Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Sheyla Pomaro Professora Cerquilho, Brasil 6K

Surgiu uma dúvida: temos agora, no município, homens trabalhando na cozinha das escolas; devemos chamá-los de "merendeiros"?

Grata pelas informação.

Graça de Castro e Silva Professora (EPLE) Luanda, Angola 7K

Qual é a razão do provérbio «és como os espanhóis, não podes ver sangue»?

Paulo Roberto Estudante Barreiro, Portugal 5K

"Verosimilmente" é uma daquelas palavras que não encontramos nos dicionários de língua portuguesa (pelo menos nos que consultei!). Tanto quanto sei, o sufixo -mente aplica-se geralmente (ou apenas!?) a adjectivos do género feminino. No entanto, será "totalmente" incorrecto o seu uso enquanto advérbio derivado do adjectivo verosímil (que tem dois géneros, tal como total)? É claro que podemos sempre substituir "verosimilmente" pela expressão «de modo/maneira verosímil», embora por vezes não se "encaixe" nem soe bem na frase.

Desde já muito obrigado pela vossa atenção.

João Morais Aposentado Évora, Portugal 6K

Ainda sobre o vocábulo “creencial”:

Ele surge, com efeito, em alguns escritos portugueses (vide infra), suponho que por contaminação do espanhol. Com efeito, é termo corrente em trabalhos de História da Religião e Antropologia em livros publicados naquele país.

A questão que se põe é se é “legítimo” empregar-se em português, e, se não, qual o vocábulo a utilizar: "crencial" (relativo à crença)?

Grato pela atenção.

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“(…) Pinheiro Morão e Duarte Madeira Arraes debateram-se com dificuldades sobreponíveis na luta contra as doenças infecciosas. Fizeram-no repletos de uma experiência temporal e intemporal, porque sempre que um homem não domina na íntegra as situações que enfrenta, recorre ao que Laín Entralgo definiu como fundo creencial da humanidade. E, de tal forma compreenderam as limitações impostas, os riscos e as necessidades imediatos, que se viram impelidos a divulgar a verdade da sua prática clínica. Fazem-no em português e como disse Madeira Arraes numa doutrina clara e distinta, evitando o mais possível toda a prolixidade. (…)”

(ênfase minha)

In: Medicina na Beira Interior. Cadernos de Cultura, n.º 3, Junho de 1991, p. 16. (Consultável também on-line.)
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Español-Inglés – creencial adj. ideological, of ideology, of a body of beliefs or principles Inglés.

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Autor: Sauri, Jorge Joaquín. Título: Apostillas a una historia de las ideas psiquiátricas. Primera apostilla la urdimbre creencial, categoría antropológica/You add notes to a history of the psychiatric ideas. First it adds notes to the warp creencial, category antropológica Fonte: Rev. neuropsiquiatr;66(4):271-279, dic. 2003. Idioma: Es. Resumo: El autor muestra la incidencia en el desarrollo de las ideas psiquiátricas, de la urdimbre creencial, esto es de la disposición básica que las sustenta. Se trata de la categoría antropológica con la cual la persona cuenta y descuenta con los fundamentos necesarios para tejer su modo de existir, entender y actuar. Todo comportamiento, incluso el intelectual, depende del sistema en la urdimbre creencial en la cual se nutre y apoya condicionando, según el tiempo, el modo de preguntar y de responder. En este vaivén se teje el saber psiquiátrico. (AU)

Isabel Figueiredo Jurista Bragança, Portugal 6K

Vinha perguntar da origem etimológica de Amílcar.

Obrigada.

Ana Martins Estudante Coimbra, Portugal 30K

No próximo teste de Português, a minha professora vai colocar alguns exercícios com frases em que teremos de assinalar os elementos deícticos: pessoais, espaciais e temporais. Tenho algumas dúvidas quanto à forma de classificação e, mais importante, se os pronomes de 3.ª pessoa são considerados deícticos pessoais. Por exemplo, na frase: «Dei-lhe aquela boneca», eu classificaria dei como deíctico pessoal (flexão 1.ª pessoa) e lhe também; aquela seria deíctico espacial. E referiria também dei e ontem como deícticos temporais (referentes ao passado). Esta análise estaria correcta? Uma forma verbal pode ser simultaneamente deíctico pessoal e deíctico temporal, i. e., posso incluir em ambas as categorias? Podem ajudar-me? É uma questão um pouco difícil de interpretar...

Mónica Gama Professora Leiria, Portugal 8K

Em primeiro lugar, gostaria de vos agradecer por este site, que eu consulto várias vezes, corrijo, muitas vezes ao dia e que constitui um dos principais recursos no planeamento das minhas aulas e nas dúvidas que me vão surgindo no dia-a-dia. Assim, gostaria de vos questionar sobre os novos manuais e sobre o Dicionário Terminológico (DT) [a aplicar em Portugal]. Quando é que o Dicionário Terminológico estará contemplado nos manuais? E a partir de que ano de escolaridade?

Muito obrigada!

Gílson Celeirno da Silva Filho Estudante Hanôver, Alemanha 12K

Qual será a grafia correta a adotar para o termo da culinária que descreve batatas cortadas muito fininhas, como palha, e fritas: "batata-palha", ou "batata palha"? Por favor, expliquem-me o seu posicionamento.

Muito obrigado.

Ana Paula C. Estudante São Paulo, Brasil 4K

Pesquisei "desfinanciamento" em alguns bons dicionários e não encontrei tal palavra. É correto empregá-la, ou deve-se dizer "não financiamento"?

Obrigada!

Célia Pereira Professora Porto, Portugal 28K

Poderiam explicar-me por que razão as gramáticas apresentam as palavras fábrica/fabrica, pôde/pode como homógrafas? Numa resposta anterior, disseram que /ai são parónimas. Estes pares não são todos equivalentes?

Muito obrigada pela resposta.