Será incorrecto escrever «espaço perspectico» e «dispositivo perspectico» para caracterizar quer o tipo de espaço visual concebido pela perspectiva geométrica quer o conjunto de saberes e técnicas que permitem essa construção? Os dicionários gerais que consultei consideram o termo inexistente. Se o é, qual será a melhor alternativa, «espaço em perspectiva» e «dispositiva da perspectiva»?
Li esta frase: «Uma prova de que é opcional é o facto de poder ser omitido sem que a frase deixe de ser gramatical:» num artigo em Ciberdúvidas intitulado «Sem sela» é complemento circunstancial – I, da autoria da senhora Ana Carina Prokopyshyn.
A minha dúvida prende-se com «ser omitido» sobretudo depois de o meu Word me aconselhar a «ser omisso».
Numa consulta ao sítio de Mark Davies encontrei apenas três frases com “ser omitido”, ao passo que no Google encontrei um infindável número de casos.
Pergunto, pois, qual das duas está correcta?
Tendo em conta as regras dos particípios, dir-se-ia que seria «ser omisso», porém, são mais as vezes que vejo «ser omitido» que o contrário. A não ser que algo me esteja a escapar…
Gostava igualmente de deixar aqui esta frase que me parece ambígua: «Pelo meio, a voz de I Will always Love You, teve problemas com a filha, Bobbi Kristina, de 15 anos, que alegadamente a terá tentado matar», in revista Maria.
Quem tentou matar quem, a filha a mãe, ou esta a filha?
Agradecida.
Gostaria de saber onde está a sílaba tónica da palavra Franquelim.
Obrigada.
Pedia que me esclarecessem o seguinte:
Na Bíblia, ou melhor, no Evangelho (cfr. Jo 1, 42), Jesus disse a Simão Pedro, o primeiro papa, que ele, a partir daquele momento, chamar-se-ia Pedro (do grego Πετρός), isto é, «pedra»: a pedra angular da Igreja. Em aramaico, que era a língua falada por Cristo, diz-se Kkēifá’ (כֵּיפַא). Por sua vez, em hebraico diz-se Kkēf (כֵּף). A tradução deste vocábulo aramaico para o grego é Kefás (Κηφα̃ς). Por sua vez, em latim é traduzido por Cefas e em português é também Cefas. A minha dúvida reside nisto: como se deve ler correctamente em português Cefas? Com um c de cenoura ou com um q de quinta? É que no original aramaico o c de Cefas é lido com um q. Eis a minha dúvida. Mas, por sua vez, em latim, que é, dentre destas, a língua mais próxima do português, Cefas lê-se com um c de cenoura.
Deve escrever-se "toxicodependente", ou "toxico-dependente"?
Que acentuação?
Que pronúncia?
Existem em Cabo Verde uma série de topónimos cujo nome, em crioulo, começa por “Tôp’” ou tem “Tôp’” na sua constituição — Tôp´ d´ Ág´a Dôç´, Tôp´ da Curôa (a 2.ª montanha mais alta de Cabo Verde), Tôp´ d´ Bulím, Tôp´ d´ Guíntch´, Tôp´ d´ Mésa, Topóna, Tôp´ V’rmêi´, Tupím d´ Môrt´. Só que, nos crioulos de Barlavento, a forma "Tôp" é ambígua, tanto pode ter provindo de “topo” como de “tope”, e tanto pode ter provido de uma palavra com “ó” aberto como com “ô” fechado. A grafia (em português) que eu tenho visto em mapas não é consistente, ora aparece “Topo”, ora aparece “Tope”. O que eu queria perguntar era:
1 — A palavra “tope” existe de fato em português?
2 — Se existir, existe alguma fonte fidedigna onde eu possa verificar a grafia correta desses topónimos, quando é que é “Topo” e quando é que é “Tope”?
3 — Se for “Tope”, como é que se pronuncia, “tópe” ou “tôpe”?
Obrigado.
Qual a pronúncia correcta do nome próprio Liseta? O e é aberto, ou fechado?
Obrigada.
Gostava de saber se é possível utilizar a expressão "geófilo" para designar alguém que tem uma adoração pela terra. Significa a junção entre o habitual prefixo geo- e o sufixo filia.
Vejo comentários nesta página (não gosto de site ou sítio, pois não descrevem a realidade, vez que o se busca não é a localização lógica do servidor da página, mas sim do conteúdo, ou seja, a página) acerca do acordo ortográfico celebrado entre o Brasil e Portugal e espanto-me (vou utilizar a norma aqui, embora normalmente eu jamais falaria utilizando a ênclise) com o tom raivoso dos portugueses. Primeiro, porque a repercussão desse acordo aqui no Brasil foi mínima, ou seja, os brasileiros não deram por ela. Segundo, eu pergunto e se em vez de o acordo cortar os "c" e os "p" inúteis das palavras o Brasil passasse a escrever dessa forma haveria tanta gritaria em Portugal? Acho que não!
Eu acho que a questão para tanto barulho por algo que não tem som não tem origem na língua, mas sim no fato de Portugal estar sentindo-se colonizado pela colônia. Nós poderíamos chamar esse sentimento de complexo de metrópole.
Será que é isto que está "a ocorrer" (como vocês podem ver, eu posso escrever utilizando formas portuguesas sem maiores problemas. E os portugueses podem fazer o mesmo?)?
Coloco as duas questões para apreciação, embora reconheça que não são sobre a língua, mas sim sobre geopolítica.
Têm vindo a ser frequentes, na imprensa falada e escrita, expressões do tipo «... foram gastos dois vírgula cinco milhões de euros». Pergunto se não estaria mais correto dizer «dois milhões e quinhentos mil euros». Ou será que posso dizer «o casaco custou-me cinquenta vírgula três euros»? Ou «eu tenho sessenta vírgula cinco anos»?
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