Procurou-se, com o novo acordo ortográfico, promover o desaparecimento das letras supérfluas. Mas houve uma que escapou: o u a seguir ao q. Quando não pronunciado, este u não faz falta nenhuma. A minha dúvida é: porquê mantê-lo?
Gostaria de saber qual a opção correcta: «para demonstrar que», ou «para demonstrar como»?
A seguinte frase, retirada de Diário, de Sebastião da Gama, é assim pontuada pelo autor:
«A aula de hoje foi uma conversa animada, calorosa, por vezes, sobre as redações. Cada qual fazia ler ou lia a sua e depois a plateia criticava ou criticava eu.»
Por uma questão de ritmo de leitura, a ter sido eu a escrevê-la, pontuá-la-ia da seguinte forma:
«A aula de hoje foi uma conversa animada, calorosa, por vezes, sobre as redações. Cada qual fazia ler, ou lia a sua, e depois a plateia criticava, ou criticava eu.»
Estaria a cometer um erro ao colocar a vírgula antes de ou? Em que casos se pode e em que casos não se deve fazê-lo?
Em que contextos de ocorrência pode mas ser considerado um advérbio conectivo?
Ultimamente, em minhas leituras, tenho notado que em algumas orações é suprimido o que. Por exemplo: «esta crise, da qual parece o mundo foi vítima...» ao invés de «esta crise, da qual parece que o mundo foi vítima...».
Sobre a dúvida acima, gostaria que me informassem (ou gostaria me informassem?), o que antecipadamente agradeço, se há alguma regra para a supressão do que.
a) Gostaria de saber qual a classificação morfológica do o que se aglutina à preposição de em «A mulher é mais tolhida socialmente do que o homem».
b) A expressão «os pronomes substantivo interrogativo» está assim grafada em uma apostila para concurso. É correta essa concordância? Isso se dá pelo fato de «substantivo interrogativo» estar especificando «pronomes»?
Na frase a seguir, a conjunção nem foi bem empregada? Não deveria ligar orações de igual natureza, no caso, negativa (não... nem)?
«Como eles se convenceram de que este novo federalismo fiscal será indolor nem implicará austeridade, ninguém percebe.»
Edito um site de variedades cujo nome é Pindaíba. Nele, entre outras coisas, divulgamos vários programas (culturais) gratuitos e baratos.
Ou o correto é: «nele, entre outras coisas, divulgamos vários programas (culturais) gratuitos ou baratos»
Ou o correto é: «nele, entre outras coisas, divulgamos vários programas (culturais) gratuitos e/ou baratos.»
Na dúvida, escrevo: «nele, entre outras coisas, divulgamos vários programas (culturais) gratuitos... e também os baratos.»
Explico a dúvida: não é possível ser ao mesmo tempo gratuito e barato.
Gostaria de saber se a conjunção como poderá introduzir uma oração completiva. Na frase «Soube como resolver o problema», qual a forma correcta de dividir e classificar as orações?
Estou com uma dúvida quanto ao uso da vírgula em casos nos quais vejo orações coordenadas e subordinadas se associando.
Aprendi que, em orações coordenadas com diferentes sujeitos e ligadas pela conjunção e, é recomendável o uso da vírgula antes da mencionada conjunção.
Exemplos:
«O plano fracassou, e a polícia prendeu os criminosos.»
«Luís venceu, Joaquim perdeu, e Cláudio empatou.»
Fico na dúvida se a vírgula que antecede a conjunção e ainda seria indicada (ou se seria optativa ou mesmo proibida) se as orações fossem coordenadas entre si, mas também assumissem função de orações subordinadas. Tento formular a seguir um exemplo baseado na segunda construção acima. Nele, as três orações coordenadas também passam a ser orações subordinadas substantivas objetivas diretas:
«Soube que Luís venceu, (que) Joaquim perdeu, e (que) Cláudio empatou.»
Seria mais correto «Soube que Luís venceu, Joaquim perdeu e Cláudio empatou»?
Num caso como o que formulo a seguir, fico com a impressão (como leigo!) de que a vírgula mesmo interrompe a relação de subordinação, ainda que não afete a coordenação:
«Joaquim determinou que Ricardo fosse à repartição, e (que) José ficasse com a sua família.»
Não seria melhor «Joaquim determinou que Ricardo fosse à repartição e (que) José ficasse com a sua família»?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações