorada. Seria possível contactar algum etimologista que verificasse esta conjectura?

Isabel Henriques de Jesus Professora do ensino superior Portugal 2K

Será que posso utilizar num documento científico o anglicismo "gendrizar", formado a partir do substantivo "gender"? Como devo proceder quando quero significar algo definidor de género?

Francisco Blazquez Brasil 3K

Em meu trabalho faço algumas revisões de textos científicos e vejo com freqüência o seguinte tipo de redação:

a) «Os animais tiveram seu peso aumentado.»

Para mim soa muito mal e prefiro uma redação mais direta, do tipo:

b) «O peso dos animais aumentou.»

Contudo, não sei se a redação a) é gramaticalmente correta ou não, apesar de horrível. Alguém poderia me ajudar?

Obrigado.