Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Gabriel Neves Professor Lisboa, Portugal 9K

A tradução de acrónimos usados em ciência (onde o inglês desempenha o mesmo papel que o latim desempenhou) é um erro, pois o grande número destes leva a confusões desnecessárias; p. ex. ATP e TPA, sendo o 1.º o acrónimo para trifosfato de adenosina (adenosine triphosphate) e o 2.º para activador tecidual do plasminogénio (tissue plasminogen activator); o resultado é a troca em português de duas moléculas completamente diferentes.

O meu reparo deve-se à vossa sugestão de uso de ADN em vez de DNA, que tem sido bastante usado pela comunicação social e público em geral. Para além do que referi acima, limita a pesquisa na Internet, não permitindo encontrar as páginas com melhor informação.

No entanto, LASER (em vez de ALEER) sendo também um acrónimo, parece ser bem aceite no Ciberdúvidas... E mais, numa área relativamente nova como a informática, seria o caos a tradução de acrónimos de extensões de ficheiros como "jpeg" (Joint Photographic Experts Group) ou "pdf" (Portable Document Format).

Orlando Gonçalves Professor Lisboa, Portugal 26K

Acompanhando a polémica sobre o novo acordo ortográfico com bastante interesse (e com opiniões divididas sobre alguns aspectos do mesmo) gostaria de esclarecer uma dúvida sobre a questão da dupla grafia de várias palavras. Segundo o que tenho lido (e consultado, p. ex., no dicionário da Texto Editora), a grafia de palavras como facto passará a depender única e exclusivamente da sua pronúncia. Se se pronunciar o 'c', escrever-se-á 'facto' (caso de Portugal); se não se pronunciar, escrever-se-á 'fato' (caso do Brasil).

Todavia, existem palavras da mesma família de facto, como factor, factorização, etc., cujo 'c' não se pronuncia em Portugal. A minha dúvida é esta: por uma questão de coerência, considero que deveria escrever todas esssas palavras da mesma família com o 'c', mesmo quando este não fosse pronunciado. Poderei fazer isso, ou o critério fonético será o obrigatório? É de se notar que todas as palavras supracitadas admitem dupla grafia, embora não tenha ficado muito claro até agora se a dupla grafia se pode utilizar no mesmo país, ou se servirá apenas para distinguir como se escreverão as palavras pronunciadas de forma diferente em Portugal e no Brasil.

Luís Simão Estudante Lisboa, Portugal 10K

Gostava de saber se é correcta a utilização das expressões "gongórico" e "gongorismo" e a génese dessas expressões.

Obrigado.

Rafael Silva Desempregado Vila Nova de Gaia, Portugal 4K

Como se deve escrever: "booleano", ou "booliano"? Penso que deve ser a última (de "Boole" + "-iano").

Desde já, obrigado pela resposta.

Ismael Castro Estudante Santa Maria da Feira, Portugal 4K

Como se conjuga o verbo gerir no presente do conjuntivo?

«Que eu gire, que tu giras, que ele gira, que nós giremos, que vós gireis, que eles giram»?

 

Joaquim Gomes Miranda Advogado Sorocaba, Brasil 3K

Qual a origem dos topônimos Alfocheira, Prilhão e Talasnal? Acrescento que são lugares do município da Lousã (Portugal).

Meus cumprimentos pelo vosso excelente trabalho em relação à língua portuguesa.

Ana Vicente Professora Lisboa, Portugal 6K

Relativamente à frase «Nos grandes campos nascem papoilas e flores amarelas», «Nos grandes campos» é grupo nominal, ou grupo móvel?

Grata pela atenção.

Maria Cristina Custódia Maia Professora Figueira da Foz, Portugal 12K

Porquê a forma ei-la, e não "eis-la"?

Obrigada!

Rafael Silva Desempregado Vila Nova de Gaia, Portugal 6K

Gostaria de saber qual a melhor tradução para substituir o anglicismo pack. Encontrei em dicionários traduções como «pacote», «fardo», etc. Por exemplo, como devo dizer para substituir pack numa frase como: «Comprei um pack de cervejas»?

Desde já, obrigado. E continuem com o vosso (ou deveria ser "seu"?) bom trabalho.

Luís Graça Professor do ensino superior universitário Lisboa, Portugal 6K

A toponomia da Guiné-Bissau é fonte de grande confusão para os falantes da língua portuguesa. Já aqui em tempos levantámos a questão da grafia de Guileje/Guilege/Guiledje... Ainda recentemente participei num Simpósio Internacional de Guiledje (e não Guileje), em Bissau (1 a 7 de Março de 2008).

Há dias passou na televisão (SIC) e foi publicado num semanário (Visão) uma reportagem sobre Guidage, e a exumação e a identicação de restos mortais de militares portugueses, que lá morreram e ficaram sepultados, em Maio de 1973... Eu costumo seguir a fixação dos topónimos feita, na antiga Guiné portuguesa, pelos nossos magníficos cartógrafos militares. Mas também eles erra(va)m. Consagraram duas grafias para esta obscura povoação no Norte, na zona fronteiriça, junto ao Senegal, povoação onde havia um aquartelamento português no tempo da guerra colonial/guerra do ultramar. Guileje e Guidaje são hoje dois topónimos que fazem parte da história de ambos os países, a Guiné-Bissau e Portugal... Seria bom que nos entendêssemos sobre a sua grafia correcta...

Ver as cartas sobre Guidage/Guidaje, disponíveis em linha, a partir do meu blogue:

Luís Graça & Camaradas da Guiné

Carta da Província da Guiné, 1961 

Carta de Guidaje, 1953

Parabéns pelo vosso magnífico trabalho em prol da língua portuguesa e dos falantes da língua portuguesa (tão pouco falada, infelizmente, na Guiné-Bissau).