É correto o plural cavalos-vapores?
Fico muito grato.
Gostaria de saber o significado e a etimologia da palavra miasma.
O verbo falar rege várias preposições: sobre («falou sobre...»), de («falou de...»), a («falou a...»), com («falei com...»), em («falou em...»), para («falou para...»), e por («Ele falou por ti.»). A minha pergunta é: como se classificam os complementos do verbo falar introduzidos pelas diferentes preposições? Serão todos complementos preposicionais?
Obrigada.
Ando no 10.º ano, e no manual de Português há uma pergunta em que eu tenho dúvidas, tem que ver com o princípio da interacção discursiva.
Dão-me a frase «Exmo. Sr. Miguel Esteves Cardoso», e pedem-me para referir o princípio da interacção discursiva presente nela.
Pode-me ajudar?
Tenho seguido com verdadeira paixão a questão do dito «Acordo» Ortográfico. Confesso que, desde o início, tenho sido manifestamente contra tal espécie de tratado, mas procurei conhecê-lo mais a fundo e encontrei aqui o documento na íntegra, que acabei de ler. Devo confessar que me deixou muito esclarecido mas que me levantou dúvidas. Assim sendo, coloco-vos algumas perguntas que peço que me sejam respondidas, pois, como já disse noutras ocasiões, sou quase um ignorante na matéria.
1. Há tantas possibilidades de opção apresentadas para a escrita. Dadas as circunstâncias, não se poderá continuar a escrever de modo exactamente igual ao que já se escreve agora depois de entrar em vigor este «acordo»?
2. Se sim, então qual o porquê do «acordo»?
3. Não será criar uma confusão desnecessária e inexistente hoje permitir uma série de facultatividades ortográficas quando uma palavra se diz de um só modo? Lembro que na redacção de 1945 as facultatividades resultavam da existência de várias formas orais, ao contrário do que se verifica agora.
4. Discordo de todo com a alínea b do ponto 1 da Base IV. Entendo que, se as consoantes lá estão, por qualquer motivo é, e passo a explicar. Na maior parte dos exemplos dados, as consoantes a suprimir são mudas, mas não em algumas palavras derivadas delas (óptimo com optimizar, entre outros). Estas letras pronunciam-se na linguagem corrente e em contexto erudito em certos casos, mas noutros servem para abrir a consoante que a antecede. Então e agora? Escreve-se nuns casos e não noutros?
5. Como poderemos de futuro distinguir ato (refiro-me a acto) de ato conjugação do verbo atar ou, como aparece noutro lado, pára de para senão pelo contexto?
6. Na sequência da pergunta anterior, não resultará daqui uma tremenda e acrescida dificuldade do estudo etimológico? Pergunto isto porque, visto que, por exemplo, afectação perde o c que abre o e e deixa de se ler "aféctação" e passa a ler-se "afetação", parece que passa a palavra a ser relativa não a afectar (isto é, fazer determinado efeito a algo) mas a «a fetar» (algo relativo a um feto).
7. Na mesma alínea é dado o exemplo do nome Egipto. Ora neste caso o p também se diz, mas é suprimido à mesma. Tendo em conta as questões anteriores e o princípio defendido pelos «tratantes» de que a uma mudança de grafia não corresponde uma mudança da maneira de falar, como explicar que deixemos de dizer "Egipto" ou "Egípcios" e comecemos a dizer "Egito" e "Egícios", entre outros?
8. Uma vez que a língua é portuguesa e não originária de outros países lusófonos, não deveria a nossa grafia prevalecer pura e simplesmente sobre as outras? Se a língua tende a diferenciar-se nos outros países, em especial no Brasil, e isso é algo de inevitável, então porquê insistir em tentar unificar o que não é uno, sacrificando a estabilidade da língua-mãe? Se eles querem escrever à maneira deles, porque não deixá-los? Às vezes fico com a impressão de que os nossos governantes se preocupam mais com o que se passa no estrangeiro do que no próprio país. Porém, creio que a esta pergunta nem vós sabeis nem ninguém mais sabe dar resposta...
9. Como especialistas da língua, qual a opinião do Ciberdúvidas quanto ao «acordo»?
Mudando de assunto, é dito na entrada do Ciberdúvidas que:
«A normalização do português europeu, instrumento fulcral em áreas como a comunicação social, a tradução e o ensino, é, actualmente, uma zona de ninguém. A investigação em linguística portuguesa com os países lusófonos em intercâmbio é uma quimera.»
Lamento discordar, pois é certo e sabido que tais tarefas já se encontram há décadas aos cuidados da Academia das Ciências. Como muitas das coisas neste nosso pobre e triste país, não será também neste caso desnecessária a criação de uma academia da língua?
Com os melhores cumprimentos e sinceros votos de boas festas para todos.
Qual o plural masculino de cirurgião? "Cirurgiães", "cirurgiões"?
Aprendi que, nas palavras terminadas em ão, o plural se fazia tendo em conta a palavra latina no acusativo plural, caindo o n, substituído pela vogal nasal (leonem, leones – leões; manum, manus – mãos; canem, canis – cães).
Nesse sentido, e considerando chirurgianum, chirurgianes, penso que o correto é "cirurgiães". Mas ouço e vejo constantemente, dizer e escrever "cirurgiões" – até por amigos médicos da especialidade de cirurgia...
O novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, datado de 1990, passou a incluir no alfabeto oficial da língua portuguesa as letras, até aqui não utilizadas, k, w e y, alterando o alfabeto de 23 para 26 letras oficiais. Eu gostaria que os senhores me pudessem explicar apenas três coisas: qual o nome oficial destas novas letras, aquando do seu soletramento, a classificação quanto ao tipo destas mesmas letras (vogais, ou consoantes), e qual o som que produzem no aparelho fonador humano (exemplo: as letras b e p são letras bilabiais, uma vez que é preciso fechar os dois lábios para estas mesmas letras poderem ser pronunciadas). Não sei se me estou a fazer entender correctamente.
Agradecido pelo esclarecimento possível.
Associabilidade é o oposto de sociabilidade?
Qual a origem e processo de formação da palavra hipostático? Ela se aplica a um contexto teológico.
Na expressão «residência que se situa em frente para o pátio», é correcto usar a palavra em antes de frente?
Podia dizer-se «em frente de»? Ou apenas «em frente do pátio»?
A expressão, em suma, está correcta quanto à maneira como foi elaborada?
Obrigado.
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