Ouvi recentemente alguém referir que tinha produzido um «texto esquálido, clean, minimalista», creio que foi essa a frase exata que a pessoa utilizou.
O sentido da palavra esquálido é o de que era um texto "enxuto", sintético, conciso. Ou seja, a palavra esquálido tinha uma conotação positiva. Nunca tinha ouvido a expressão aplicada a um texto e sobretudo com uma conotação positiva.
Podem, s.f.f., esclarecer se esse uso está ou não correto?
Muito obrigado e parabéns pelo vosso trabalho.
Em aulas de gramática, especialmente de morfologia, costuma-se explicar o processo de substantivação principalmente com o uso de artigos (definidos ou indefinidos). No entanto, considerando que os substantivos podem ser determinados por outras classes de palavras nominais, como pronomes, adjetivos e numerais, seria correto dizer que esse processo também pode ocorrer por meio deles?
Por exemplo, em uma frase como «Naquele momento, Maria lançou estonteante olhar ao seu amado, o qual, também a fitava apaixonado», o substantivo olhar é determinado pelo adjetivo estonteante
Isso leva a uma nova questão: estaria esse adjetivo funcionando como um simples determinante do substantivo ou como uma espécie de determinante substantivador? Ou, neste caso, ambas as classificações se aplicariam igualmente?
Em síntese, ainda que essa questão mostre-se elementar, ela tem me inquietado.
Desde já, agradeço qualquer esclarecimento.
Estou com dúvida nisso pois acho bem estranho, o uso do de esta correto na frase do exemplo:
Ex: «um saco de farelo de milho»
Sempre que há uma frase em que o de aparece duas ou mais vezes, eu acho um pouco estranho.
Obrigado.
Confirmei no Dicionário Prático de Regência Nominal de Celso Pedro Luft que se escreve, tal como se ouve habitualmente, «sou licenciada em x PELA Universidade y» e «sou doutora(/doutorada) em x PELA Universidade y».
Pergunto, primeiro, se o mesmo se aplica – como seria de esperar – à designação mestre: é-se mestre em x POR [instituição de ensino y] (o dicionário referido é omisso neste ponto)?
Pergunto, depois, se é possível explicar gramaticalmente esta construção, que não é óbvia para mim.
Na frase «Sou licenciada pela Universidade y», «pela Universidade y» desempenharia, se compreendo bem, a função sintática de complemento agente da passiva – é a instituição de ensino que "licencia", i.e. que confere o grau académico de licenciado ao estudante. Não sei se este raciocínio está correto, e não consigo aplicá-lo aos outros casos: em «sou mestre pela Universidade y» e em «sou doutor pela Universidade y», o mesmo constituinte («pela Universidade y») não pode desempenhar a função sintática referida, parece-me. Conseguiriam explicar esta construção?
Obrigada pelo vosso precioso trabalho.
Como classifica a palavra último?
Trata-se de um adjetivo qualificativo ou numeral?
"Míni" é como habitualmente nos referimos [em Portugal] a uma cerveja pequena, de 15ml a 25ml. Como devemos formar o plural no exemplo abaixo?
«Dê-me duas míni, por favor!»
Ou «Dê-me duas mínis, por favor!»
Obrigado
Na frase «Fui passear pelo jardim» – «pelo jardim» é complemento oblíquo ou modificador do grupo verbal?
A pergunta é se há estudos sobre a hipótese de Sande e Sendim serem topónimos celtas?
Leigamente, parece haver indícios de serem parte do substrato. Estes são topónimos foneticamente próximos extremamente comuns nos territórios da Galécia, como Sande em Lamego, ou mesmo o vizinho de Sendim da Serra, Sendim da Ribeira. Um pouco mais a sul, encontramos Sinde em Tábua. Encontram-se desde as Beiras até ao extremo norte da península. Para Sande especificamente, é comum serem atribuídos à antroponímia (que não poderá vir ela mesma de toponímia)?
Num rápido estudo leigo; no celta insular galês, encontramos dinas para «cidade» e din para «castro» / «forte» (Pierre-Yves Lambert, La Langue gauloise). Sena é nome celta/túrdulo de Seia, mas sem sabermos significado original. Noto que no protocelta sindos seria «isto» – cf. https://en.wiktionary.org/wiki/Reconstruction:Proto-Celtic/sindos e https://en.wiktionary.org/wiki/san. Algo simploriamente, ficaria algo como "sindodin" ou "sandodin", «esta cidade».
Adicionalmente:
Diz-nos Pinho Leal, no seu Portugal Antigo e Moderno: Diccionario, «a todas as freguesias a que hoje se dá o nome de Sendim e Sindim se chamava antigamente Sandim».
Almeida Fernandes e Joseph-Maria Piel teorizam boa parte destes topónimos serem germânicos, Pinho Leal contrapõe com diferenciados arabismos e latinismos para cada localidade.
Nação – devo considerar nome comum ou coletivo?
Tenciono questionar um determinado grupo de pessoas, solicitando-lhes uma palavra como resposta (família, união, doces,...).
Tenho dúvidas relativamente à melhor opção:
a) De que vais vestir o teu Natal?
b) Do que vais vestir o teu Natal?
Agradecida.
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