A tradução de acrónimos usados em ciência (onde o inglês desempenha o mesmo papel que o latim desempenhou) é um erro, pois o grande número destes leva a confusões desnecessárias; p. ex. ATP e TPA, sendo o 1.º o acrónimo para trifosfato de adenosina (adenosine triphosphate) e o 2.º para activador tecidual do plasminogénio (tissue plasminogen activator); o resultado é a troca em português de duas moléculas completamente diferentes.
O meu reparo deve-se à vossa sugestão de uso de ADN em vez de DNA, que tem sido bastante usado pela comunicação social e público em geral. Para além do que referi acima, limita a pesquisa na Internet, não permitindo encontrar as páginas com melhor informação.
No entanto, LASER (em vez de ALEER) sendo também um acrónimo, parece ser bem aceite no Ciberdúvidas... E mais, numa área relativamente nova como a informática, seria o caos a tradução de acrónimos de extensões de ficheiros como "jpeg" (Joint Photographic Experts Group) ou "pdf" (Portable Document Format).
Acompanhando a polémica sobre o novo acordo ortográfico com bastante interesse (e com opiniões divididas sobre alguns aspectos do mesmo) gostaria de esclarecer uma dúvida sobre a questão da dupla grafia de várias palavras. Segundo o que tenho lido (e consultado, p. ex., no dicionário da Texto Editora), a grafia de palavras como facto passará a depender única e exclusivamente da sua pronúncia. Se se pronunciar o 'c', escrever-se-á 'facto' (caso de Portugal); se não se pronunciar, escrever-se-á 'fato' (caso do Brasil).
Todavia, existem palavras da mesma família de facto, como factor, factorização, etc., cujo 'c' não se pronuncia em Portugal. A minha dúvida é esta: por uma questão de coerência, considero que deveria escrever todas esssas palavras da mesma família com o 'c', mesmo quando este não fosse pronunciado. Poderei fazer isso, ou o critério fonético será o obrigatório? É de se notar que todas as palavras supracitadas admitem dupla grafia, embora não tenha ficado muito claro até agora se a dupla grafia se pode utilizar no mesmo país, ou se servirá apenas para distinguir como se escreverão as palavras pronunciadas de forma diferente em Portugal e no Brasil.
Gostava de saber se é correcta a utilização das expressões "gongórico" e "gongorismo" e a génese dessas expressões.
Obrigado.
Como se deve escrever: "booleano", ou "booliano"? Penso que deve ser a última (de "Boole" + "-iano").
Desde já, obrigado pela resposta.
Como se conjuga o verbo gerir no presente do conjuntivo?
«Que eu gire, que tu giras, que ele gira, que nós giremos, que vós gireis, que eles giram»?
Qual a origem dos topônimos Alfocheira, Prilhão e Talasnal? Acrescento que são lugares do município da Lousã (Portugal).
Meus cumprimentos pelo vosso excelente trabalho em relação à língua portuguesa.
Relativamente à frase «Nos grandes campos nascem papoilas e flores amarelas», «Nos grandes campos» é grupo nominal, ou grupo móvel?
Grata pela atenção.
Porquê a forma ei-la, e não "eis-la"?
Obrigada!
Gostaria de saber qual a melhor tradução para substituir o anglicismo pack. Encontrei em dicionários traduções como «pacote», «fardo», etc. Por exemplo, como devo dizer para substituir pack numa frase como: «Comprei um pack de cervejas»?
Desde já, obrigado. E continuem com o vosso (ou deveria ser "seu"?) bom trabalho.
A toponomia da Guiné-Bissau é fonte de grande confusão para os falantes da língua portuguesa. Já aqui em tempos levantámos a questão da grafia de Guileje/Guilege/Guiledje... Ainda recentemente participei num Simpósio Internacional de Guiledje (e não Guileje), em Bissau (1 a 7 de Março de 2008).
Há dias passou na televisão (SIC) e foi publicado num semanário (Visão) uma reportagem sobre Guidage, e a exumação e a identicação de restos mortais de militares portugueses, que lá morreram e ficaram sepultados, em Maio de 1973... Eu costumo seguir a fixação dos topónimos feita, na antiga Guiné portuguesa, pelos nossos magníficos cartógrafos militares. Mas também eles erra(va)m. Consagraram duas grafias para esta obscura povoação no Norte, na zona fronteiriça, junto ao Senegal, povoação onde havia um aquartelamento português no tempo da guerra colonial/guerra do ultramar. Guileje e Guidaje são hoje dois topónimos que fazem parte da história de ambos os países, a Guiné-Bissau e Portugal... Seria bom que nos entendêssemos sobre a sua grafia correcta...
Ver as cartas sobre Guidage/Guidaje, disponíveis em linha, a partir do meu blogue:
Luís Graça & Camaradas da Guiné
Carta da Província da Guiné, 1961
Carta de Guidaje, 1953
Parabéns pelo vosso magnífico trabalho em prol da língua portuguesa e dos falantes da língua portuguesa (tão pouco falada, infelizmente, na Guiné-Bissau).
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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