Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Fabio Nogueira Redator publicitário São Paulo, Brasil 205

Mesmo sendo transitivo direto, deparamo-nos com ocorrências algo controversas onde a norma culta -- termo talvez ainda mais controverso -- parece estar de troça relativamente à transitividade do verbo controlar.

Nos exemplos abaixo, o que oficialmente poderia justificar (se justificáveis) as construções? [E, sim, há mais nos exemplos a ser abordado. Estejam livres para, por favor, instruir este consulente.]

A mim ninguém controla.

A mim, ninguém controla.

A mim ninguém me controla.

A mim, ninguém me controla.

Forte abraço à equipe Ciberdúvidas.

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória (Espírito Santo), Brasil 308

Quando e por que as palavras crente e evangélico(a) passaram a ser sinônimos exclusivos de protestante?

Vamos ver que:

1) Crente = quem crê em Deus e/ou em qualquer outro elemento

2) Evangélico(a) = quem lê e/ou segue o Evangelho

Pois em meu entendimento (que é algo bastante limitado...), católico(a) e espírita também são crentes e evangélicos(as)... ou será que não?

Muitíssimo obrigado e um grande abraço!

Fabio Nogueira Tradutor São Paulo, Brasil 363

Apesar de direta que é sua transitividade, ouvir ocorre amiúde em locuções como «ouvir a todos».

Gostava de saber se existe norma a legitimar tal uso.

Obrigado.

Ana Lemos Professora Cartaxo , Portugal 364

Como podemos classificar a frase «Ofélia resolveu explicar o que sentia num bilhete, mas não sabia ao certo que palavras utilizar» quanto ao seu valor aspetual?

António Vargues Contreiras Trabalhador em funções públicas Faro, Portugal 415

Em todas as consultas que fiz, realidade e verdade são sinónimos. Posso construir a frase: «a verdadeira realidade não é percetível pelos sentidos do ser humano», ou estou a incorrer numa redundância?

O Ciberdúvidas continua um trabalho de excelência.

Obrigado.

Jaime Pedro Folster Bancário Florianópolis, Brasil 227

Em 1976 nascia o Banco de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina S/A – BADESC. Nascia, portanto, «o BADESC» (masculino). Porém, logo na sua juventude, a sua razão social foi alterada para: Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina S/A – BADESC.

A pergunta é: hoje, quando me refiro ao termo BADESC isoladamente, devo continuar com o masculino, ou troco para o feminino?

«O BADESC» ou «a BADESC»?

Sabido que quando me refiro à nova razão social deve ser «a Agência de Fomento...»

Muito obrigado. Saúde e Paz !

Andreia Lima Revisora Montes Claros, Brasil 358

No uso da vírgula para cargos e qualificações de pessoas, usa-se a vírgula quando o cargo for ocupado por apenas uma pessoa.

Ex.: «O presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, sancionou nova lei do programa Pé-de-Meia.»

Não se usa a vírgula quando o cargo for ocupado por mais de uma pessoa.

Ex.: «Na avaliação do professor da Universidade de Brasília José Roberto Fialho, os estudantes de licenciaturas já podem comemorar a abertura do programa Pé-de-Meia.»

No exemplo abaixo, podemos utilizar essa mesma regra?

«Agradeço ao meu esposo, Valdir, pela compreensão e paciência.»

Sandra Moreira Técnica Superior Braga, Portugal 322

Gostaria que me esclarecessem, por favor, se a forma correta deverá ser «Os estudantes devem comparticipar os custos de formação» ou «Os estudantes devem comparticipar nos custos de formação»?

Muito obrigada.

Maria Marques Enfermeira Lisboa, Portugal 347

O segmento «A vida mais uma vez tinha virado. Agora verificava a ordem dos armazéns, o bom estado dos navios, controlava as cargas e as descargas, discutia negócios e contratos. As suas viagens iam-se tornando rápidas e espaçosas.» – é um momento de descrição ou de narração?

Mário Fernando Marques de Oliveira Economista (ex-administarador de empresas) REFORMADO Coimbra, Portugal 391

No passado domingo [12/01/2025]  no programa Princípio da Incerteza com a dra. Alexandra Leitão, dr. Miguel Macedo e dr. Pacheco Pereira, a primeira intervenção coube à dra. Alexandra Leitão de que cito parte da seguinte passagem:

«E aquilo que motivou, pelo menos a mim, e muita gente a ir à rua foi uma afirmação de defesa de valores, que são os valores e os princípios em que assentam os regimes democráticos e os regimes dos estados de direito e, em especial, estamos em Portugal, o regime que está PLASMADO na constituição em 76, que saiu do 25 de abril, o que é em concreto liberdade, igualdade, não discriminação, dignidade da pessoa humana, tudo isso...»

Ora tenho-me deparado recorrentemente com a utilização «está plasmado» na constituição, na lei n.º..., etc.

Embora perceba o sentido, agradeço o Vosso esclarecimento, já que o significado que aparece no dicionário da Porto Editora não tem nada a ver com o que, como digo, aparece frequentemente enunciado.